Falavam-me de Amor
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
Natália Correia
feliz porque a partir das primeiras palavras reconheci o poema.
ResponderEliminarmais feliz pela oportunidade de voltar a lê-lo
obrigado, Saudades
PRESÉPIO MEU
ResponderEliminarDos cinco irmõs eu era o mais activo
em fazer o presépio do Natal,
com muitas ovelhinhas, por motivo
de ter um certo jeito natural.
De véspera, com cestos sobraçados
a grande custo, o musgo procurava
pelos caminhos, montes e valados,
onde ele mais fofinho se mostrava.
Depois... sobre ele com amor dispunha
em barro de Barcelos as imagens
representando as várias personagens.
Enternecido no final compunha
a gruta do Menino, envolto em linho,
sorrindo para mim... no seu bercinho!
JOÃO DE CASTRO NUNES
É ternurento, o poema.
ResponderEliminarGrata por colocá-lo aqui.
Platero,
Um abraço irmão, uma cumplicidade de planuras e muitos poemas reconhecidos de cor.ação,
P.S.Para o baal, seria "cor-acção",
À luta, deus endemoinhado!
Um abraço apertado de Saudades.
Muito apertado não... só um bocadinho!
Noutra versão:
ResponderEliminarPRESÉPIO DE FAMÍLIA
Na sala principal do nosso lar
era hábito, na quadra do Natal,
fazermos o presépio, para o qual
cada um trazia coisas ao calhar.
Como eram numerosas as crianças,
chegavam-se a juntar em triplicado
os Meninos-Jesus e, lado a lado,
vários rebanhos de ovelhinhas mansas.
Todos os anos aumentando os filhos,
era preciso pormos espartilhos
para o presépio não crescer demais.
O curioso é que, condescendendo,
do modo que o presépio ia crescendo
eram mais os Meninos do que as Mães!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Que lindo poema, JCN!
ResponderEliminarFeliz Natal!
JCN
ResponderEliminarlindo o primeiro soneto
de uma ternura com o calor
e do tamanho do NATAL
abraço
Vindo de si, Platero, cinzelador de primorosas quadras, o elogio ultrapassa... o calor e o tamanho do Natal, que lhe desejo transtaganamente ilimitado e a perder de vista em felicidde... incontingente! JCN
ResponderEliminaró jcn pareces um filósofo a falar.. vai mas é só-netar... mete a máquina trabalhar carago... até pareces um alente(i)jano.
ResponderEliminarbaáli...
ResponderEliminarestás aqui? Vamos à luta?, baal?
À luta do Natal?
(risos e um sorriso confiante para si, baalíiii
Sem medos... baal (não é bala) é...
doces... (que enjoativa!)
Bom Natal, Baal!
"Bom Natal, Baal!
ResponderEliminarQue rima!! Rima interna de um verso por haver!..
Ouro puro! De lei!...JCN
JCN??!
Atão xerá que foi com o D. Xabastião de Natal??(risos, muitos)
oó (oó... saiu-me) saudades eu acho que o jcn o fausto(a) e o goethe é de desconfiar.
ResponderEliminarHummm!!
ResponderEliminarAo desconfiado Senhor BAAL desejo também um Feliz Natal com muito espírito de luta por boas causas, revolucionariamente! JCN
ResponderEliminarEna que cortesia! Sr. João de Casto Nunes!
ResponderEliminarSaudades,
ResponderEliminarFeliz Natal, em recheio, como a azevia; açucar e pão, erva-doce, limão, aguardente e ALEGRIA!
Boas festas!
Aquele abraço!
Uma azevia se diz por aqui, quando alguém abusa: "Levas uma azevia!" que é uma estalada (pedagógica, é claro!)e aqui se diz "orelhada" coisas do Alentejo, como diria o para além de transtagano, o "magano" JCN!
ResponderEliminarMas um arrozinho doce, com muito leite, limão, um pauzinho de canela... e os losângulos feitos com os dedos com canela em pó, por cima do arroz, a fumegar... Lá isso!
txi... que confusão... :) então, mas então... agora fiquei bara-orelhado... :) "aqui" é "orelhada"? Não... aqui, àquem do Tejo (e em todo Portugal, não fosse este um típico doce do rectângulo), vá... para os àquentejanos, é azevia! Azevia... recheios vários lhe dão corpo; grão, feijão, (...), batata-doce e... pão! Pãozinho! Pãozinho sábiamente "desmigalhado", volvido e revolvido em sábia cozedura até ao apuro! Sem queimar, claro!
ResponderEliminarDou... a receita! :)
Vou... ap(r)ur(m)ar(-me)!
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txi... 2 da manhã...
Tenho de me apressar, ainda vou para... "Caminha"!
Azevia rima com... Alegria!
Venha ela, e de travessa cheia!
Abraço Saudades, natalício, gastronómico e de avental! oops... tenho as mãos com farinha... ponho uma pinta branca no nariz, e desatamos todos a rir!
saudades a tua simpatia deixa-me eternamente 'saudoso'.
ResponderEliminarbom natal poetisa das torres.
Torre norte às doze badaladas!
ResponderEliminarPxiuu!!! Ninguém nos ouve. É hoje, a luta!...
gostei bastante. felicidades.
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