terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ser



"Se todo o ser ao vento abandonamos

E sem medo nem dó nos destruímos,

Se morremos em tudo o que sentimos

E podemos cantar, é porque estamos

Nus em sangue, embalando a própria dor

Em frente às madrugadas do amor.

Quando a manhã brilhar refloriremos

E a alma possuirá esse esplendor

Prometido nas formas que perdemos."

Sophia de Mello Breyner Andresen

9 comentários:

  1. Por favor senhores! não me envergonheis...mas ainda bem que ainda consigo fazer alguma beleza aos olhos de alguém!
    Obrigada

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  2. Se...

    ... nem sempre conseguirmos esta proeza,
    podemos sempre regressar a Sophia e lembrarmos que sim,
    é possível "ser" assim

    :) Gostei muito*

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  3. Lindo poema. Linda imagem. Tudo que se acrescente é excesso! Obg

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  4. SOPHIA

    O que quis ela foi
    nos versos que escreveu:
    por isso não morreu
    nem o tempo a destrói.

    JCN

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  5. Noutra métrica:

    O que ela quis ela foi
    nos poemas que escreveu
    e por isso não morreu
    nem coisa alguma a destrói!

    JCN

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