sábado, 7 de novembro de 2009


é preciso pensar como um relógio sem fundo
ter afecto igual a uma girafa
e sonhar que debaixo de um rio existe outro rio
que é lugar culto e heróico
onde os pássaros dormem e procriam

é preciso acreditar nas mãos
nas águas que correm imaginadas
e no fogo que estampou os mandamentos
olhar uma mulher sem a desconfiança de um touro

para construir o futuro não é preciso tábuas do passado
é preciso pensar como as árvores e como os frutos
que nos seus namoros terão filhos exactos

pois é no Creio que as imagens se tornam lúcidas

3 comentários:

  1. Mas nesse 'é preciso' não há precisão. Só excedência.
    :)

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  2. tb concordo.
    qual mundo? das coisas visiveis? ou o outro que fica um pouco mais além de nós? ou ambos?

    abraço ao paulo borges e ao paulo feitais, de outro paulo que sou.

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