Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
FARISAÍSMO
Para não ter de louvar uma obra de arte qualquer, o fariseu... na intenção de não tomar posição, desvia dela o olhar para nem sequer a ver: não se vá... comprometer!
Que mauzinho me saíu! JCN ... O barrete é de campino, é? Ou é mesmo frígio...
Temos poética farisaica? Há por aí bi-barretes? (risos)
Agora a sério, Doutor:
Louve quem louvar a obra Arte só é se qualquer Não fariseu que use o eu Possa enfim ter posição De procurar a melhor Em rima e dedicação Desculpe a hesitação.
Ainda há e haverá Quem brinque com sedução!
(Serpentes que voam... baixinho!... JCN!)
Abraço, JCN! Não quero ferir nem magoar a sua "malignidade".
Atirem pedrinhas, em chuva! Que faz tanta falta neste deserto!
Um sorriso para si que tanto me fez rir de novo, ao ler os comentários de... ontem?
Permita-me, "saudadesdofuturo", que, conquistado pelo seu "riso puro, aberto e transparente", transcreva para si esta "jóia de alto preço":
Minha mulher a tudo achava graça: como criança de alma ainda pura, em todo o sítio ou em qualquer altura, de tudo ria, menos da desgraça.
Eram faladas suas gargalhadas que, atravessando portas e janelas, faziam ressonância nas estrelas e eram pelos anjos escutadas!
Se em vez de ser católico romano eu presumisse de pagão profano, sabeis o que diria a esse respeito?
Que o dom de rir assim, de peito feito e alma sã, sem ânimo de ofensa, era dos deuses... uma recompensa!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Pedras, não! Já desisti de construir a minha casa "à beira-mar / para o resto da vida lá passar". Já me resignei a um pequeno apartamento citadino. Que fazer das pedras entretanto arremessadas... pelo Damião (de Góis)?... Os meus respeitos, que lhe são devidos. JCN
Uma pérola sua, saudadesdofuturo, vale bem um chuveiro de pedras... maldosamente arremessadas... contra indiferentes e inatingíveis moinhos de vento, que não param de girar. Uma pérola... por mil pedradas! JCN
Ainda da conversa sobre os 'Santos', e deste soneto que aqui nos apresenta.
Pedia-lhe encarecidademente que, se possível, desse continuidade a este prenúncio de possível poema Camoneano. Digo, nunca o experimentei nem à sua lei.
Digo-o imperfeito, tal qual a distância que por vezes aproxima a alma de quem escreve. A noção da cor no resultado prático da luz, a visão das imagens que renascem da tela como imperfeitas obras de criação, tão verdadeiras e sublimes que até fariseus se afastam delas.
Gostei deste seu poema João, abraço.
Imperfetto
Gasto em frente a uma parede despida Deteve-se Homem visto em passagem encantado pela forma da miragem Que a olhar se destacava fenecida.
Que barretada!... JCN
ResponderEliminarComo tem passado, JCN?
ResponderEliminarQue mauzinho me saíu! JCN ...
O barrete é de campino, é?
Ou é mesmo frígio...
Temos poética farisaica?
Há por aí bi-barretes?
(risos)
Agora a sério, Doutor:
Louve quem louvar a obra
Arte só é se qualquer
Não fariseu que use o eu
Possa enfim ter posição
De procurar a melhor
Em rima e dedicação
Desculpe a hesitação.
Ainda há e haverá
Quem brinque com sedução!
(Serpentes que voam... baixinho!... JCN!)
Abraço, JCN!
Não quero ferir nem magoar a sua "malignidade".
Atirem pedrinhas, em chuva!
Que faz tanta falta neste deserto!
Um sorriso para si que tanto me fez rir de novo, ao ler os comentários de... ontem?
Riso puro, aberto e transparente, JCN!
ResponderEliminarEm Saudade.
Permita-me, "saudadesdofuturo", que, conquistado pelo seu "riso puro, aberto e transparente", transcreva para si esta "jóia de alto preço":
ResponderEliminarMinha mulher a tudo achava graça:
como criança de alma ainda pura,
em todo o sítio ou em qualquer altura,
de tudo ria, menos da desgraça.
Eram faladas suas gargalhadas
que, atravessando portas e janelas,
faziam ressonância nas estrelas
e eram pelos anjos escutadas!
Se em vez de ser católico romano
eu presumisse de pagão profano,
sabeis o que diria a esse respeito?
Que o dom de rir assim, de peito feito
e alma sã,
sem ânimo de ofensa,
era dos deuses... uma recompensa!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Pedras, não! Já desisti de construir a minha casa "à beira-mar / para o resto da vida lá passar". Já me resignei a um pequeno apartamento citadino. Que fazer das pedras entretanto arremessadas... pelo Damião (de Góis)?... Os meus respeitos, que lhe são devidos. JCN
Uma pérola sua, saudadesdofuturo, vale bem um chuveiro de pedras... maldosamente arremessadas... contra indiferentes e inatingíveis moinhos de vento, que não param de girar. Uma pérola... por mil pedradas! JCN
ResponderEliminarNão me esqueci, João.
ResponderEliminarAinda da conversa sobre os 'Santos', e deste soneto que aqui nos apresenta.
Pedia-lhe encarecidademente que, se possível, desse continuidade a este prenúncio de possível poema Camoneano. Digo, nunca o experimentei nem à sua lei.
Digo-o imperfeito, tal qual a distância que por vezes aproxima a alma de quem escreve. A noção da cor no resultado prático da luz, a visão das imagens que renascem da tela como imperfeitas obras de criação, tão verdadeiras e sublimes que até fariseus se afastam delas.
Gostei deste seu poema João, abraço.
Imperfetto
Gasto em frente a uma parede despida
Deteve-se Homem visto em passagem
encantado pela forma da miragem
Que a olhar se destacava fenecida.
(...)