O momento mais fecundo da contínua metamorfose de cada suposto "ser" - indivíduo, povo ou nação - é o seu declínio: a revelação da autocontradição que desde o início e constantemente o move (cf. Heraclito e Hegel sem a deriva teleológica), a revelação das suas mais fundas e inéditas possibilidades. Porque um declínio é sempre o de uma forma ou modo de ser e logo a libertação dos possíveis que essa mesma forma ou modalidade encerra. Para nós, além das nossas próprias vidas, o exemplo mais evidente é Portugal.
Portugal nasceu, desenvolveu-se, expandiu-se e declinou sob o signo da violência contra o outro: leonês, castelhano, árabe, indígenas colonizados. Esse ciclo terminou em 25 de Abril de 1974 e nele um Portugal morreu. Desde então até agora estamos num Limbo, sem poder ser aquilo que estávamos habituados a ser e sem vislumbrar outra alternativa senão a ausência de alternativas do produtivismo-consumismo europeu-ocidental.
Este Limbo é a possível sementeira de um Outro Portugal. Um Portugal solidário com tudo e todos, um Portugal-solidariedade, um Portugal armilar, um Portugal-Universo. O que jamais será o Portugal do Estado ou da sociedade portugueses, mas sim o Portugal alternativo gerado pela comunidade dos portugueses despertos. É a Hora de dar à luz esse Portugal!
umoutroportugal.blogspot.com
Parent bella alii: tu, Portugale felix, nube
ResponderEliminarDeus queira... não se vá de mal a pior! JCN
ResponderEliminarBelas e verdadeiras palavras.
ResponderEliminarSonhadora
Um altar onde se plasmaria a pátria do Espírito Santo,
ResponderEliminarque depois voaria para as terras do Preste João,
onde seria fundado o Quinto Império e anda agora a velha (LIS) apodrecida e vendilhona a entregar à oligarquia?
Deixemo-nos de parvoíces! Já não somos crianças, para ouvir histórias da carochinha. JCN
ResponderEliminarNão exite sopa além da sopa do meu prato...
ResponderEliminarReticências... para quê? JCN
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