sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Do declínio de Portugal a um Outro Portugal

O momento mais fecundo da contínua metamorfose de cada suposto "ser" - indivíduo, povo ou nação - é o seu declínio: a revelação da autocontradição que desde o início e constantemente o move (cf. Heraclito e Hegel sem a deriva teleológica), a revelação das suas mais fundas e inéditas possibilidades. Porque um declínio é sempre o de uma forma ou modo de ser e logo a libertação dos possíveis que essa mesma forma ou modalidade encerra. Para nós, além das nossas próprias vidas, o exemplo mais evidente é Portugal.

Portugal nasceu, desenvolveu-se, expandiu-se e declinou sob o signo da violência contra o outro: leonês, castelhano, árabe, indígenas colonizados. Esse ciclo terminou em 25 de Abril de 1974 e nele um Portugal morreu. Desde então até agora estamos num Limbo, sem poder ser aquilo que estávamos habituados a ser e sem vislumbrar outra alternativa senão a ausência de alternativas do produtivismo-consumismo europeu-ocidental.

Este Limbo é a possível sementeira de um Outro Portugal. Um Portugal solidário com tudo e todos, um Portugal-solidariedade, um Portugal armilar, um Portugal-Universo. O que jamais será o Portugal do Estado ou da sociedade portugueses, mas sim o Portugal alternativo gerado pela comunidade dos portugueses despertos. É a Hora de dar à luz esse Portugal!

umoutroportugal.blogspot.com

7 comentários:

  1. Um altar onde se plasmaria a pátria do Espírito Santo,

    que depois voaria para as terras do Preste João,
    onde seria fundado o Quinto Império e anda agora a velha (LIS) apodrecida e vendilhona a entregar à oligarquia?

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  2. Deixemo-nos de parvoíces! Já não somos crianças, para ouvir histórias da carochinha. JCN

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  3. Não exite sopa além da sopa do meu prato...

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