Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
O patriotismo é a extrema-unção das pátrias. A "Nova Águia" é o abutre d' "A Águia"
Uma das coisas que aprendi com essa triste experiencia e que a minha "patria" e o exilio. Isto se se alguma vez fez sentido falar em "patrias"... Se nao for o caso, todo o veneno que foi expelido nao foi menos que umm antidoto libertador contra todos os jogos mentais que tentam contrariar a ideia de "cidadania planetaria".
E um excelente exercico em que vemos nos outros o veneno que habita em nos ... Para o crescimento pessoal, consegue ser melhor que oleo de figado de bacalhau ...
Vistas em si mesmas, as palavras parecem sempre ter (ou pretenderem ter) em si mesmas a sua própria legitimação: auto-falácia, na verdade, de julgarmos que o dizer muda ou transforma alguma coisa.
As palavras são sobretudo puro e mero instinto de defesa, de demarcação de terreno: de domínio ou de caça. Raramente são o contrário disto, se disto existe contrário.
O falar e o dizer apenas podem e, creio, conseguem apelar ou convocar, nomear ou denunciar o nosso limite e o imilitado dele. O agir e o fazer são, intrinsecamente, fracturantes "rapturas" que nos arrancam, sim, ao sofá de nós mesmos.
O que mais nos decepa é, na verdade, o que nos mais repõe a inteireza e a integridade que nada ou nenhum tudo nada pode devolver-nos. Daí, esta nossa insolúvel paradoxia!
Outras formas de pertença libertante da radicação pátria ou apátrida nos cabe des-en-cobrir. Essa "cidadania planetária" pode ser o campo de semeadura propícia a uma mais conseguida trans-dialéctica que logre o triangular de toda a estagnada quadratura, com vista à "circulatura" de todo o insoluto triangular.
(Concordo, sem dúvida, em que é no exílio que mais sentimos a "presença" da pátria, e bem assim o inverso: um pouco por isso, eu aqui ontem escrevi que, no limite, o que mais somos sempre, "na" pátria ou "no" exílio dela, é "apátridas de nós mesmos".)
Talvez, se me permite, eu o colocasse de outro modo, caro livro-que-morreu-mas-está-vivo:
A realidade nutre-se -(ir)realmente? - da i-realidade, mas alimenta-se e, nisso, consome-se nos despojos do que não foi: cadáveres prematuros de si mesma...
Enquanto houver tantas pátrias quantas as nações, ainda temos a possibilidade de mudar de nacionalidade ao nosso jeito; se alguma vez cairmos na "cidadania planetária", no tal V Império universal, deixará de haver para onde "fugir" à tirania do poder... único. Deus nos livre! JCN
Isso também é verdade. Não vejo o V Império como um Império mundial, mas como um estado de consciência, trans-pátrio em todas as pátrias. Na verdade não há tanto que aboli-las, mas antes superá-las por dentro, o que não é incompatível com a sua persistência no mundo espácio-temporal e relativo das nossas percepções limitadas.
Em perfeita e absoluta consonância: desejáve, só que presentemente... impraticável. Será que um dia teremos um espiritual V Império formado por nações regidas por HUMANISTAS?!... Quem dera! Eu alinhava. JCN
Uma das coisas que aprendi com essa triste experiencia e que a minha "patria" e o exilio. Isto se se alguma vez fez sentido falar em "patrias"... Se nao for o caso, todo o veneno que foi expelido nao foi menos que umm antidoto libertador contra todos os jogos mentais que tentam contrariar a ideia de "cidadania planetaria".
ResponderEliminarE um excelente exercico em que vemos nos outros o veneno que habita em nos ... Para o crescimento pessoal, consegue ser melhor que oleo de figado de bacalhau ...
O melhor é proclamar em nós e no mundo o V Império, sem império, e abolir todas as pátrias. Deixar espaço para que se manifeste o Real.
ResponderEliminarVistas em si mesmas, as palavras parecem sempre ter (ou pretenderem ter) em si mesmas a sua própria legitimação: auto-falácia, na verdade, de julgarmos que o dizer muda ou transforma alguma coisa.
ResponderEliminarAs palavras são sobretudo puro e mero instinto de defesa, de demarcação de terreno: de domínio ou de caça. Raramente são o contrário disto, se disto existe contrário.
O falar e o dizer apenas podem e, creio, conseguem apelar ou convocar, nomear ou denunciar o nosso limite e o imilitado dele. O agir e o fazer são, intrinsecamente, fracturantes "rapturas" que nos arrancam, sim, ao sofá de nós mesmos.
O que mais nos decepa é, na verdade, o que nos mais repõe a inteireza e a integridade que nada ou nenhum tudo nada pode devolver-nos. Daí, esta nossa insolúvel paradoxia!
Outras formas de pertença libertante da radicação pátria ou apátrida nos cabe des-en-cobrir. Essa "cidadania planetária" pode ser o campo de semeadura propícia a uma mais conseguida trans-dialéctica que logre o triangular de toda a estagnada quadratura, com vista à "circulatura" de todo o insoluto triangular.
(Concordo, sem dúvida, em que é no exílio que mais sentimos a "presença" da pátria, e bem assim o inverso: um pouco por isso, eu aqui ontem escrevi que, no limite, o que mais somos sempre, "na" pátria ou "no" exílio dela, é "apátridas de nós mesmos".)
A realidade alimenta-se de realidade.
ResponderEliminarTalvez, se me permite, eu o colocasse de outro modo, caro livro-que-morreu-mas-está-vivo:
ResponderEliminarA realidade nutre-se -(ir)realmente? - da i-realidade, mas alimenta-se e, nisso, consome-se nos despojos do que não foi: cadáveres prematuros de si mesma...
(Grato, pela reflexão refractante.)
Senhor Rasputine: com ou sem extra-unção, em que categoria semântica encaixa o patriottismo linguístico de... Fernando Pessoa?!... JCN
ResponderEliminarEnquanto houver tantas pátrias quantas as nações, ainda temos a possibilidade de mudar de nacionalidade ao nosso jeito; se alguma vez cairmos na "cidadania planetária", no tal V Império universal, deixará de haver para onde "fugir" à tirania do poder... único. Deus nos livre! JCN
ResponderEliminarIsso também é verdade. Não vejo o V Império como um Império mundial, mas como um estado de consciência, trans-pátrio em todas as pátrias. Na verdade não há tanto que aboli-las, mas antes superá-las por dentro, o que não é incompatível com a sua persistência no mundo espácio-temporal e relativo das nossas percepções limitadas.
ResponderEliminarEm perfeita e absoluta consonância: desejáve, só que presentemente... impraticável. Será que um dia teremos um espiritual V Império formado por nações regidas por HUMANISTAS?!... Quem dera! Eu alinhava. JCN
ResponderEliminarCorrijo a gralha "extra-unção" por "extrema-unção". Desatenção, evidentemente. JCN
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