"Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi:
não soube que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo."
Pablo Neruda
Gosto muito de árvores... vá-se lá saber por quê...
ResponderEliminar.
Esta é muito bonita, e que muito bem acompanhada está.
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Talvez, desesperadamente, anuncie a chegada da Primavera, que tarda, na estação à espera pela qual se anseia, muitas das vezes, esperando olvidar o Inverno que a passos largos tende novamentente a ser passado.
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Talvez, vá-se lá saber por quê...
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Muitas das vezes, quando o olhar é virginal, as árvores transmutam-se em orgãos, tecidos singulares que coordenam a respiração e sua magnífica forma alveolar... pequenos sacos onde algumas trocas gasosas se processam, enchendo o ar de vida gritada a plenos pulmões em sua mãe, pelo olhar, pela leve e breve inspiração que une poetas à ciência.
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Adorei, um dia, vir a ser árvore.
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Tempo para hoje: 24 Horas
Ser àrvore é o sonho de alguém que me foi revelado,
ResponderEliminarNunca o entendi!
E embora uma ponta do véu se levante, pouco ainda o percebo.
Porque é que Alguém quer Ser árvore?
Não estraguem Neruda! JCN
ResponderEliminarAo jeito meu:
ResponderEliminarDeitou raiz no meu peito
aquela folhinha leve
que sem qualquer preconceito
junto de mim se deteve.
Apoderou-se de mim,
do meu sangue se apossou,
dominando-me por fim,
de mim fazendo o que sou.
Entranhando-se em meu ser
como se fosse no chão,
a leve folha, a tremer,
cresceu no meu coração.
Por minha boca falando,
pelos meus nervos sentindo,
aquela folha brotando
em minha alma está florindo!
JCN
Toco o topo dos ceus,
ResponderEliminarBalançando meus ramos cheio de alegria,
Namorar contigo ao sabor do vento,
Juntos fazer das ondas maresia.
Flutuando como uma folha
Passearmos juntos onde quer que vá.
Sentir-te no tronco nu que é minha pele
Sob o manto do céu estrelado
Ter a tua doce companhia.
Em sinteses de calor e luz do teu toque
Brotam, ondulam
Palavras do meu sonho
Minha viva fantasia.
És mesmo um "toco", pá! JCN
ResponderEliminar...Ahahahah!!
ResponderEliminar"És mesmo um 'toco', pá!"
Sem maldade me rio. Jota Cê tem muito humor. (sorriso)
Este poema de Pablo é uma beleza.
O amor como uma folha que treme no peito. Uma folha que treme sem porquê... Uma folha que se instala sem que saibamos e quando notamos essa tremura já é um gesto leve que se enraíza dentro de nós. E quando nó falamos a folha que é fala pela nossa boca... e quando nos calamos é a mesma folha que adormece no peito e connosco sobe à altura do mais alto céu. Ao céu do beijo, ao mel do fruto.
Sangue e seiva unidos. Eu também sou uma árvore, e os meus dedos, e o meu hálito é a frescura da brisa na boca doce do poema.
Adorei este texto, Anaedera, e esta árvore que me lembra... a Primavera! Quem a trouxera em ramos e folhas verdes, para crescer no meu pensamento e na minha ternura!
Um beijo a todos.
quando devagar o coração treme, pela tua boca floresce o canto.
ResponderEliminarLonge sinto aquela folhinha leve que sem qualquer preconceito deitou raiz no teu peito. Doce é a poesia desde então, JCN.
Encontrei, li, me calei.
ResponderEliminarComentar o quê?!
É fazer silêncio...E, isso já é palavra demais!!!
Abçs
Encontrei, li, me calei.
ResponderEliminarComentar o quê?!
É fazer silêncio...E, isso já é palavra demais!!!
Abçs
Que eloquência... em duplicado! JCN
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