A realidade está à vista.
A multiplicidade é um facto.
A não-dualidade é algo ininteligível ou falso.
A interdependência não é total - o primeiro ser é independente.
Os discursos complexos escondem ignorância.
Muitas leituras não implicam sabedoria.
Quem muito se enreda em si, muito erra.
Quem sente, conhece a realidade;
mas alguém poderia apenas pensar e conhecê-la.
A realidade dá-se a conhecer de muitas formas.
O uno é múltiplo. Significa: o Cosmos é composto por muitos seres.
O múltiplo é uno. Significa: os muitos seres que existem compõem o Cosmos.
Existirá algo para lá deles?
A quem... é feita a pergunta?!... JCN
ResponderEliminarboa indagação...mas na nossa finitude, resta de facto sentir o toque do transcendente em nós e deixar-nos levar pela inspiração de compaixão e amor, as batidas íntrínsecas do pulsar do próprio universo...bj
ResponderEliminarA "boa indagação"... melhor resposta! JCN
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ResponderEliminarContrapor uma aparente simplicidade, presumindo que assim se é simples é o mesmo que imaginar que só por vestir certo tipo de roupa se passa, como por milagre ou magia, a ser simples ou humilde.
ResponderEliminar"A realidade está à vista."
A realidade está à vista? Então porque andam todos à procura dela, e de "ter realmente uma vida"?
A "realidade" nunca está à vista. A realidade só está "à vista" porque se revela, isto é, revela-se re-velando-se.
Quem o saiba não carece de explicação, quem o não saiba, talvez careça. Quem pensa que o sabe, não carece nem duma nem doutra. Talvez nunca saiba, nem nunca saiba que não sabe..
"Os discursos complexos escondem ignorância."
Será assim? A "complexidade" pode ser simplesmente a nossa incapacidade de apreender, entender ou compreender o que é simples/complexo. Não é necessariamente complexidade intrínseca às coisas. O déficit está em nós, não nas coisas.
As coisas são simples, são o que são, mas a teia que as (cor)relaciona é que é de tal maneira vasta e intrincada, que adquire complexidade, ao tentar ser abrangida pela nossa apreensão, entendimento ou compreensão.
Se nos ativermos ao "simples", podemos sempre ver simplicidade nisso que vemos, mas é apenas um ver simples; logo, é bom não confundir o ver, apreender ou sentir das coisas com as próprias coisas, que sempre permanecem mistério incognoscível, inapreensível e inominável.
"Muitas leituras não implicam sabedoria."
Nem muitas nem poucas. A sabedoria não está nem decorre do ler livros.
Entender-se que o "ler" é mero manuseio intelectivo de estudo livresco, deleite dos sentidos ou pura diversão, é manifestar que nunca se aprendeu a ler realmente.
Ler é leitura (inteligência, intere-legência), apreensiva e compreensivamente, de alguma coisa do que se nos apresenta como mundo - seja ele submundo, imundo ou transmundo -, bem como a vida e morte que lhes estão intimamente ligados.
"Ler" é ler-se (a si e a tudo), na legibilidade de tudo. E na ilegibilidade, também.
"Quem muito se enreda em si, muito erra. Quem sente, conhece a realidade"
Tanto erra quem se enreda em si, como erra quem imagina que, sentindo, conhece a realidade. Está na dualidade ainda, imaginando que não está. Confunde a imediatez dos sentidos e do sentir com "desenredo", quando é da actividade dos sentidos que nos vem a mais ilusória das irrealidades.
"A realidade dá-se a conhecer de muitas formas."
A questão é, precisamente, saber se isso a que chamamos (o que cada um chame) realidade tem "forma", ainda que possa apresentar-se-nos com/nas formas.
"Existirá algo para lá deles?"
Nem para lá, nem para cá deles.
(Abraço de gato maltês!)
O aborrecimento dos complexos só é excedido pela arrogância dos simples.
ResponderEliminarSentir é errar.
ResponderEliminarFalar difícil... é realmente sintoma de ignorância. Autorizo-me... de Pessoa, quer o tenha dito ou não. Nem sempre disse ou escreveu... o que pnsava! JCN
ResponderEliminarDamien,
ResponderEliminarpartilha connosco o teu caminho.
Quem és tu? Aonde vais buscar a tua sabedoria?
A sabedoria acaba... onde começa a grosseria! JCN
ResponderEliminarSe eu soubesse quem sou, é certo e garantido que não estaria aqui e agora. Mas também isso é ilusão. Ilusão de que estou iludido.
ResponderEliminarEu não sou nada. Sou nada. Imaginando que sou alguma coisa que imagino não ser.
Pode-se ser labirinto ou ser dédalo: procurar o centro ou procurar a saída...
Não estou em nenhuma. Por isso, aqui estou.
Damien,
ResponderEliminar(não) és nada e por isso apego-me à ideia de te definir, de te referenciar com um nome, uma idade e uma profissão na mente que julgo possuir... leio-te e perplexo-me com a tua complexidade que, afinal, aparenta nada ser...
que estranho que tu és...
Nem mais: estranheza, esta, de sermos...
ResponderEliminarjcn e damien as duas faces da mesma moeda.
ResponderEliminarPosso... escolher? JCN
ResponderEliminarÉ.
ResponderEliminarE não é.
Não é o que é.
Não é o que não é.
É todas as quatro anteriores.
É nenhuma delas.
etc.
Entretanto, caro Baal (maiusculei de propósito, só para "chatear"), se você tivesse direito a efígie - que parece não ter ou não querer ter -, seria só, supõe-se, no rebordo da moeda. (Bolas!)
Até porque, pelo que você diz, sou uma das faces, e há quem seja a outra.
Aliás, como se viu, houve quem, muito lampeiro, dissesse logo: "Primeiros!"(sic)... para ganhar lugar: na face que fica virada para cima, presume-se... (risos)
cócó e xixi
ResponderEliminarrasputine toma cuidado com o corto maltese...
ResponderEliminardamiem, estou na esplanada 'a jogar á moeda' quem perde paga as 'minis'. cumprimentos
A moeda não tem cima nem baixo; só tem verso e reverso. De qualquer modo, nunca gostei de ficar por baixo. Faço os possíveis! JCN
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