terça-feira, 19 de janeiro de 2010

meu peito colado ao chão - aqui, sempre no mesmo lugar

tenho o meu peito colado ao chão, cheio de vozes guardadas.
loucas falam todas ao mesmo tempo.

silêncio que as quero ouvir.
só para as mandar calar - definitivamente.

aqui no chão choro devagar.
não o quero encharcar com o meu desassossego.

tenho o meu peito colado ao teu em outro lugar.
tão longe que esqueço.

19 comentários:

  1. será o sofrimento desespero?
    uma certeza tenho: ao contrário do que dizem, não fortalece.

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  2. Se é por falta de cadeira, eu empresto! Não faça cerimónia! JCN

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  3. JCN, confesso que sinto-me cansada dos seus comentários. o meu aborrecimento é proporcional ao seu mesmismo. apesar da minha total abertura à crìtica, enjoa-me os posts presunçosos e pretenciosos. cansam-me os comentários pelo prazer do mal dizer. este prazer vaidoso, sempre umbilical fazem-me adormecer.
    posto isto e porque sou nova e estrangeira neste espaço- retiro-me.

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  4. baal,

    Não tenha assim tanta certeza das fraquezas ou grandezas do sofrimento. A dor é o complemento natural do Prazer. Não são, parece-me as sensações que fortalecem, mas são as janelas para o conhecimento mais aprofundado do caminhar. São excelente captador de conhecimento e compreensão do mundo.

    Um beijo, baal

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  5. paladar da loucura,

    Uma vez mais gostei do que escreve.
    Este espaço não é "meu" sérá um espaço de todos os que aqui estamos a convite do seu mentor e autor. Penso que não irei contra o que Paulo pensa se disser que a sua presença enriquece este espaço, tal como a de todos.
    Uma vez mais, é a diversidade que nos tem unos no que é essência e comum.

    P.S. Não ligue a JCN! Desvalorize!
    Aprende-se com muita facilidade a gostar dele.
    Eu aprendi, mas a mim sempre me tratou bem. Cá para nós, acho que ele gosta de mim... mas isso!

    Eu rio-me sempre, sempre, com as intervenções dele. Tem um sentido de humor enorme... e é (segredado) inteligente e até tem algum talento, quando se não lhe enferruja a maquineta de fazer sonetos.

    Um sorriso, paladar da loucura.
    Como diria Isabel, sou sua leitora.
    E, se for necessário, também lhe empresto uma cadeira! (risos)

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  6. Eu gosto muito do que escreve.
    Bons minutos de desconcentração e descontracção entre trabalhos.
    Mas será que há coisas que só mesmo as mulheres entendem?
    pois...talvez.
    Mas continue, é bom lê-la, aqui ou em outro lugar.

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  7. anaedera, prefiro dizer que há coisas que as mulheres não entendem.
    o que em lógica vai dar ao mesmo.

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  8. Eu digo também à Paladar para ficar. Tem uma pele nova, ainda a renovar-se, a tentar crescer, tactear formas de apresentação. É essa a essência da Língua. Discordo da Saudades: nem todos estamos preparados para o que dói sem porquê num espaço de manifestação da Língua que forma comunidades e não as destrói, ou tenta. Isso não faz de uns mais fracos do que os fortes, nem de outros mais fortes do que os fracos. Faz de nós aquilo que somos. A sua escrita está cheia de caminhos. Não nos deixe sem eles...percebo o que sente, ser magoada a troco de nada, ou quando não é claro esse propósito escapa a quem não optou por aí, magoa e afasta. Não se afaste da escrita e do que ela lhe pede para revelar...Há versões diferenciadas de sermos humanidade. E todos o somos. A decisão é sua, mas não esquecerei o que li vindo de si, porque quem lê não adormece para o que desponta, serei de facto sua leitora...aqui,ali...no silêncio e no invisível. A memória mostra. Aquele que fere com a Língua já está fora dela, mas é humano...a sua face parece demasiado bela e serena para se oferecer ao estalo. Eu aceno ao que vem ao caminho, de si, de todos. Não ao que fecha caminho. Importa que fique com a Escrita. E pudesse um sorriso remover o que não fortalece.Essa é a luta diária de um sorriso quando enfrenta outro rosto.

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  9. C@ros,
    Agradeço todos os comentários. Alguns fizeram-me corar de surpresa. Talvez não entenda o espaço por onde todos circulam. Talvez não perceba sequer nada. Dói-me a barriga quando me assalta a dúvida sobre meu propósito em ir publicando no meu blog ou neste. Não será a vaidade a assaltar-me?
    Porque a necessidade de escrever não carece de ser publicada!
    O que me anima na escrita é uma inquietação permanente sobre a minha existência, a minha experiência de vida, onde me reconheço, a dor que sinto sem saber definir onde dói, o lugar onde não caibo e procuro entender, a pobreza, a mesmice, as atitudes tidas como correctas e bem comportadas...
    Se leio, vejo, escuto alguém ter a coragem de SER - fico feliz, porque aqui me reconheço.
    Estou-me nas tintas se a minha escrita é feita de boa prosa, se a minha poesia tem rima, ou se a cor da palavra, o tom do enredo encaixa na crítica literária. Enquanto sentir escrevo.
    Ao JCN que me deixou verdadeiramente entediada agradeço!

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  10. Ainda bem que paladar da loucura escreve para si para nós e para o mundo e que lhe dói na barriga ou onde lhe doa, porque a escrita, sei-o, é isso.

    Quando comecei a publicar neste blog "levei muita estalada", não fortaleci com ela, se é isso que se entende do discurso da Isabel. O que eu digo, e do que a Isabel diz discordar, é uma resposta directamente para o comentário do baal. Resposta à pergunta directa: será o sofrimento desespero? fortalece ou não? Comentário primeiro ao seu texto, antes da "brincadeira de JCN.

    Nada tem a ver com a preparação ou impreparação para receber "estatadas", (dessas recebemos e doem, quando conhecemos as pessoas e nos decepcionm, isso sim!) que se sentem, é claro, e doem tanto mais quanto não se compreendem.

    Nada pensei relativamente a destruir comunidades linguísticas ou outras, nem acho, como se tem provado, que seja o caso de JCN, apesar dos milhares de provocações, algumas com imensa graça, outras detestáveis.

    Nunca gostei de fazer sofrer nem uma flor, quanto mais uma pessoa.

    O que eu disse é que na procura de nós mesmos, que é também a escrita, não há melhor athanor do que a nossa alma e o que vai nela(e nela vai a alegria, a dor, o sofrimento, a tristez, o bem, a beleza, as emoções, pensamentos e até sentimentos...) Nela é que se formam janelas: abertas, fechadas... e caminhos que se fazem dentro da própria alma da escrita. É na escrita, na leitura, na contemplação do mundo que fazemos os caminhos, não nas opiniões que ferem o ego, mas nunca podem ferir a escrita. É mais ou menos isto que eu quis dizer e digo.

    Pois bem, a sua escrita está cheia de caminhos. Não nos deixe sem eles. Pois somos seus leitores, e niso há uma enorme abertura e permeabilidade.

    Um abraço
    Gosto do "paladar da loucura"
    E Amo a Isabel, como todos sabem.

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  11. Muito sinceramente, não me agradou o "paladar" da notícia...

    Espero não ter vindo tarde, espero, sereno.

    Retiro esta passagem, em mim teatral (pergunto-me até por quê):
    Não se vá já embora, peço-lhe que fique, ainda agora aqui chegou, é tão grande a viagem...

    Amiga Paladar da Loucura, quando de dentro se escreve o que de dentro vem puro, e não há maneira de o reter, entrega-se, em mãos, nascido a ser partilhado. Com isto digo, abraço o que escreve, sei que é verdadeiro.

    Um abraço Paladar... que raio de nome:) desculpe-me, sou eu a brincar, para ver se lhe 'roubo' um sorriso :) assim, tal qual este em que a todos envio, desejando-vos um bom dia, soalheiro, fortalecido!

    Afinal o que importa... é não ter medo!

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  12. Será que o paladar da loucura... se está a transfomar na loucura do paladar?!... Já Aquilino dizia: "Quem não tem paladar... não tem carácter". JCN

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  13. E agora estou mesmo, mesmo feliz! Com todos. Com tudo que li.
    Meu blog é 'Paladar da Loucura', Rui, meu nome é Ethel.JCN sempre com paladar.
    Obrigada a todos!

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  14. Paladar de ti, que vou espreitar, "menina", se tu deixares...
    Vou de voo até lá.
    Levas-me de mão dada?

    Deixo-te um sorriso.:)

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  15. saudadesdofuturo - obrigada :)
    www.paladardaloucura.blogspot.com
    levo-te lá, com muito prazer.

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  16. Linda e apaladada troca de galhardetes! A cortesia... fica sempre bem. É o meu fraco, doente de medievalite. JCN

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  17. JCN! Não lhe chame doença, chame-lhe antes fruto da idade, média a minha, claro!:)

    Ainda não nos brindou com um so. riso, nem com um riso, só com uma galhar-dia... mas foi há tanto tempo! Já nem me lembro!

    Um baixar de cabeça, JCN!

    P.S. Acho-o distante, triste. Está triste, JCN?!

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  18. Este comentário foi removido pelo autor.

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  19. Ai meu Jasusito, Faust(ina) que me estou desgastando à toa!
    Já tinha saudades tuas, Fausta, pensei que estivesse zangada com o "inimigo"! (risos)

    Gosto de brincar, será que também desgasta?

    Gosto de chocolates, também.

    Olhe lá, Fausta, o Santo Ambrósio não era gaulês?
    Esses gauleses são loucos por chocolate!

    Um beijo, pronto.

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