terça-feira, 19 de janeiro de 2010

É tempo

A vida das nações, e sobretudo dos Estados, divorciou-se completamente das aspirações mais fundas do ser humano, que dificilmente se revê em manipulações contabilísticas, no cinzentismo burocrático e num politicamente correcto que nada dizem a quem assume a existência como aventura de conhecimento e comunhão amorosa com os outros e com tudo. É tempo de surgir uma alternativa social e cívica que nos remova do indiferentismo e da clausura na vida privada, dando outra cor e alento à vida pública.

22 comentários:

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  5. eu só oiço os políticos a dizer que é preciso apertar o cinto. O que achas Fausta? Por que não desapertá-lo?

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  6. é a realidade reduzidos à vida privada somos facilmernte controlados. o problema é que este sistema organizado (capitalismo) sabe o que faz e não é fácil combatê-lo. somos peças de um corpo quase inatacável. a saída 'soft' associações cívicas horizontais reunidas em forum para decisões. democracia participativa. o imenso problema é a partidocracia que forma lideres que nunca sentiram a vida real e cujo trabalho 'é bajular para subir'.

    existia uma solução 'os filósofos ao poder' .

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  8. é preciso,pelo menos, dizer alguma coisa ou voltamos ao tempo do fascismo em que os trabalhadores e os seus filhos (que com 13 ou menos eram obrigados ao mundo do trabalho) viviam em bairros de lata e diziam:

    'baltazar pedreiro passa
    a vida a trabalhar
    e não tem casa para morar'

    este fascismo está cada vez mais parecido com o outro.

    à luta

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  9. E porque não... os idiotas ao poder?!... Sempre podiam dar... alguma ideia! JCN

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  11. no fundo, bem lá no fundo, a ideia não é chegar ao poder é destruir todo o tipo de poder.

    mas esta é outra conversa

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  12. Nos divórcios, cortam-se relações burocráticas, aspectos sociais de imagem pública já enfadonhos de manter.

    E é por se valorizarem aspectos verdadeiros dos relacionamentos, que o mundo e a realidade em que vivemos permite existirmos como aventureiros, na escolha de ser cor ou a sua ausência, em comunhão amorosa com o que escolhermos.

    A "alternativa social e cívica" parte das escolhas individuais e privadas de cada um.

    Só assim o "caso" público poderá espelhar a verdadeira diferença da sua "esfera" privada.

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  13. Cabeça de cartaz... ou cabotino, ó Fausta? JCN

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  14. Como sou gentil, Fausta, devolvo-te a pergunta. Queres uma alternativa que nunca se concretize??

    Tu é que fizeste a pergunta e a ela respondeste...

    Também não te deixam outra alternativa...

    Mas eu conheço uma, Fausta,e a ti serviria melhor do que a ninguém...
    Terás que adivinhar qual é.

    Mas digo-te já que não passaria pela atitude "irreverente" que adoptas, pois essa é a que verdadeiramente faz "lamber os beiços" aos divorciados da vida, chamemos-lhe assim.

    O que eu vejo é outra coisa... Vejo a imbecilidade a lamber o chão aos governantes divorciados do que verdadeiramente interessa ao ser humano ou a quem vive, como escreve o Paulo, a vida como aventura e comunhão amorosa...

    Lembro quase sempre Agostinho da Silva, quando leio estas ideias que procuram romper com o "politivamente correcto".

    Sorrio. E essa é a minha resposta, Fausta.

    Devias fazer o mesmo, previne as rugas e é uma alternativa, decerto às caras que vemos todos os dias no trabalho.

    É caso para dizer: Irra! Senhor Abade!

    Piscadela de olho a JCN, Fausta, Paulo, Baal, Caralinda, Platero, Júlio Teixeira... Anaedera, Kunzang... e outros tantos "doidos, utópicos,aventureiros" e, como não podia deixar de ser... idealistas.

    Não é, Fausta? :)

    É sempre um prazer dialogar com "inimigos" do seu nível de idealismo...
    (risos)

    E já agora, ir ao fundo da ironia... Pergunto:

    Se toda a gente se divorcia, porque não o Estado?
    Talvez seja um sinal de modernidade...

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  15. Paulo,

    Merece, obviamente, uma reflexão séria, este seu "alerta" ou esta sua reflexão. A vida das nações é por si só um conceito que precisa de ser revisto, o mesmo o de Estados. Tudo deverá ser posto em causa, para que se baralhe de novo e se comece um novo jogo. Sei que partirá de dentro, e que contagiárá, como tem dito, outros.
    Sei que tem que ser com conhecimento (não o que se aprende nas escolas...)deve ser com Amor, sim, verdadeira compaixão pela singularidade de cada um, pelo que cada um tem da centelha de que o divino é manifestação. Deve ser diverso, já que tende, disse-o "o filósofo da liberdade" para a unidade. Pois que dela é manifestação...

    A "cor" é a do "cor" e é também a da riqueza da diversidade. É ela que torna a ideia de unidade a grande utopia... (que a Fausta tão generosamente quer para o mundo).

    Não reli, como é meu costume, é possível que contenha muitos enganos... não importa se se compreender a ideia...

    Um abraço a todos e um especial a Fausta, de quem sou Amiga, se ela quiser...

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  16. Nada sei e nada tenho como certo senão que tudo tem de ser posto em causa: baralhar e dar de novo!

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  17. Muito de acordo consigo, Paulo.

    Saúde!

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  18. “…quanto ao intelectual cabem-lhe as maiores responsabilidades na luta política dos povos.”
    Fernando Namora, 1977

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  19. Há luta por mil doutrinas.
    Se querem que o mundo ande,
    Façam das mil pequeninas
    Uma só doutrina grande.

    A. Aleixo

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  20. A questão que nos domina
    e que sempre existirá
    e saber quem haverá
    de encontrar essa doutrina.

    JCN

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