quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Volante


Tenho em mãos um volante e ao longe um alvo em cujo alinho é um rumo aprumado. Precedo a inércia movendo-o, suavemente, visando ao longe um limite; até onde caminhará. Um breve movimento, níveo, lança-o em direcção ao incerto… mas, não estou aqui, na Terra, onde todas as leis me confundem; estou no vácuo e o volante, distanciado da origem, tende velozmente até à unidade progredindo por todas as posições do infinitésimo e eternamente aproximando-se do fim, sem nunca o alcançar.

(google image)

5 comentários:

  1. Creio que a nossa mente também é um volante... e bem mais rápido!

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  2. não sei - nem preciso analisar
    gosto
    isso me basta

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  3. Primeiro que tudo, é prudente largar o volante.

    Sem isso, a viagem tem todas as condições para não correr tão bem porque, correndo a paisagem em nós em marcha-atrás, quem pedala com o pedal ligado ao volante, realmente pedala em seco. Não sai do mesmo lugar. Ainda que veja passar o filme da paisagem.

    Aconselha-se, pois, o timorato timoneiro de si a abrandar até à velocidade permitida, isto é, até ao limite de velocidade.

    E qual é ele, nesta via?

    Parado no meio da estrada, em contra-mão, imóvel, com o volante solto na mão.

    Ou então - para quem goste de emoções mais fortes: prego a fundo, sem volante e sem estrada.

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  4. O volante será aqui o que guia ou o que voa?

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  5. Por isso... eu pergunto se é volante ou volátil. JCN

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