terça-feira, 27 de outubro de 2009

Agora

Centenas de ardilosas civilizações,
infindáveis hábitos e doenças kármicas,
montanhas de pergaminhos sagrados e preciosos ensinamentos...
Nós, radicalmente, deixamo-los todos para trás –
milhares de hipnotismos e técnicas várias
e podre apego a monstruosas organizações religiosas...
Apesar de éons de desenvolvimentos de sabedoria símia extremamente sagaz,
tal paradigma não pode afinal alcançar este momento único,
vacuidade-sentar.

Quando, inesperadamente, estamos fora de todos os circuitos rígidos
da nossa intrincada floresta de sistemas arranha-céus
na prisão das nossas cabeças encaixotadas,
imediatamente, este agora de luz-vida-amor último,
inevitavelmente, insubstituivelmente, aqui está; a própria resposta-realidade actuante,para tudo.]
Agora.

- Hôgen Yamahata, “Uma gota de orvalho no deserto” [excerto].

2 comentários:

  1. Mas que bela lufada de ar fresco!

    E que ar tão frescamente lufado!

    Bem, já agora: que "lufa" tão arejadamente fresca!

    (Espera, que me entrou para o deserto da vista uma gota de orvalho. Agora!)

    Saúdo-te, Paulo. E a mim também (risos)... nessa vacuidade-zazentada.

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