(Para todos os Serpentinos, uma flor de...Saudades e o agradecimento por "não existirem"... como eu...)
Sem bússola naveguei no Verão dos olhos
Olhei o sol de frente e fiz-me sem sombra,
nítida como a flor do Além-Tejo, sem recorte
apesar de recortada, como se aparas de um lápis colorido,
a flor desenhasse a flor amarela do sol e a semente da Aurora.
A borboleta que pende no aprisionar solto
da face e dos cabelos, é ainda a luz que nos promete
a Realidade de um mar maior que o branco dos olhos
Imenso! Como a natureza e a religião sem janelas
vista na inocência de um primeiro olhar, olhar sem sombra...
Como um sol poente em África, engolido pelo mar
Esse gigante azul surpreendido de ver morrer em seu azul
o fogo solar, agradece essa cor, essa carícia funda
esse afundar em esphera: desenho do rosto frio da terra
que, de girar, mostra a outra face em que devolve,
mais puros ainda, os raios de outono, sobre o céu da vide...
para quando o mosto em que se tornou o verão,
retornar-se em ébrios raios, em novas cores do Mesmo
a tingir os lírios e as plantas do chá; a pensar as janelas
onde debruçar-se para o mais que vasto campo verde dos Jardins...
Desculpem o post ocupar mais espaço do que pensei... as fotos deviam ser mais pequeninas...mas, como toda as "crianças" às vezes gostamos de exagerar!
ResponderEliminarFica para um próximo, quando se puder "emendar a mão"... "virar a folha"(?)
Bjos a todos.
MIUDA
ResponderEliminaras fotos são bonitas
e grandes - próprias de quem comprou a máquina há instantes.
O poema ocupa o espaço de tudo quanto é belo. Nem cabe num retrato.
Muito menos quando se colhe de um malmequer aberto
a imagem de se aparar um lápis.
mais do que os retratos
vale o poema a máquina
invejo