sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O cavalheiro dourado



As batalhas sangrentas ninguém aguenta
se a guerra for feita de puro espírito só
Somos o eterno bicho que sempre lamenta
feito de carne doloroso purulento e pó

E a guerra do espírito é incrível e cruel
muito mais do que a briga da palavra vazia
E mesmo quem venceu em tudo que queria
cai no campo castigado por não ser fiel

E quem degola é o cavaleiro dourado
nem sei quem é nem sei quem vai ser
e ele anula tudo que não é amado

e luta para o mundo – o mundo a haver:
Por não ser fiel ao espírito inesperado
o corpo do homem acaba desarmado.

Madragoa, 3 de Setembro 2009

para Isabel … e os outros…

6 comentários:

  1. Que o espírito em nós não morra nunca ao longo desta vida!

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  2. Tão belo o "teu" Cavaleiro doirado!
    Tão de carne e de espírito num só...

    Belo!

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  3. Dirk, na Terra, devido à crueldade de que o espírito é capaz, se espera esse inesperado cavaleiro dourado! Que ele dimanasse da sua solene ausência a capacidade de, até aos infièis , amarmos em vez de os combatermos. Porque é com a luz no espírito que se espera o mundo por haver. Agradeço, Dirk, esse exemplo que és: amar o espiritual puro até noutra língua que te é estrangeira e inesperada. E, como brilhas com ela para pensar sob a forma do poema (!), que como costuma dizer a Isabel, vem a caminho, como o teu cavaleiro de espada dourada. Grata por te ler e ao que vem da Madragoa. Abraço.

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  4. eu era um cavaleiro e tinha uma amada...
    o meu nome baader e o dela ulrike.
    e existimos

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  5. Baader-Meinhof, os anarquistas bombistas suicidários!

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  6. suicidários?assassinados na prisão.
    o capitalismo não perdoa os justos.
    honra aos que tombaram na luta,
    vingança contra o fascistas.
    armas para o povo na luta contra a opressão.

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