sábado, 10 de outubro de 2009

Saudação

Fotografia de Maria Sarmento


(Saudação silenciosa, amorosa e sentida a um querubínico ser em viagem por um Mar de plenitude. Para que a razão seja o Silêncio de uma Saudade que não tem tamanho: um Mar maior que o Tempo. Para Sempre, entre Infinitos, seja, Damien, o lugar que nos canta e que nos perdoa a “maldição” da Poesia.)

É do rumor fundo e eterno do silêncio
Que a voz evoca a narrativa trágica
Fomos, em algum tempo, traídos pelo Tempo
É por ele que libertamos a palavra

Para que o Amor seja o rumor de fundo
Que o dia guarda na sua mão fechada
E a palavra desenhe no coração do drama
Os símbolos e os signos da nossa história antiga

O que não pode ter voz que não seja metáfora,
O que não se arruma na estrutura de um verso,
de uma sílaba, de um som
Não pode cair na infâmia de um grito!

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