terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

folhinhas





“Dou-te um nome de água
para que cresças no silêncio.

Invento a alegria
da terra que habito
porque nela moro.

Invento do meu nada
esta pergunta.
(Nesta hora, aqui.)

Descubro esse contrário
que em si mesmo se abre:
ou alegria ou morte.

Silêncio e sol – verdade,
respiração apenas.

Amor, eu sei que vives
num breve país.

Os olhos imagino
e o beijo na cintura,
ó tão delgada.

Se é milagre existires,
teus pés nas minhas palmas.

O maravilha, existo
no mundo dos teus olhos.

O vida perfumada
cantando devagar.

Enleio-me na clara
dança do teu andar.

Por uma água tão pura
vale a pena viver.

Um teu joelho diz-me
a indizível paz.”

Teu Corpo Principia, de António Ramos Rosa

5 comentários:

  1. Em claras nuvens me vou
    Canto a todo o mundo
    Da pergunta que deus fez.

    Um amor profundo.

    Amar outra vez
    Como o sol a terra
    O mar á lua
    Na tua companhia vou.

    Sorriu de novo.

    Num universo de luz
    A brilhar
    Estrela
    Um suspiro de liberdade.

    Em suspenso presente
    Me dou.

    Em alegria me vou.

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  2. Fazer de novo, sempre!
    Renascer o sonho,
    Simplesmente sorrir, como algo eterno
    Dentro da luz do próprio sol,
    Pois verdadeiramente nunca ninguém se deu, como nada acabou!

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