§19. Alegria (1). A alegria de viver nasce no interior mais íntimo da 'alma', nessa zona limite onde habita uma substância sem nome. A alegria de viver nada tem a ver com o cálculo do entendimento ou com a análise de custo-benefício da experiência mundana.
Aquele que transporta a alegria de viver vê-se muitas vezes a si próprio como que, involuntariamente, acometido por ela. A essência da alegria de viver é o transbordar. Transmite-se aos músculos, transforma-se num riso expansivo, num afago, numa voz de tom mais solto e vibrante.
A alegria de viver não causa a admiração que, por exemplo, as proezas físicas ou intelectuais suscitam. O tipo de sentimento causado junto de quem a testemunha está mais próximo da solenidade do respeito. Quem é alegre vive numa zona vizinha daquele que é bondoso até à fronteira da santidade. Ambos habitam no reino do dom e da graça.
Viriato Soromenho-Marques, Pontos de Vista
Que belo texto, Paulo.
ResponderEliminarTambém ele faz eco em mim!
Essa imensa alegria que é não uma proeza para admirar, mas um dom que transborda de tudo.
Sou eu grata e agraciada de uma alegria que transborda quando leio o texto...
Que bela leitura para se começar o dia.
Um abraço, Paulo.
A alegria reconhece-se e amplia-se sempre que se encontra. Que assim permaneças!
ResponderEliminarPassei a vida a ler... um texto a transbodar de alegria paredes meias com a santidade! Graças a Deus! JCN
ResponderEliminarQue a Alegria seja e permaneça em todos os seres!
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