segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Guerreiro

Avança, fronte desnuda na imensidão
peito aberto ao vento
passo asa firme e lesto

Atrás um rasto de bandeiras incendiadas
pátrias reduzidas a escombros
nomes e palavras calcinados

Pisando os mundos
como um restolho de Outono
ergue-se acima de si

e das entranhas de tudo
fundo indómito canto
à boca lhe sobe

Ébrio da mais pura alegria
proclama o Invencível:
jamais haver combatido

31.08.2009

12 comentários:

  1. Quem se consome em guerras, em nome disto e daquilo, não se consuma Guerreiro do sem nome, não se encontra no Pleno, esgota-se na planura da concretude calcinada.
    :)

    ResponderEliminar
  2. Quem avança ao vento combate. Que vivam os guerreiros da paz!

    ResponderEliminar
  3. Poema tocante. Retribuo a parabenização, como dizem os brasileiros.

    ResponderEliminar
  4. Paulo,

    Tivessemos todos esse "fundo indómito cant" e acima de nós mesmos nos soubessemos erguer como bandeiras dos guerreiros invencíveis: os que jamais combateram "ébrio(s) da mais pura alegria".

    Gostei, meu amigo "guerreiro" me parece, desse "sem nome", como diz o Paulo a quem envio também um sorriso.

    ResponderEliminar
  5. Saudades, saudações ébrias da mais pura alegria!

    ResponderEliminar
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  7. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  8. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  9. Como a resposta é evasiva, vou-me informar... e volto já! JCN

    ResponderEliminar