Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
"Primeiro hão-de ignorar-te, a seguir ridicularizar-te, depois combater-te. Só então vencerás" -Mahatma Gandhi
Não se combatem bonecos de feira. Mas uma coisa é certa, combatendo, combatemo-nos. E, saindo vitoriosos, porque os que nos enfrentam (estou a falar das pessoas que nos dão a cara e, muitas vezes, nos confrontam colocando os dedos nas feridas, não se negando ao verdadeiro confronto) são, precisamente, os que mais nos ajudam a sermos em verdade e em determinação de nos superarmos. Eu já fui avesso às polémicas, mas confesso que admiro os grandes polemistas como António Sérgio, davam-se abertamente à luta argumentativa, a mais fraterna e mais leal que pode haver. Agora, a intriga e a perfídia, o andar a minar, nas costas, a reputação alheia não se combate, espera-se que surta completamente os seus efeitos. Serão os próprios agentes disso a cheirar mal e a desmascarar-se. Mas confesso que quando vejo pessoas que sempre admirei à mistura na cloaca, não sinto nojo, mas tristeza. É o portugalório que temos. Isto de se ser intelectual não é ser garoto com calças grandes, há uma responsabilidade ética profunda em cultivarmos (‘cultuarmos’ é, neste contexto, demasiado forte) o saber. E não há nada extraordinário nisso, apenas o facto de, se conseguimos ver para além dos pequenos muros que nos rodeiam, podemos enfrentar melhor os muros maiores que nos rodeiam a todos. E quanto mais virmos, maior é a nossa responsabilidade e mais profunda deve ser a nossa humildade perante as nossas próprias limitações que, como é natural, serão sempre muitas. Apesar de tudo está a sabedoria compassiva e não é preciso ir muito longe para descobri-lo, isso aprende-se frequentando o magistério espiritual de homens como Pascoaes, Leonardo Coimbra, Agostinho da Silva, António Sérgio, Sampaio Bruno, José Marinho, só para citar estes, não se trata de egos grandes, mas de nautas do Espírito que procuraram ver longe, mesmo tendo vivido no meio da tirania, da cegueira pseudo-aristocrática, da estupidez auto-engrandecida… E hoje servem de bandeira a alguns que lhes mastigam os textos tentando evitar as pérolas, ainda e sempre inimigas dos dentes da ignorância alarve. Já estive para mandar às urtigas este arrabalde de coisa nenhuma, mas a estupidez só ganha se houver abdicação. E acho que isso seria imperdoável. Para a frente, sempre para a frente… E que venha a reflexão séria, a polémica aberta e frontal. A Luz não pesa nem ocupa espaço. O que nos pesará perante ela serão os espantalhos que nos antolharem a mente. Mas esses são feitos de pó e teias de aranha.
E como distinguir "Espantalhos feitos de pó e teias de aranha" ou "Pessoas que nos dão a cara e, muitas vezes...confrontam colocando os dedos nas feridas...ajudam a sermos em verdade e em determinação", não serão a mesma coisa?
Vou na terceira fase: a das pedras! JCN
ResponderEliminarNão se combatem bonecos de feira.
ResponderEliminarMas uma coisa é certa, combatendo, combatemo-nos. E, saindo vitoriosos, porque os que nos enfrentam (estou a falar das pessoas que nos dão a cara e, muitas vezes, nos confrontam colocando os dedos nas feridas, não se negando ao verdadeiro confronto) são, precisamente, os que mais nos ajudam a sermos em verdade e em determinação de nos superarmos.
Eu já fui avesso às polémicas, mas confesso que admiro os grandes polemistas como António Sérgio, davam-se abertamente à luta argumentativa, a mais fraterna e mais leal que pode haver.
Agora, a intriga e a perfídia, o andar a minar, nas costas, a reputação alheia não se combate, espera-se que surta completamente os seus efeitos. Serão os próprios agentes disso a cheirar mal e a desmascarar-se.
Mas confesso que quando vejo pessoas que sempre admirei à mistura na cloaca, não sinto nojo, mas tristeza. É o portugalório que temos.
Isto de se ser intelectual não é ser garoto com calças grandes, há uma responsabilidade ética profunda em cultivarmos (‘cultuarmos’ é, neste contexto, demasiado forte) o saber. E não há nada extraordinário nisso, apenas o facto de, se conseguimos ver para além dos pequenos muros que nos rodeiam, podemos enfrentar melhor os muros maiores que nos rodeiam a todos. E quanto mais virmos, maior é a nossa responsabilidade e mais profunda deve ser a nossa humildade perante as nossas próprias limitações que, como é natural, serão sempre muitas.
Apesar de tudo está a sabedoria compassiva e não é preciso ir muito longe para descobri-lo, isso aprende-se frequentando o magistério espiritual de homens como Pascoaes, Leonardo Coimbra, Agostinho da Silva, António Sérgio, Sampaio Bruno, José Marinho, só para citar estes, não se trata de egos grandes, mas de nautas do Espírito que procuraram ver longe, mesmo tendo vivido no meio da tirania, da cegueira pseudo-aristocrática, da estupidez auto-engrandecida… E hoje servem de bandeira a alguns que lhes mastigam os textos tentando evitar as pérolas, ainda e sempre inimigas dos dentes da ignorância alarve.
Já estive para mandar às urtigas este arrabalde de coisa nenhuma, mas a estupidez só ganha se houver abdicação.
E acho que isso seria imperdoável.
Para a frente, sempre para a frente…
E que venha a reflexão séria, a polémica aberta e frontal. A Luz não pesa nem ocupa espaço. O que nos pesará perante ela serão os espantalhos que nos antolharem a mente. Mas esses são feitos de pó e teias de aranha.
E como distinguir "Espantalhos feitos de pó e teias de aranha" ou "Pessoas que nos dão a cara e, muitas vezes...confrontam colocando os dedos nas feridas...ajudam a sermos em verdade e em determinação", não serão a mesma coisa?
ResponderEliminarnas duas primeiras fases o inimigo
ResponderEliminarestá dissimulado.
só se revela na terceira, quando é possível então encetar a luta
Vossemecê, senhor Paulo Feitais, está a falar... de si mesmo?!... JCN
ResponderEliminarSe, para passar à quarta fase, é necessária a luta, em boa hora venha! Quebremos lanças! JCN
ResponderEliminarSim, percebo. Porque na luta, ao mesmo nível se reconhecem, de igual para igual. Reflexo do outro. Obg
ResponderEliminar