sábado, 2 de janeiro de 2010

penso eu de que


A GENIALIDADE é uma doença

- uma doença saudável

33 comentários:

  1. Será que é transmissível e contaminável?

    Sempre sagaz, Platero.

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  2. esta é uma questão que leva a outras:
    se a genialidade é uma doença saudável, a sociedade é um doente terminal?
    a mediania está afastada da genialidade, estamos todos à beira do fim ou da insanidade (a que não é genial)?
    a genialidade é solidária, ou tem servido a exclusão e o poder?

    uma 'pequena' afirmação, para um mundo de questões sem resposta.

    abraço, platero.

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  3. Paulo

    é a gente brincar
    Sagaz seria eu se soubesse responder
    :
    transmissível? contaminável?

    Pensava nesta equivalência - genialidade/doença enquanto estendia a roupa, que nunca mais enxuga, tendo como protagonista Pessoa, ou talvez Bernardo Soares.
    Há uns anos fiz um curso de escrita criativa, de V(v)erão, com Inês Pedrosa e Gastão Cruz. E numa daquelas fichas de candidatura - " diga o que..." pedia-se às tantas que indicássemos o livro que gostaríamos de ter escrito. Com toda a minha honestidade não apontei um Livro mas um parágrafo de um Livro: um parágrafo do Desassossego
    Frente ao estendal da roupa, ocorria-me então que Bernardo Soares devia sofrer de qualquer patologia - que o levava a produzir construções tão profundamente penetrantes a partir das palavras comuns que utilizamos todos para nos queixarmos ao médico-de-família ou pedirmos a torrada com manteiga no Café habitual.

    "Este gajo devia ser doente"- pensei, estendendo o último par de meias. Mas logo de seguida: "bolas, quem me dera ser assim doente"
    Eis, talvez atabalhoada, a explicação do contra-senso; doença saudável

    Por contra-senso, aí vai quadra popular com alguns anitos,tratando melindrosa matéria de namoro:

    com princípio meio e fim
    eis clara a contradição:
    tu prezas estar presa a mim
    - eu prezo não ter prisão

    e o tal abraço de coragem para enfrentar os 363 de 2010 que ainda faltam

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  4. BAAL

    são questões filosóficas em que não ouso sequer meter o pé. Embora me pareça que a doença social actual será tudo menos causada pela genialidade. Pelo contrário - pode é provir da falta dela. Falemos só de nós, BAAL. E nem da criatividade, que é uma das manifestações da genialidade: da racionalidade.
    dou comigo a pensar, quando mudo a areia das "necessidades" de uma minúscula que anda por aqui a divertir-me e chatear (de chat?)ao mesmo tempo:
    que sacana de país é este que importa TIRs, quem sabe aviões de carga, com areia para os gatos mijarem e

    Baal (trato por tu as pessoas de quem gosto)grato pelo teu comentário - que já justifica a temeridade de ter tornado pública a minha atrevida tergiversação

    grande abraço

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  5. Também meto a colherada
    para dizer que, afinal,
    o ter génio é, mais que nada,
    um tremendíssimo mal!

    JCN

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  6. Creio que a genialidade inferior é egocêntrica e nada solidária, mas há a genialidade daqueles que só se elevam elevando a todos e tudo: a dos sábios e dos santos, não canónicos, mas reais, não feitos por deus nem pelos homens, mas pela sabedoria e pelo amor imparciais e universais. Agora esses nunca se vêem como tais: duvido mesmo que se vejam.

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  7. na resposta a BAAL,ficou perdida uma GATA (chatte) no teclado

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  8. JCN

    a sua quadra, como os seus sonetos, é, de forma, exemplar.
    quanto a conteúdo - tomar a genialidade como coisa má, é uma leitura pessoal, que não vale a pena discutir. Muito menos com alguém que dispõe de armas filosóficas capazes de fazer abortar qualquer simulacro de ataque

    Um bom abraço, boa caminhada sobre 2010

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  9. Meu caro Platero, Deus me livre de pretendrer atacar alguém, demais a mais com as credenciais de que faz alarde! Que posso eu fazer... com a minha 4º classe do tempo da maria-cachucha?!... Caso seria para se dizer: "ne sutor ultra crepidam"! JCN

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  10. Diga-me, meu caro Platero, já viu... algum génio feliz?!... JCN

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  11. O SUPRA-CAMÕES

    Sem lhe chegar aos tacões,
    não foi acaso Pessoa
    que quis ser mais que Camões,
    como ele próprio apregoa?

    JCN

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  12. E com esta vou-me embora
    pois as aves já se vão
    aos seus ninhos recolhendo
    até à próxima aurora!

    JCN

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  13. JNC

    Se não traduzir o seu latim fico na mesma. E devo confessar que não me sinto na disposição de encomendar tradução a especialista

    -Se conheci algum génio feliz?
    -devo confessar que nunca dei por que estivesse na presença de algum génio.
    Muito menos quando algum simples mortal pretende que o tomemos nessa alta condição.
    Não leu a minha quadra popular a propósito?:

    de tão altos pedestais
    em que por vezes nos pomos
    parecemos ser muito mais
    pequenos do que o que somos

    ?

    as minhas poucas referências, com ligeiras semelhanças ao que será a genialidade, são todas de gente muito simples.
    e gente simples não se preocupa com questões menores - da natureza da felicidade.
    Querem lá saber se são ou não felizes. Deixam isso para os curiosos

    abraço amigo

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  14. Conversa fiada, meu caro Amigo, conversa fiada! "Não vou por aí". Se para si a genialidade está na simplicidade, estamos atolados dessa praga, a começar por mim... que não passo de um pobre diabo a milhas de distância do seu luminoso astro, com cuja sapiência longe estou de poder competir. Nunca viu um génio? Eu também não, mas conheço-os de gingeira... pelas lições da história, apesar das minhas poucas letras.
    Quer a tradução, sem ter de recorrer a especialista? Eu mesma lha dou, aliás tirada do "Pão partido em pequeninos" do Padre Manuel Bernardes: ""Não suba o sapateiro acima da chinela".

    E com esta vou-me embora,
    pois as aves já se vão
    aos seua ninhos recolhendo
    até à próxima aurora!

    João de Castro Nunes

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  15. Genial não é saber latim. É ensiná-lo! Com carinho. Com dádiva. Com alegria. Ter esta consciência também é genial.

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  16. Genial é adoptar um avô e fazer dele um recurso ímpar de sabedoria e de amizade.

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  17. Genial é "ir por aí" atrás de um pobre diabo sem luz nem currículo que se veja (por falta de luz) com uma 4ª classe do tempo dos dinossauros, sem qualquer hipótese de competir com ninguém.

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  18. Genial é ser grande com os pequeninos, assim como eu.

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  19. Genial é chegar a ser-se o que realmente se é...

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  20. A si, Fausta, ninguém a vence... em genialidade! Quem disse que não há génios bons e amoráveis? JCN

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  21. não vá o sapateiro além da sandália.
    (fídias, escultor grego, perante a crítica de um artesão)apre(e)nde jcn, não cites só as aves agoirentas.
    e agora a genialidade, 'seres' fora do seu tempo? responsáveis pela evolução das artes e, porque não, do mundo?
    será...
    ou uma doença que se transforma em sofrimento?
    sentir 'por maior' é (citando jcn) um mal para si e para os que o rodeiam?
    a questão, que muitos consideram ultrapassada, é se a genialidade deve ser uma distância ou um 'agenciamento'?
    que me acompanhem os que me entendem, aos outros 'batatas'?
    é pouco genial pensar desta forma... mas é cada vez mais uma necessidade.
    os génios transportam segregação, os lutadores igualdade.
    à luta
    (escrito ao correr da 'pena'.)

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  22. Dando de barato as suas congeminações de trazer por casa, de chinelos e pijama, não posso deixar de lhe passar, com selo pendente de prata e cera, um atestado de supremo ignorante. Então vossemecê não sabe que não se trata de Fídias, mas de Apeles, o protagonista do episódio referido por Plínio e exemplarmente traduzido pelo nosso Manuel Bernardes? É de atar as mãos na cabeça! Não se trata de uma escultura, mas de uma pintura, atrás da qual o artista se colocou para escutar as opiniões dos transeuntes. Fídias nunca pintou... em toda a sua vida. Estude, caro amigo, estudo! E deixe de se dar ares daquilo que não é! Esrtá-se-me a acabar a pachorra. JCN

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  23. Pela calinada que deste, ó BAAL, merecias uma valente dúzia de palmatodas: "ne sutor ultra crepidam"! JCN

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  24. Reportando-me a anteriores comentários, tenho a impressão de que exite aqui uma grande confusão de narizes. Quem ataca... quem? JCN

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  25. REGUADAS

    Essa história do pintor
    que atrás do quadro se pôs
    para sem ser visto ouvir
    a opinião dos passantes
    contada pelo BAAL
    contrariamente à verdade
    é de a gente ficar parva
    por os nomes confundir
    dos artistas mais famosos
    que em Atenas trabalharam
    na escultura e na pintura!

    Estude antes de falar
    para não fazer figura
    de analfabeto ou de tanso!

    Que valentes reguadas
    ele está a precisar!

    JCN

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  26. no credas laudatoribus tuis

    que 'granda calhauzada'jcn

    o 'velhote' de chinelos e pijama, transformado em inquisidor-mor não deixa passar uma.

    soubesse ele do ridículo dos seus sonetos, que não passam de circularidades, eivados de uma moralidade cristã do tempo da velha senhora e não sairia de goías(que é um caranquejo que como ele passa a vida a andar para trás), ou talvez da sua 'casinha' onde se recria imberbe com os seus alfarrábios latinos, construindo sonetos menores por nada entender deste mundo (nem do outro).

    à luta

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  27. é assim fausta... tiram-nos do sério e começamos a regurgitar. não é nada que o teu 'mestre' de latim, não utilize contra os justos.

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  28. Nada de atacar os mestres! São pessoas justas e bondosas e só querem o nosso bem. Inteligentes e sensíveis eles são!

    Música de fundo: "Eu tenho dois amores" do Marco e Paulo

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  29. Estás a dar a mão à palmatória, ó BAAL?!... Algum dia tinha de ser! Não tens peito... para o velhote dos sonetos, a cuja altura não chegas... a não ser de escadote. E mesmo assim... JCN

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  30. Olha meu querido Plínio... Abre bem os ouvidos porque tenho uma profecia para ti: Hás-de ensinar-me latim, com todo o res peito, empenho e sapiência e hás-de gabar a minha inteligência. Podes escrever, que eu não sou pacaça!
    Bem podes correr! A ver se eu não te apanho!

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