Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Dissolver o Estado para que cada um saiba à nascença, geneticamente, o seu papel individual/comunitário. Viva o Comunitarismo!
Li no Público que querem fazer uma campanha contra as marquises... Como se a felicidade dependesse de fachadas com ou sem marquises... Por que não sair à rua e fazer uma campanha pelo amor?
Uma campanha com flores, guitarras, violinos, poemas, canções, ... Uma campanha que contagiasse a rua de felicidade... Onde os adultos seriam conduzidos por crianças, crianças essas que mostravam aos adultos o amor imparcial, quer por um humano, quer por um animal...
Julgo que não precisamos de campanhas contra marquises nem de campanhas eleitorais... Qual a sua finalidade? Continuar a fazer girar uma roda que só nos causa sofrimento e mais sofrimento com o apelo à escravidão do consumo desenfreado? Consome mais, dizem eles, para que haja mais aumento de pib e como tal, haja mais investimento público que permitirá consumir ainda mais... O consumo que tem como fim o próprio consumo... O trabalho que tem como fim o consumo e a saciação temporária da "sede" dos sentidos... O que gerará mais trabalho, mais exploração das riquezas que a Terra dispõe para consumo... Quando as pessoas na rua gritam: "Viva Sócrates! Viva Ferreira Leite! Viva Portas! Viva Louçã!" inconscientemente pensam "Viva o consumo!, Viva a opressão pelo consumo!, Viva a escravidão pela matéria!", inconscientemente pois ignoram o que os santos desde tempos imemoriais anunciam: que a felicidade é amar incondicionalmente todos os seres sencientes.
amigo parasensorial, julgo que o problema não está no hiper-consumismo que a "serpente" todos os dias nos bombardeia via televisão-tanque de lavagem cerebral, mas sim no apego que a nossa mente nutre pelos objectos de consumo. Não é a Coca-Cola a fonte do mal mas sim a nossa mente. Creio que o budismo vê a coisa desta maneira, com a qual me identifico. Como tal, como primeira etapa da revolução (porque é disso que estamos a falar) há que limpar a mente da ignorância, fonte de todo o apego que nos aprisiona. E, segundo os santos, isso faz-se através da meditação e da oração, de forma a que a acção seja limpa de impurezas.
Acredito que este passo (disciplina da meditação) é fundamental, basilar para a revolução que se adivinha. Julgo mesmo que é a única forma de compreender Buda, Cristo, Krishna, Agostinho da Silva e todos os avatara que desceram ao nosso mundo. Como podes saber o que é a Luz se não meditas? Como podes compreender a vacuidade se não te despes das máscaras que te escondem? Como podes percepcionar todas múltiplas formas de Krishna se não cortas o pescoço a teu ego? Como podes amar verdadeiramente se o amor que sentes é dirigido unicamente à tua companheira ou aos teus filhos?
Concordo em pleno com a questão da meditação. Penso que não poderemos "compreendê-los" sem meditarmos. Mas... o que é meditar? Estar sentado de olhos fechados? Caminhar? Não pensar?, e simplesmente ser? Não sei...
Todavia, como transmitir ao mundo esta mensagem se a "serpente" está por todo o lado? Buda, após ter atingido a iluminação viu-se perante este problema... Como mostrar o caminho à humanidade? Como abrir os olhos das pessoas de forma a que estas vejam a verdade? Julgo que o mais importante é imbuir os nossos actos com amor, de forma que ele contagie todos osque se encontram à nossa volta. O resto surgirá naturalmente, segundo a ordem cósmica.
Eu não posso dizer o que é meditar... Descobre o que é isso, medita todos os dias, experimenta a meditação e logo verás. A minha pequeniníssima experiência diz-me que é mais do que estar de olhos fechados, e todavia até pode ser menos... Porque estar de olhos fechados implica um corpo separado dos outros corpos e ser menos que isso é... Experimenta, a sério. Com ela consegui deixar de fumar. Acredito que, se continuar a via, conseguirei muito mais sem, todavia, me sentir pesado ou anafado com isso.
"Do que precisa o adulto não é de que lhe talhem felicidade ou paz dando-lhe coisas de que ele talvez nem necessite; só precisa de poder escolher o seu destino; o que hoje plenamente lhe impede, excepto para almas de eleição, a obediência económica a outros homens que por aí mesmo se corrompem e corrompem; pobre involuntário e rico involuntário se equivalem; e quando regimes puramente laicos, cépticos e de propaganda dos produtos em lugar da propaganda dos consumidores conseguem dar aos homens uma riqueza que não escolheram ou lhes não deixam caminho livre para a pobreza se assim o quiserem, o que resulta de tudo é a evasão pelo jogo, a bebida, o suicídio. E aquilo a que se chama mocidade transviada não é mais que o grupo de crianças que, mais sensível, se defende já do intolerável mundo de geladeiras para todos que os adultos, esses sim, plenamente transviados, lhe estão preparando, quer se reclamem de livre iniciativa ou de economia dirigida."
Há um livro que revolucionou a minha vida e que aconselho a todos os interessados. Chama-se "A Alegria de Viver" e foi escrito por Yongey Mingyur Rinpoche da editora Temas e Debates. Lembras-te daquela cena do filme Matrix, quando o Neo escolhe o comprimido para ver a realidade? Para mim, esse livro é o comprimido:)
Mingyur Rinpoche ensina nesse livro a meditação, a qual vai de encontro às palavras de Agostinho da Silva: quem quer escolher o seu destino e deixar de ser um involuntário neste sistema economicista, quem quer optar por ser pobre e viver uma vida de renúncia aos bens materiais dispensáveis, quem quer ser um garoto transviado e dar um pontapé à geladeira, esse precisa de se exercitar na meditação e oração. Acredito na anarquia, mas para mim ma mente anárquica é uma mente disciplinada (e não disciplinadora).
VIVA!
ResponderEliminarViva o amor!
ResponderEliminarLi no Público que querem fazer uma campanha contra as marquises... Como se a felicidade dependesse de fachadas com ou sem marquises...
ResponderEliminarPor que não sair à rua e fazer uma campanha pelo amor?
Vem aí outro texto do Fernando. Está a escrevê-lo neste momento. Uma incógnita.
ResponderEliminarViva o amor, sim, que tudo resolve!!!!!!!
ResponderEliminarUma campanha com flores, guitarras, violinos, poemas, canções, ... Uma campanha que contagiasse a rua de felicidade... Onde os adultos seriam conduzidos por crianças, crianças essas que mostravam aos adultos o amor imparcial, quer por um humano, quer por um animal...
ResponderEliminarSeria lindo! Atingiríamos o fim da história.
ResponderEliminarJulgo que não precisamos de campanhas contra marquises nem de campanhas eleitorais... Qual a sua finalidade? Continuar a fazer girar uma roda que só nos causa sofrimento e mais sofrimento com o apelo à escravidão do consumo desenfreado? Consome mais, dizem eles, para que haja mais aumento de pib e como tal, haja mais investimento público que permitirá consumir ainda mais... O consumo que tem como fim o próprio consumo... O trabalho que tem como fim o consumo e a saciação temporária da "sede" dos sentidos... O que gerará mais trabalho, mais exploração das riquezas que a Terra dispõe para consumo...
ResponderEliminarQuando as pessoas na rua gritam: "Viva Sócrates! Viva Ferreira Leite! Viva Portas! Viva Louçã!" inconscientemente pensam "Viva o consumo!, Viva a opressão pelo consumo!, Viva a escravidão pela matéria!", inconscientemente pois ignoram o que os santos desde tempos imemoriais anunciam: que a felicidade é amar incondicionalmente todos os seres sencientes.
Sou contra o hiper-consumismo, ao contrário da maioria dos economistas. Sou a favor de um abrandamento da economia. Outro modo de vida.
ResponderEliminarManda vir Kunzang!!!!!!!!
ResponderEliminaramigo parasensorial,
ResponderEliminarjulgo que o problema não está no hiper-consumismo que a "serpente" todos os dias nos bombardeia via televisão-tanque de lavagem cerebral, mas sim no apego que a nossa mente nutre pelos objectos de consumo. Não é a Coca-Cola a fonte do mal mas sim a nossa mente. Creio que o budismo vê a coisa desta maneira, com a qual me identifico. Como tal, como primeira etapa da revolução (porque é disso que estamos a falar) há que limpar a mente da ignorância, fonte de todo o apego que nos aprisiona. E, segundo os santos, isso faz-se através da meditação e da oração, de forma a que a acção seja limpa de impurezas.
Já Cristo dizia que mau não é o que entra mas o que sai da boca dos homens.
ResponderEliminarAcredito que este passo (disciplina da meditação) é fundamental, basilar para a revolução que se adivinha. Julgo mesmo que é a única forma de compreender Buda, Cristo, Krishna, Agostinho da Silva e todos os avatara que desceram ao nosso mundo. Como podes saber o que é a Luz se não meditas? Como podes compreender a vacuidade se não te despes das máscaras que te escondem? Como podes percepcionar todas múltiplas formas de Krishna se não cortas o pescoço a teu ego? Como podes amar verdadeiramente se o amor que sentes é dirigido unicamente à tua companheira ou aos teus filhos?
ResponderEliminarConcordo em pleno com a questão da meditação. Penso que não poderemos "compreendê-los" sem meditarmos. Mas... o que é meditar? Estar sentado de olhos fechados? Caminhar? Não pensar?, e simplesmente ser? Não sei...
ResponderEliminarAcima de tudo, que amemos!!!!, pois o amor é a solução.
ResponderEliminarTodavia, como transmitir ao mundo esta mensagem se a "serpente" está por todo o lado? Buda, após ter atingido a iluminação viu-se perante este problema... Como mostrar o caminho à humanidade? Como abrir os olhos das pessoas de forma a que estas vejam a verdade? Julgo que o mais importante é imbuir os nossos actos com amor, de forma que ele contagie todos osque se encontram à nossa volta.
ResponderEliminarO resto surgirá naturalmente, segundo a ordem cósmica.
Não tenho resposta a essa questão. Mas a internet é um meio, as ruas outro. Penso que a Serpente, não a "serpente", está a chegar às ruas.
ResponderEliminarEu não posso dizer o que é meditar... Descobre o que é isso, medita todos os dias, experimenta a meditação e logo verás. A minha pequeniníssima experiência diz-me que é mais do que estar de olhos fechados, e todavia até pode ser menos... Porque estar de olhos fechados implica um corpo separado dos outros corpos e ser menos que isso é... Experimenta, a sério. Com ela consegui deixar de fumar. Acredito que, se continuar a via, conseguirei muito mais sem, todavia, me sentir pesado ou anafado com isso.
ResponderEliminarPesado ou anafado lol também tenho tentado, mas mais com o corpo, relaxando os tendões, as ligações...
ResponderEliminarAgostinho da Silva escreveu:
ResponderEliminar"Do que precisa o adulto não é de que lhe talhem felicidade ou paz dando-lhe coisas de que ele talvez nem necessite; só precisa de poder escolher o seu destino; o que hoje plenamente lhe impede, excepto para almas de eleição, a obediência económica a outros homens que por aí mesmo se corrompem e corrompem; pobre involuntário e rico involuntário se equivalem; e quando regimes puramente laicos, cépticos e de propaganda dos produtos em lugar da propaganda dos consumidores conseguem dar aos homens uma riqueza que não escolheram ou lhes não deixam caminho livre para a pobreza se assim o quiserem, o que resulta de tudo é a evasão pelo jogo, a bebida, o suicídio. E aquilo a que se chama mocidade transviada não é mais que o grupo de crianças que, mais sensível, se defende já do intolerável mundo de geladeiras para todos que os adultos, esses sim, plenamente transviados, lhe estão preparando, quer se reclamem de livre iniciativa ou de economia dirigida."
Há um livro que revolucionou a minha vida e que aconselho a todos os interessados. Chama-se "A Alegria de Viver" e foi escrito por Yongey Mingyur Rinpoche da editora Temas e Debates.
ResponderEliminarLembras-te daquela cena do filme Matrix, quando o Neo escolhe o comprimido para ver a realidade? Para mim, esse livro é o comprimido:)
Mingyur Rinpoche ensina nesse livro a meditação, a qual vai de encontro às palavras de Agostinho da Silva: quem quer escolher o seu destino e deixar de ser um involuntário neste sistema economicista, quem quer optar por ser pobre e viver uma vida de renúncia aos bens materiais dispensáveis, quem quer ser um garoto transviado e dar um pontapé à geladeira, esse precisa de se exercitar na meditação e oração. Acredito na anarquia, mas para mim ma mente anárquica é uma mente disciplinada (e não disciplinadora).
ResponderEliminarVOLTAR AO PARAÍSO
ResponderEliminarTalvez um dia o homem descontente
com a visão da Terra poluida
a troque por um sítio diferente
onde recomeçar a sua vida.
Mais próximo de Deus seguramente
e sob a sua paternal guarida,
em Marte, onde é propício o ambiente,
terá nova existência garantida.
Sem precisar de leis, em anarquia,
em liberdade física e mental,
outro será seu meio social:
nada de "excelentíssimo senhor"
nem presidente seja do que for
ainda que tão-só...de freguesia!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Acredito que não é preciso ir a Marte para se viver o paraíso na Terra...
ResponderEliminarAssim como não é preciso ir a nenhum lado pois o paraíso és tu:)
Fiquem bem:)
Com a Graça de Deus! JCN
ResponderEliminarÉ bom chegar ao fim do dia e ler-vos: assim sejamos! A-Deus!
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