Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
Ocorrem-me aqui os diversos sentidos de padrão e de marco: o primeiro, de descoberta, e do assinalar dela; o segundo, miliário, de limite ou de limites, e demarcador deles.
Ocorre-me também esta passagem:
"Não removas os marcos antigos, que teus pais fizeram" (Provérbios, 22, 28)
Talvez esta última acepção melhor conglomere todos os sentidos daquilo de que aqui falamos.
Mas a que mais nos fala, e melhor no-lo diz, e diz o que importa, é esta:
"Este padrão sinala ao vento e aos céus Que, da obra ousada, é minha a parte feita: O por-fazer é só de Deus"
Puxa, amigo Damien, você sabe muitas coisas boas e escreve muito bem. Perdoe-me o elogio.
Amigo João, quanta honra me dá em ter um soneto seu em postagem minha e, logo com referências ao poeta que é Padrão de Portugal.
Já agora, desvendo o verdadeiro sentido da frase que me assaltou a mente e que não resisti em partilhar. A citação é de António Telmo que nos contou, quando da sua estadia em Brasília com Agostinho da Silva que ele o terá mandado para Granada, Espanha, para simplesmente nada fazer. "Vai e sê como um padrão que pensa", disse-lhe o Mestre.
Ocorrem-me aqui os diversos sentidos de padrão e de marco: o primeiro, de descoberta, e do assinalar dela; o segundo, miliário, de limite ou de limites, e demarcador deles.
ResponderEliminarOcorre-me também esta passagem:
"Não removas os marcos antigos, que teus pais fizeram" (Provérbios, 22, 28)
Talvez esta última acepção melhor conglomere todos os sentidos daquilo de que aqui falamos.
Mas a que mais nos fala, e melhor no-lo diz, e diz o que importa, é esta:
"Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só de Deus"
(Fernando Pessoa, in Mensagem, "Padrão")
O... PADRÃO!
ResponderEliminarEm termos de expressão material
no que respeita à nossa identidade
entre as demais nações da humanidade,
quer antes ou quer na época actual,
ponho-me às vezes por curiosidade
a imaginar, a título informal,
como seria ao certo Portugal
sem o cantor da nacionalidade.
Sem Luís de Camões a terra lusa
seria uma nação de alma difusa
por não dispor de autênticos... padrões.
Eu nem quero pensar como seria
o "ninho seu paterno" se Camões
não possuísse o dom da Poesia!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Puxa, amigo Damien, você sabe muitas coisas boas e escreve muito bem. Perdoe-me o elogio.
ResponderEliminarAmigo João, quanta honra me dá em ter um soneto seu em postagem minha e, logo com referências ao poeta que é Padrão de Portugal.
Já agora, desvendo o verdadeiro sentido da frase que me assaltou a mente e que não resisti em partilhar. A citação é de António Telmo que nos contou, quando da sua estadia em Brasília com Agostinho da Silva que ele o terá mandado para Granada, Espanha, para simplesmente nada fazer. "Vai e sê como um padrão que pensa", disse-lhe o Mestre.
Muito grato, caro Luis Santos, pelo precioso detalhe, quanto à origem da frase, tão imperativa quão enigmática: Vamos, então... "nada fazer"!
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