Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
Calma. A frase refere-se à falta de sentido da vida para quem vive para si: para o seu trabalho, a sua casa, o seu carro, as suas contas, as suas coisas. A falta de sentido da vida para quem "vive materialmente" sem comunhão com os outros, sem diálogo, sem afectos. Isso é a morte em vida. Penso que o "reconhecermo-nos desde sempre além" é reconhecermos que morreremos física e espiritualmente, mas que neste momento podemos transcender isso, num momento fugaz - nesse momento não somos nem deixamos de ser eternos, apenas somos isso. É a única transcensão de vida e morte que de momento consigo reconhecer. O meu corpo estará aqui, certamente, mas a consciência estará (des)atenta a outras paisagens. Voltando ao post, refere-se exclusivamente ao sentido da vida e como viver bem.
Anónima: penso que o problema é precisamente esse, o esforço. Conheces algum amor que vá lá com esforço? O mesmo será o caso a meu entender para a transcensão. Ocorre naturalmente. Penso que poderás treiná-la, mas há no blogue pessoas indicadas que não eu para falar sobre isso.
Alguém me explica o que é o diálogo? Farto-me de dialogar e contudo raramente me ouvem, e acima de tudo, raramente oiço. É barulho apenas. A minha comunhão com os outros sempre foi livresca, platónica, secreta, de morto para morto, dentro de uma felicidade genuína de verdades partilhadas sem gente à volta a perturbar o silêncio. As minhas estantes são feitas de túmulos que gosto de visitar e pôr flores. Sinto um respeito profundo por aqueles que se confessam, não importa o quê. As pessoas interessam-me enquanto fazedores de música. Por isso, ando em caixotes de lixo como este. É assim o sentido da vida...
Dou-te razão, terráquea. Também tenho as paredes forradas de túmulos e também acho que o suposto diálogo é quase só ruído. Resta-me apenas esperar que este caixote de lixo seja pelo menos daqueles feitos de rede, com aberturas para o espaço livre. Mesmo que prefiramos passar o tempo aqui dentro, a remexer-nos e a atirarmos comentários (?) à cabeça uns dos outros.
Terráquea, bom sarcasmo :) Penso que tu própria defines "diálogo" no teu comentário: ouvir e ser ouvido. Ir para lá do barulho de que falas. Diria mesmo que é aquilo que não perturba o silêncio.
se para ti vives morto estás
ResponderEliminarSe estás morto, não vives para ti.
ResponderEliminarSe vives morres. Transcende vida e morte. Reconhece-te desde sempre além.
ResponderEliminarSe vivo morro. Se morro morro. Se não há como escapar para quê o inútil esforço?
ResponderEliminarReconheço-me além, onde? Aqui?
Calma. A frase refere-se à falta de sentido da vida para quem vive para si: para o seu trabalho, a sua casa, o seu carro, as suas contas, as suas coisas. A falta de sentido da vida para quem "vive materialmente" sem comunhão com os outros, sem diálogo, sem afectos. Isso é a morte em vida. Penso que o "reconhecermo-nos desde sempre além" é reconhecermos que morreremos física e espiritualmente, mas que neste momento podemos transcender isso, num momento fugaz - nesse momento não somos nem deixamos de ser eternos, apenas somos isso. É a única transcensão de vida e morte que de momento consigo reconhecer. O meu corpo estará aqui, certamente, mas a consciência estará (des)atenta a outras paisagens. Voltando ao post, refere-se exclusivamente ao sentido da vida e como viver bem.
ResponderEliminarAnónima: penso que o problema é precisamente esse, o esforço. Conheces algum amor que vá lá com esforço? O mesmo será o caso a meu entender para a transcensão. Ocorre naturalmente. Penso que poderás treiná-la, mas há no blogue pessoas indicadas que não eu para falar sobre isso.
ResponderEliminarSomos (quase) todos mortos-vivos.
ResponderEliminarAnónima, não há além senão aqui, agora, a cada instante! Isso é já a transcensão de toda a dualidade, sempre falsa, entre opostos.
ResponderEliminarAlguém me explica o que é o diálogo? Farto-me de dialogar e contudo raramente me ouvem, e acima de tudo, raramente oiço. É barulho apenas. A minha comunhão com os outros sempre foi livresca, platónica, secreta, de morto para morto, dentro de uma felicidade genuína de verdades partilhadas sem gente à volta a perturbar o silêncio. As minhas estantes são feitas de túmulos que gosto de visitar e pôr flores. Sinto um respeito profundo por aqueles que se confessam, não importa o quê.
ResponderEliminarAs pessoas interessam-me enquanto fazedores de música. Por isso, ando em caixotes de lixo como este. É assim o sentido da vida...
Dou-te razão, terráquea. Também tenho as paredes forradas de túmulos e também acho que o suposto diálogo é quase só ruído. Resta-me apenas esperar que este caixote de lixo seja pelo menos daqueles feitos de rede, com aberturas para o espaço livre. Mesmo que prefiramos passar o tempo aqui dentro, a remexer-nos e a atirarmos comentários (?) à cabeça uns dos outros.
ResponderEliminarSim. Pois. É. Já tinha reparado, desde o início,na ração, desculpa, razão que dás aos outros.
ResponderEliminarTerráquea, bom sarcasmo :) Penso que tu própria defines "diálogo" no teu comentário: ouvir e ser ouvido. Ir para lá do barulho de que falas. Diria mesmo que é aquilo que não perturba o silêncio.
ResponderEliminartalvez nem morto nem vivo
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