Mais vale ser de Góis e ser mui raro
Ou ter nascido debaixo dum chaparro
Muito p’ra baixo do rio Mondego?
Ser mais capacitado que um morcego
Que vê à noite melhor que de dia
Ou ser do tempo da telefonia
Sem fios e sem pingo de vergonha?
Só vale a pena o que um cidadão sonha
Se em soneto tiver sintonia
O verso livre não lustra ninguém
Nem que viva mais qu’o Matusalém
E de Góis, nem urso, nem Damião
Só quem com as Musas faz bom serão
A dar versos por dia mais de cem
Cada um... ao seu jeito, evidentemente! Quem sai ganhando... é Góis, o burgo onde, na área do plácido Momdego, se fala melhor a língua portuguesa. É de aplaudir e de continuar, pois praticando se chega à perfeição, que estou longe de alcançar por muito que me autorize de Camões. Bom trabalho! JCN
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