PÓ DE ESTRELA
(Ao jeito de Teixeira de Pascoaes)
Fruto de milenária evolução
e de matéria orgânica formado,
na origem do meu ser atormentado
fui luz de virtual constelação.
Vim das galáxias, sabe-se lá quando:
talvez já fosse pedra, lama ou flor
que em espiral se foram transformando
por obra do Supremo Criador!
Bicho da terra, como diz Camões,
matéria vil de vísceras e ossos,
sujeita a toda a casta de emoções,
ufano-me de ser, em todo o caso,
entre montões de cósmicos destroços,
o pó de alguma estrela... em seu ocaso!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Não posso deixar de o felicitar. Este soneto está mesmo bem conseguido! Foi... feliz.
ResponderEliminar:( também queria saber versejar, mas não o sabendo fico contente, que ao menos por mim haja gente, que ponha em verso minha alma a brilhar
ResponderEliminarobrigada!!!! (e perdoa a quadra desajeitada)