Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
"O Oriente e o Ocidente são círculos de giz, que se desenham sob os nossos olhos para troçar da nossa timidez"
A "nossa timidez", talvez seja essa mesmo: a de não olhar de frente o Sol ou o ponto inexistente entre círculos, em que Oriente e Ocidente deixem de fazer sentido, por serem o reflexo ilusório do olhar dividido: o tímido olhar de quem separa o mundo, para o compreender e, quiça, para, uma vez mais, ilusoriamente cuidar possui-lo.
Se o olhar for directo, um olhar de "meio-dia", então, já não fará sentido traçarmos círculos imaginários de Oriente e Ocidente, sob a realidade, para que ela seja a Realidade.
Só por "timidez" o homem não vê que o olhar é cego!
Talvez esta correlação (e, quiçá, encurralação") entre Oriente e Ocidente seja uma espécie de Vesica Piscis da civilização humana.
Como toda a representação desta figura primeira da Geometria Sagrada, ela pode tanto ser vista com os círculos geminados na vertical, como na horizontal.
No primeiro caso, evidenciará porventura o que entre ocidente e oriente mais se ancora respectivamente nos vários níveis do ser humano, da natureza e do universo, nos seus diversificados "escalonamentos".
O segundo, representação horizontal da mesma figura geométrica, ilustra o desdobrar da unidade primordial na complementaridade indissociável, em tudo presente.
Para ser inteiro, integral, equilibrado, o nosso olhar deve contemplar ambas essas mundivivências e "resolvê-las" numa síntese que, não apenas superiormente, mas circular e omnipresentemente, as transfigure naquilo a que poderia chamar-se "holovivência" mutacional.
Isso será talvez inaugural, (re)fundador duma outra sagração geométrica (re)estrurante da realidade.
A Vesica Piscis, semente do organon através do qual apreendemos o espaço e todo o objecto que nele se nos apresenta, dará (quem sabe) lugar a um outro paradigma de consciência que libertando, enfim, tempo e espaço da sua mútua correlação, encurralação e dependência limitadora, os restitua à sua primordial potencialidade (na sua então transcendida consistência) de colunas da construção do mundo no espírito do Super-homem ou do Além-homem, de que falou Nietzsche.
A "nossa timidez", talvez seja essa mesmo: a de não olhar de frente o Sol ou o ponto inexistente entre círculos, em que Oriente e Ocidente deixem de fazer sentido, por serem o reflexo ilusório do olhar dividido: o tímido olhar de quem separa o mundo, para o compreender e, quiça, para, uma vez mais, ilusoriamente cuidar possui-lo.
ResponderEliminarSe o olhar for directo, um olhar de "meio-dia", então, já não fará sentido traçarmos círculos imaginários de Oriente e Ocidente, sob a realidade, para que ela seja a Realidade.
Só por "timidez" o homem não vê que o olhar é cego!
Um abraço.
Talvez esta correlação (e, quiçá, encurralação") entre Oriente e Ocidente seja uma espécie de Vesica Piscis da civilização humana.
ResponderEliminarComo toda a representação desta figura primeira da Geometria Sagrada, ela pode tanto ser vista com os círculos geminados na vertical, como na horizontal.
No primeiro caso, evidenciará porventura o que entre ocidente e oriente mais se ancora respectivamente nos vários níveis do ser humano, da natureza e do universo, nos seus diversificados "escalonamentos".
O segundo, representação horizontal da mesma figura geométrica, ilustra o desdobrar da unidade primordial na complementaridade indissociável, em tudo presente.
Para ser inteiro, integral, equilibrado, o nosso olhar deve contemplar ambas essas mundivivências e "resolvê-las" numa síntese que, não apenas superiormente, mas circular e omnipresentemente, as transfigure naquilo a que poderia chamar-se "holovivência" mutacional.
Isso será talvez inaugural, (re)fundador duma outra sagração geométrica (re)estrurante da realidade.
A Vesica Piscis, semente do organon através do qual apreendemos o espaço e todo o objecto que nele se nos apresenta, dará (quem sabe) lugar a um outro paradigma de consciência que libertando, enfim, tempo e espaço da sua mútua correlação, encurralação e dependência limitadora, os restitua à sua primordial potencialidade (na sua então transcendida consistência) de colunas da construção do mundo no espírito do Super-homem ou do Além-homem, de que falou Nietzsche.