domingo, 18 de outubro de 2009

Aurora

A aurora boceja
o primeiro despertar
silente.

As ondas quebram na areia
imaculada,
as raízes forçam a terra
húmida,
a sombra move-se sobre
os desertos.

A aurora boceja
o primeiro despertar
silente.

13 comentários:

  1. Há quem nem chegue com o entendimento ao crepúsculo, quanto mais à aurora.
    Talvez por isso seja sempre segundo. Em tudo. A contar do fim.

    "E foi a tarde e a manhã!" (Gen. 1, 5).
    Empluma-se a alba de mais um dia da serpente.


    P.S.
    Por vezes, basta simples permuta de verbos para que o que roça o "descritivo" alcance rasgo de hiper-realidade surreal...
    Abraço, Nuno.

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  2. Discordo: o Três é o número da perfeição revelada e imanifestada.

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  3. Quem não tem coragem de pegar o touro pelos cornos, pega-o de cernelha ou faz de rabujador. JCNN

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  4. O três... pode ser muita e variada coisa!... E mais não adianto... por pudor de linguagem. JCN

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  5. O sujeitinho não me larga as canelas. Arre! Eu bem me furto às suas investidas... mas ele é persistente. Chamòpolícia! JCN

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  6. Quem se "sentiu" não fui eu, não será?
    Vamos acordar aqui uma coisa, pelos séculos, Sr. Conde de Benevides e Canelas: estamos, como se não estivéssemos.
    Valeu?

    Assim, tornamo-nos "toleráveis".
    Para nós, e para quem aqui esteja.

    (Se bem haja sempre quem tenha canelas tão sensíveis que até um simples bafo de onça lhe pareça um abocanhar. Pelinhas demasiado sensíveis, é o que é.)

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  7. aurora como amanhacer do ser que se quer longe do poder...apenas fruir...fluir...contemplar e a.mar...

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  8. A aurora boceja
    o primeiro despertar
    silente

    lindo!

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  9. Ninguém diz o contrário! Apenas pretendi saber... como seria o segundo, a contar do princípio ou do final, indiferentemente. Quem disse isto?... JCN

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  10. Conde de Benevides e Canelas?!... "Sobe, sobe, balão sobe!":

    "Quem um dia pintar o meu brasão,
    à moda antiga, em pergaminho velho,
    que ponha bem ao centro um galeão
    com uma cruz pintada de vermelho!"

    JCN

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