Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
Eis uma excelentíssima resposta dum ser que pensa de todo o modo e em qualquer circunstância (a favor ou contra todos os ventos e marés, e de forma "bastante purificadora") a um ser que, ao que se afigura, pensa melhor a "regar as malvas".
Não sei se haverá cabines de voto com mangueira. Por isso, deixo aqui um conselho: tratará o votante de levá-la em si ou consigo. Caso contrário, tal como a burra, assim fará o retorno do voto: "mija para trás"!
Agradeço a definição a baal, mas tenho por hábito "aliviar-me" antes de sair.
Obrigado, Joana, pela superior resposta, de quem é mais prevenida e menos atreita a "aflições" e "apertos" de última hora: à boca das urnas ou à face do(s) vento(s).
é uma frase do tempo em que havia imaginação (1975), de um partido que já não existe (prp-br, partido revolucionário do proletariado-brigadas revolucionárias), mas caro damien pode optar por outra frase do mesmo partido: 'se o voto á a arma do povo não votes, senão ficas desarmado'
como disse deleuze 'a filosofia é um devir revolucionário'
De facto, é com algum "pudor" que me meto na já "enjoativa" conversa do "mija para onde calha" e "como pode". Sendo da equipa do "mijo purificador":) Tenho uma frase que configura uma adivinha, acerca dos belgas que faz perigar ainda mais o acto do voto em si (risos. Dizem os holandeses para gozar com os belgas: "Sabem porque é que os belgas têm os joelhos amarelos?... Pois é...é por "mijarem contra o vento..." Se calhar... são dos que votam muito... hum! não sei.
Então... o resultado aqui pode muito bem ser o de o eleitor, para além de poder ser enganado nas suas justas expectativas de melhoria de vida, entre outras... ainda agrava a situação (se o caso se repete com frequência) de vir a ficar com os joelhos de chinês (que não é amarelo como se sabe...)
É mesmo só uma brincadeira... não deixem de votar, ou não deixem de votar "bem", pois parece que não há vento, dizem! que eu....
Por isso, é que nos imaginaram assim como estamos. E trataram de cumprir a coisa, direitinha.
O PC imaginou-nos todos comunistas e muito salazarentamente carneirinhos, mas a realidade encarregou-se de imaginar o PC de outra maneira.
Os outros "partidinhos", esses, imaginaram-se muito sebasticamente salvadores da pátria e houve gente muito pouco sebastiânica (dizem os tais!) que acreditou que tudo os salvaria menos D. Sebastião: acho que calçaram as peúgas do avesso.
É nisso que estamos: do avesso!
Concordo, baal, em que o voto é um suborno com que nos compram os sonhos, sem nos venderem senão pesadelos e patavinas, e é sobretudo um logro, como tão bem defendem anarquistas e alguns outros malucos muito provavelmente bem lúcidos.
A questão é: alternativa a isso, há? Com estas regras de jogo? Não creio! Há, pois, que baralhar e dar de novo!
Bem, há sempre aquela boa maneira à Far West: Alcatrão e peninhas nestes senhores todos!
a culpa é da filosofia damiem, passo a tentar demonstrar, a filosofia (ontologia) quando perguntou pelo ser só criou hierarquias (estado, deus, patrões), partindo dos molares, dos universais, da univocidade do ser para nos convencer da transcendência. está na hora do rizoma, do plano de imanência, da criação que transforme a potência de ser em potência de ser feliz, sem deus, nem patrões.
mictórica e ao que parece alentejana : Noite fria de Inverno, A vai da Vidigueira a Vila-de-Frades namorar. O vento está de Vila-de-Frades para a Vidigueira. A tem vontade de mijar, vira-se de costas para Vila-de-Frades, para mijar a favor do vento, vai mijando e andando, pára de mijar e continua andando, até que dá por si a chegar de novo à Vidigueira.
Verdade ou mentira foi assim que a ouvi contar, e dela, estória, me recordo sempre que vou de visita a S. Cucufate. De Vila-de-Frades um pouco para lá
baal, aquilo que você escreveu acima pode ser escrito ao contrário, às avessas ou às arrecuas, que nada muda em nada de nada, quanto me parece.
É mera substituição de escolástica, contra-escolástica ou anti-escolástica, ortodoxia ou heterodoxia ou paradoxia: anda-se à volta do sempre mesmo no sempre outro.
Dizer que "está na hora do rizoma, do plano de imanência, da criação que transforme a potência de ser em potência de ser feliz, sem deus, nem patrões", perdoar-me-á, mas soa um tanto a "palavras de ordem".
Eu tenho a nada humilde teimosa de humilhar-me em ser teimoso e, por isso, não vou lá muito em ordens, sobretudo as das palavras. Quando elas tentam afogar-me , eu vou-me a elas e... "suicido-as".
Quanto ao mais:
Rizoma? Pois sim: se as raízes estiverem, como nas árvores de Rilke, tanto na terra quanto no céu.
Plano de imanência? Serve para...? Tem de ser "plano"? Não poderá ser uma fresta? Parece-me que algo de algures emana de nenhures, para estarmos aqui a trocar códigos de barra semânticos. Isto é mais plano ou mais rombo?
Quanto a criação. O ante-big-bang está a dar-se a todo o instante, em nós e em toda a parte da não-localidade do cosmos e dos universos e multiversos.
Que isso transforme "potência de ser" (isto é mais "Aristóteles" ou mais "Nietzsche"?) em "potência de ser feliz", parece-me relativamente indiferente. Potência é ja "potência de algo", como "consciência" é sempre "consciência de alguma coisa". Mas num e noutro caso, é apenas um saco vazio: o que se põe lá dentro? Ou o que de lá sai?
Ser feliz, o que é? Boa pergunta. Sem resposta. Felizmente.
Quanto a Deleuze: gosto muito de vê-lo, arrumadinho, na minha estante.
as palavras são enunciados, a consciência (eu-subjectivo) está arrumadinha na máquina abstracta, não somos consciência, somos agenciamentos, não da máquina de turing, mas da máquina abstracta que é ante-lógica. às avessas muda o poder de ser e de existir, que só é este graças à filosofia 'institucional. sobre ser feliz 'espinoza irá determinar dois pólos, alegria- tristeza, que são para ele as paixões fundamentais: a tristeza será toda a paixão, não importa qual, que envolva uma diminuição da minha potência de agir, e a alegria será toda a paixão envolvendo um aumento da minha potência de agir'
quanto à sua estante damien eu ficava de pé atrás com o deleuze, ele é bem capaz de a revolucionar, colocá- la às avessas.
depende, se for uma rapariga, o efeito ate pode ser bastnte purificador.
ResponderEliminarEis uma excelentíssima resposta dum ser que pensa de todo o modo e em qualquer circunstância (a favor ou contra todos os ventos e marés, e de forma "bastante purificadora") a um ser que, ao que se afigura, pensa melhor a "regar as malvas".
ResponderEliminarNão sei se haverá cabines de voto com mangueira. Por isso, deixo aqui um conselho: tratará o votante de levá-la em si ou consigo. Caso contrário, tal como a burra, assim fará o retorno do voto: "mija para trás"!
Agradeço a definição a baal, mas tenho por hábito "aliviar-me" antes de sair.
Obrigado, Joana, pela superior resposta, de quem é mais prevenida e menos atreita a "aflições" e "apertos" de última hora: à boca das urnas ou à face do(s) vento(s).
Só mija contra o vento... quem quer! JCN
ResponderEliminaré uma frase do tempo em que havia imaginação (1975), de um partido que já não existe (prp-br, partido revolucionário do proletariado-brigadas revolucionárias), mas caro damien pode optar por outra frase do mesmo partido:
ResponderEliminar'se o voto á a arma do povo não votes, senão ficas desarmado'
como disse deleuze 'a filosofia é um devir revolucionário'
eu diria jcn, que cada um mija como pode e a mais não é obrigado.
ResponderEliminarPor isso é que, para não dar o meu voto a ninguém, mijo... para o ar! JCN
ResponderEliminareu tenho de urinar agachada. Como o voto.
ResponderEliminarDe facto, é com algum "pudor" que me meto na já "enjoativa" conversa do "mija para onde calha" e "como pode".
ResponderEliminarSendo da equipa do "mijo purificador":) Tenho uma frase que configura uma adivinha, acerca dos belgas que faz perigar ainda mais o acto do voto em si (risos. Dizem os holandeses para gozar com os belgas: "Sabem porque é que os belgas têm os joelhos amarelos?... Pois é...é por "mijarem contra o vento..." Se calhar... são dos que votam muito... hum! não sei.
Então... o resultado aqui pode muito bem ser o de o eleitor, para além de poder ser enganado nas suas justas expectativas de melhoria de vida, entre outras... ainda agrava a situação (se o caso se repete com frequência) de vir a ficar com os joelhos de chinês (que não é amarelo como se sabe...)
É mesmo só uma brincadeira... não deixem de votar, ou não deixem de votar "bem", pois parece que não há vento, dizem! que eu....
Um riso e um sorriso
Sim, baal, em 75 havia muita "imaginação".
ResponderEliminarPor isso, é que nos imaginaram assim como estamos. E trataram de cumprir a coisa, direitinha.
O PC imaginou-nos todos comunistas e muito salazarentamente carneirinhos, mas a realidade encarregou-se de imaginar o PC de outra maneira.
Os outros "partidinhos", esses, imaginaram-se muito sebasticamente salvadores da pátria e houve gente muito pouco sebastiânica (dizem os tais!) que acreditou que tudo os salvaria menos D. Sebastião: acho que calçaram as peúgas do avesso.
É nisso que estamos: do avesso!
Concordo, baal, em que o voto é um suborno com que nos compram os sonhos, sem nos venderem senão pesadelos e patavinas, e é sobretudo um logro, como tão bem defendem anarquistas e alguns outros malucos muito provavelmente bem lúcidos.
A questão é: alternativa a isso, há? Com estas regras de jogo? Não creio!
Há, pois, que baralhar e dar de novo!
Bem, há sempre aquela boa maneira à Far West: Alcatrão e peninhas nestes senhores todos!
Confesso que a frase me diverte muito, eu que alterno entre praticá-la e não... Conforme os ventos ou a sua ausência.
ResponderEliminara culpa é da filosofia damiem, passo a tentar demonstrar, a filosofia (ontologia) quando perguntou pelo ser só criou hierarquias (estado, deus, patrões), partindo dos molares, dos universais, da univocidade do ser para nos convencer da transcendência. está na hora do rizoma, do plano de imanência, da criação que transforme a potência de ser em potência de ser feliz, sem deus, nem patrões.
ResponderEliminarImanentes conversas... de mijo! JCN
ResponderEliminarmictórica e ao que parece alentejana
ResponderEliminar:
Noite fria de Inverno, A vai da Vidigueira a Vila-de-Frades namorar.
O vento está de Vila-de-Frades para a Vidigueira.
A tem vontade de mijar, vira-se de costas para Vila-de-Frades, para mijar a favor do vento, vai mijando e andando, pára de mijar e continua andando, até que dá por si a chegar de novo à Vidigueira.
Verdade ou mentira foi assim que a ouvi contar, e dela, estória, me recordo sempre que vou de visita a S. Cucufate. De Vila-de-Frades um pouco para lá
Podem crer
baal, aquilo que você escreveu acima pode ser escrito ao contrário, às avessas ou às arrecuas, que nada muda em nada de nada, quanto me parece.
ResponderEliminarÉ mera substituição de escolástica, contra-escolástica ou anti-escolástica, ortodoxia ou heterodoxia ou paradoxia:
anda-se à volta do sempre mesmo no sempre outro.
Dizer que "está na hora do rizoma, do plano de imanência, da criação que transforme a potência de ser em potência de ser feliz, sem deus, nem patrões", perdoar-me-á, mas soa um tanto a "palavras de ordem".
Eu tenho a nada humilde teimosa de humilhar-me em ser teimoso e, por isso, não vou lá muito em ordens, sobretudo as das palavras.
Quando elas tentam afogar-me , eu vou-me a elas e... "suicido-as".
Quanto ao mais:
Rizoma? Pois sim: se as raízes estiverem, como nas árvores de Rilke, tanto na terra quanto no céu.
Plano de imanência?
Serve para...? Tem de ser "plano"? Não poderá ser uma fresta?
Parece-me que algo de algures emana de nenhures, para estarmos aqui a trocar códigos de barra semânticos. Isto é mais plano ou mais rombo?
Quanto a criação.
O ante-big-bang está a dar-se a todo o instante, em nós e em toda a parte da não-localidade do cosmos e dos universos e multiversos.
Que isso transforme "potência de ser" (isto é mais "Aristóteles" ou mais "Nietzsche"?) em "potência de ser feliz", parece-me relativamente indiferente. Potência é ja "potência de algo", como "consciência" é sempre "consciência de alguma coisa".
Mas num e noutro caso, é apenas um saco vazio: o que se põe lá dentro? Ou o que de lá sai?
Ser feliz, o que é? Boa pergunta. Sem resposta. Felizmente.
Quanto a Deleuze: gosto muito de vê-lo, arrumadinho, na minha estante.
COUSAS DE VOTAR E MIJAR
ResponderEliminarHá quem mije contra o vento
e quem mije a favor dele:
quem não quer molhar a pele
mijar evite ao relento.
Mije em casa, que é melhor,
sem dar gostos a ninguém:
não precisa de se expor
a ser o gozo de alguém.
Se, porém, tem de mijar
fora de casa, ao ar livre,
mije lá... como calhar.
Pelo que a mim diz respeito,
oxalá que céu me livre
de não fazê-lo... ao meu jeito!
Autor... desconhecido, supostamente F. P. (folha volante).
JCN
Eu, por mim, alteraria o último verso, dando-lhe a seguinte redacção:
ResponderEliminarde não mijar... ao meu jeito!
Atrevimento meu! JCN
as palavras são enunciados, a consciência (eu-subjectivo) está arrumadinha na máquina abstracta, não somos consciência, somos agenciamentos, não da máquina de turing, mas da máquina abstracta que é ante-lógica. às avessas muda o poder de ser e de existir, que só é este graças à filosofia 'institucional.
ResponderEliminarsobre ser feliz 'espinoza irá determinar dois pólos, alegria- tristeza, que são para ele as paixões fundamentais: a tristeza será toda a paixão, não importa qual, que envolva uma diminuição da minha potência de agir, e a alegria será toda a paixão envolvendo um aumento da minha potência de agir'
quanto à sua estante damien eu ficava de pé atrás com o deleuze, ele é bem capaz de a revolucionar, colocá- la às avessas.
Já não será mijo... a mais?!... JCN
ResponderEliminarJoão Castro Nunes
ResponderEliminarresposta a desafio. Eu escreveria:
oxalá que céu me livre
de mijar barriga, peito...
de diurese basta
Alinhando no desafio, proponho para o último tercet:
ResponderEliminarPelo que a mim diz respeito,
oxlá que o céu me livre
de não mijar... a direito!
JCN
Ou, ainda:
ResponderEliminarde não mijar... a preceito!
À escolha. JCN