quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Aos Serpentinos Passados, aos Serpentinos Presentes, aos Serpentinos Futuros




NAS NÚVENS Júpiter teve o seu inumano nascimento.
Mãe nenhuma o amamentou, nenhuma doce terra deu
Movimentos magnânimos à sua mente mítica
Movimentou-se entre nós, como um rei rabujento,
Magnífico, se movimentaria entre as suas corsas,
Até que o nosso sangue, misturando-se, virginal,
Com o céu, trouxe tal satisfação ao desejo
Que as próprias corças o discerniam, numa estrela.



O nosso sangue falhará? Ou virá a ser
O sangue do paraíso? E será que a terra
Aparenta tudo o que do paraíso conheceremos?
O céu será então muito mais afável do que agora,
Uma parte de trabalho e uma parte de dor,
E em glória a seguir ao amor constante,
Não este azul divisório e indiferente.



WALLANCE STEVENS
Ficção Suprema
*fotos de Sereia*


Juntei alguns nomes (sem ordem nenhuma que lhe valha de mais ou menos), correndo o risco de não me lembrar de todos os que mais gosto... Aqui deixo abraços a:
Anita Silva, João Moita, Ana Margarida Esteves, Adama, Tamborim, Rita, Joana, Liliana Jasmim, Ana Moreira, Platero, Luiza Dunas, Saudades, Isabel Santiago, Paulo Feitais, Paulo Borges, Soantes, Vergílio Torres, Anaedra, Rui Miguel Felix,João Read Beato, Fragmentus, Vicente Ferreira da Silva e muitos outros que me ensinaram a ler e me mostraram sempre mais do que eu viria um dia a ver por mim mesma :)
A TODOS, OBRIGADA*

8 comentários:

  1. Grata, doce e conciliadora Sereia de coração terno. Para os Serpentinos Eternos vão as minhas palavras também e o meu sentir. Para todos, todos, sem excepção, vai o meu pensamento. Júpiter nasce de inumano aparecer, "como um rei rabujento" é o seu movimento e o seu soar, nele as corças são estrelas (que belo!)onde o nosso sangue pulsa: o nosso "sangue do paraíso"!

    Deixa-me sem respiração o tudo que este texto me diz, mais o sentir que o entrega! Belo post que agradeço e não mereço!

    Um salpico! e um sorriso como um beijinho...

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  2. serei a?

    autora do lindo poema com que nos distingue e cumprimenta a pioneira companheira da Serpente?
    a dos pés sugestivamente meditando na areia?

    Sereia - um beijo
    transparente

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  3. Saudades,
    fi-lo porque o poema me pediu para se juntar à saudade que tenho de ler estas pessoas na Serpente. Sou Saudosista até à última escama :) que bom que é!
    É bonito ler as corsas como estrelas, não é? Também gostei.

    Platero,
    não fui eu que escrevi o poema (Com muita pena minha!), o seu autor está devidamente identificado no post. Um dia, voltarei para deixar um poema escrito por mim, as estrelas, o sangue e as núvens, as corsas e Neptuno a abençoar os meus pés a meditar na areia :)

    Beijinhos aos dois amigos Serpentinos*

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  4. As palavras ecoam-me no coração! Mas muito mais as fotos! Esse olhar que já se abandonou à magia da escrita com luz está cada vez mais denso, cada vez mais profundo... E revejo-me nele (acho que já to tinha dito há uns carnavais atrás). Apenas te desejo que a fotografia te traga o que me tem trazido a mim, a fotografia mais do que qualquer outra coisa. :)

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  5. Um abraço

    Sou simples, diz o abraço.
    Sou profundo, diz o seu gesto.
    Poderoso, diz a intenção…
    E lembra bem na verdade a paz, amizade… e o amor desta união!

    Maria Coutinho

    Ou seja... um grande, enorme abraço para ti! E, já agora, eu é que te agradeço, amiga, *Ariel :)

    Beijos

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  6. Sereia,

    Enganei-me na gaveta e coloquei um comentário que era para ti no post da Joana Serrado, no seguimento do abraço que envias aos vivos aos mortos e aos "espíritos".

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  7. Paulo,
    obrigada pelas palavras. A fotografia vai-me trazendo tudo, em ondas, como o Mar*

    Rui,
    Obrigada pelas palavras de Maria que me deixaste. Que bonitas que são* [não podia esquecer o VT dos primórdios mergulhos de Ariel :)]

    Adama,
    Obrigada pela música e pela letra.
    Quanto ao abraço... já valeu a pena, só por ter regressado este bocadinho*

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  8. Querida Sereia,

    Hoje, muito cansada, devaneava por aqui e vi este post. Muito obrigada, foi uma ternura e uma lmebrança inesquecível. Gostei muito dos meus tempos serpentinos, voltarei mais vezes para visitar:)

    Beijinhos e abraço grande,

    Tamborim

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