Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sábado, 25 de julho de 2009
Do Alentejo profundo: a religião da Terra ou a terra da irreligião?
Só quem não conhece o Alentejo profundo e intemporal pode dizer que ele é "a terra da irreligião"! Ainda o ocidente não tinha crença alguma e já, nos tempos primordiais da pré-história recente, o Alentejo prestava culto às águas e às pedras, como de resto ainda se mantém... culturalmente falando. Leiam o Torga!
tenho ascendência alentejana e sempre senti que são pessoas extremamente religiosas, mas de uma religiosidade não organizada, uma fé em deus que ultrapassa a igraja e que se funda na terra e na resistência à adversidade.a solidez em relação à vida é uma evidência para as gentes alentejanas.
Baal, concordo em absoluto. Creio que a religiosidade alentejana é fundada na Terra, com T maiúsculo, tal é a adoração à terra e aos seus frutos. Tudo o que o povo alentejano tem é a terra e os seus sonhos, o sonho de uma vida melhor. Considero o solo alentejano sagrado.
Considero-o sagrado ao contrário do solo por exemplo lisboeta. O Mircea Eliade fala sobre isso num livro que penso chamar-se "O sagrado e o profano", do espaço sagrado e do espaço profano.
Independentemente das suas telúricas raízes, incontornáveis, por que razão não há-de haver lugar, na alma do povo alentejano, para a vivência do cristianismo, que nada tem a ver com a natureza propriamente dita. Admitir o contrário, seria admitir que igualmente, nos dias de hoje, não haveria lugar para qualquer outra modalidade de crença ou prática religiosa. O cristianismo não tem lepra! JCN
Retomando o meu primeiro comentário, onomasticamente anónimo, eu diria, com Maurice Barrès, que o Alentejo é religiosamente um daqueles sítios "où souffle l' esprit". Sente-se à flor da pele! Leiam Torga, repito. JCN
Resta-me dizer que o padre que conheço faz um excelente trabalho na união dos idosos, leva-os em viagens, já os levou a Israel e por isso penso que tem um papel importante. Mas há quem não se renda e continue a adorar as pedras, a crer na eternidade do mundo, a sonhar com o mar: ora estas crenças são incompatíveis com o cristianismo.
Isto é poesia... ou prosa a retalho?!... E, ainda por cima, não sei se mais difusa se confusa! Para o meu gosto estruturalmente cartesiano, sem deixar de ser eminemtemente poético. Não me dou com as nebulosidades, razão por que me encanta o Alentejo com as suas azuladas transparências! Um céu permanentemente limpo, como na mauritana Mértola. Viva o Cláudio Torres!
aamo mértola, amo castro, amo ferreira, amo montes velhos, amo beja, amo aljustrel, amo as vilas e as aldeias, e as estradass e o campo e o céu e o campo sim o campo onde tanmtas veszes me perdi..... amo o alentejo a terra onde nasci.
No que deu a "conversa" alentejana!... "Porra, senhor abade!", como gostava de dizer o carismático Bispo do Porto, quando escandalizado. E com isto me vou, que já os pássaros se estão torguianamente recolhendo aos ninhos. JCN
amo a terra do baixo alentejo.-... deitar e rebolar-me nela, esgravatar, sujar-me, cansar-me e trabalhá-la (o que só fiz uma vez - luto do meu avô).... Deus o tenha, um grande m+istico e músico desconhecido e pessoa adorada por todos..... alfaite, músico, diria mesmo filóso, quase vegetariano, não há palavras....
mas nºao nos esqueçamos dos poetas populares e desconhecidos alentejanos que andam de terra em terra a vender a ssuas ediçºões de autor. infelizmente como dei os meus livros já não os tenho, senºao agora citava aqui.
resumiria a minha religião numa palavra, extremamente influenciada pelas palavra d Crsito e pelo que aprendi com professores mas também, e princpalmente a falar com pessoas de igrejas:
mesmo em tempo de alfição, quando precisamos de um Salmo, se nos concentrarmos na palavra "ama", no seu significado, e mais ainda nas suas implicações, na alegria que traz, em tudo
Hás-de-me dizer onde é essa tal tua "terra" para, "carregado que nem um burro", ir lá cumprimentar a sua hospitaleira gente, correndo embora o risco de ser linchado. E dizes tu que "amas" tudo o que é alentejano! "Porra, senhor bispo!", digo eu agora! E com esta me deito, que já os pássaros estão prestes a cantar. JCN
certo dia um patrão estrnageiro afirmiu que os trabsalhadores da terra eram maus e preguiçosos, que nºao valiam nada. um deles esperou-o à porta do restaurante a agrediu-o correndo o risco de ser despedido, mas para defender a sua honra e a da terra que ama. considero-o um acto her+oico, apesar de violento.
Fez o trabalhador muito bem! Pela minha terra... eu teria feito o mesmo, mesmo correndo o risco de ser preso... por desordeiro, como sucedeu a Camões, que foi malhar com os ossos nas paragens hindustânicas, de onde, para se vingar, trouxe os "Lusíadas". "Atirai pedras, medíocres!" JCN
Ó maltenz, há uma erva daninha no interior de ti que te devora a carne! Já notaste ou não? Nesse excesso que te minimiza... Nessa falta que te aumenta a pequenez... Nesse amor tão absolutamente ab-so-luto que te obriga mentirosamente a distribuir contactos pela estrada fora à espera de uma boleia desconhecida que te salve da fera. Porque te amas assim?:Q)
Só quem não conhece o Alentejo profundo e intemporal pode dizer que ele é "a terra da irreligião"! Ainda o ocidente não tinha crença alguma e já, nos tempos primordiais da pré-história recente, o Alentejo prestava culto às águas e às pedras, como de resto ainda se mantém... culturalmente falando. Leiam o Torga!
ResponderEliminarAnónimo, concordo em absoluto. Mas que lugar para o cristianismo no Alentejo profundo e intemporal?
ResponderEliminarDesde pequeno caminhei pelos campos com a minha avó a apanhar e a apreciar pedras :)
ResponderEliminarTens um local profundo e desértico acerca do qual se diz que a sua água cura muitas doenças, São João do Deserto.
ResponderEliminartenho ascendência alentejana e sempre senti que são pessoas extremamente religiosas, mas de uma religiosidade não organizada, uma fé em deus que ultrapassa a igraja e que se funda na terra e na resistência à adversidade.a solidez em relação à vida é uma evidência para as gentes alentejanas.
ResponderEliminarBaal, concordo em absoluto. Creio que a religiosidade alentejana é fundada na Terra, com T maiúsculo, tal é a adoração à terra e aos seus frutos. Tudo o que o povo alentejano tem é a terra e os seus sonhos, o sonho de uma vida melhor. Considero o solo alentejano sagrado.
ResponderEliminarConsidero-o sagrado ao contrário do solo por exemplo lisboeta. O Mircea Eliade fala sobre isso num livro que penso chamar-se "O sagrado e o profano", do espaço sagrado e do espaço profano.
ResponderEliminarIndependentemente das suas telúricas raízes, incontornáveis, por que razão não há-de haver lugar, na alma do povo alentejano, para a vivência do cristianismo, que nada tem a ver com a natureza propriamente dita. Admitir o contrário, seria admitir que igualmente, nos dias de hoje, não haveria lugar para qualquer outra modalidade de crença ou prática religiosa. O cristianismo não tem lepra! JCN
ResponderEliminarRetomando o meu primeiro comentário, onomasticamente anónimo, eu diria, com Maurice Barrès, que o Alentejo é religiosamente um daqueles sítios "où souffle l' esprit". Sente-se à flor da pele! Leiam Torga, repito. JCN
ResponderEliminarResta-me dizer que o padre que conheço faz um excelente trabalho na união dos idosos, leva-os em viagens, já os levou a Israel e por isso penso que tem um papel importante. Mas há quem não se renda e continue a adorar as pedras, a crer na eternidade do mundo, a sonhar com o mar: ora estas crenças são incompatíveis com o cristianismo.
ResponderEliminarOlhe que não, olhe que não! JCN
ResponderEliminarconcordo que é a religiião da Terra.
ResponderEliminarPub. ao que escrevi no meu blogue há pouco:
na praia do vento habita a serpente sem tempo.
ninguém mais habita ou passa aqui. só eu e a serpente conhecemos este nunca.
nesta praia de soli-dade, vem ao meu encontro sempre que me deito no areal fino.
vem de longe, dos rochedos à minha esquerda, dos seus nuncas, para que nos percamos nos nossos sempres.
sob o céu atlanticamente laivado a escuridão, morremos para a vida morta.
despertos para a morte viva ultrapassamos todas as fronteiras, bebemos o vinho da sagrada ilusão.
embriagados espantamos o tempo que espantado se interroga sobre o nosso ser devirante.
descobrindo a sua própria ignorância percebe-se criado e vassala a nossa inconsciência do sempre ter ou não ter havido - que interessa?
já libertos damos connosco nos rochedos e mergulhamos lentamente e sem susto na atlântica escuridão.
subitamente nada mais somos que imanência de luz raiada, tudo agarrando de mãos abertas na sua sensualidade.
who cares....................
ResponderEliminartexto muito bom mas que poderia ser resumido assim: eu quero o mundo. mas isso já os ddors disseram pa.
ResponderEliminarmuito obrigado a todos pelo comentário ao meu texto. a sério. contem sempre comigo, tá? ainda assim, um abraço.
ResponderEliminara propósito tenho uma pergunta: por que é que um dos parênteses depois de "o entendimento de tudo" é de cor diferente do outro (cor de laranja)?
ResponderEliminarestou a sentir-me tão bem... leve... relaxado... com vontade de comunicar... apetece-me fazer amor... há aí alguém que queira vir a minha casa?
ResponderEliminaramo-vos.
ResponderEliminarpena o amor não ser uma relação sim+etrica.
ResponderEliminaro novo post do meu blogue:
ResponderEliminarse fosses meu filho ou irmão e tivesse que dar-te um conselho para a vida, diria apenas uma única palavra: ama.
ama
ama
ama
eis a verdadeira religião
ama homem
ama mulher
ama
eelvado ao expoente da loucura como diz o outro, vitor espadinha?
Isto é poesia... ou prosa a retalho?!... E, ainda por cima, não sei se mais difusa se confusa! Para o meu gosto estruturalmente cartesiano, sem deixar de ser eminemtemente poético. Não me dou com as nebulosidades, razão por que me encanta o Alentejo com as suas azuladas transparências! Um céu permanentemente limpo, como na mauritana Mértola. Viva o Cláudio Torres!
ResponderEliminarsinto-me tao bem... gostava que todos se sentissem assim relaxados....
ResponderEliminarnao ha pascoes nem pessoa nem ninguém
há toodos
uma comunhão de amor
vamos
uma comunhao de amor
anónimo amo Mértola e as suas gentes.
ResponderEliminaraamo mértola, amo castro, amo ferreira, amo montes velhos, amo beja, amo aljustrel, amo as vilas e as aldeias, e as estradass e o campo e o céu e o campo sim o campo onde tanmtas veszes me perdi..... amo o alentejo a terra onde nasci.
ResponderEliminarmas nada como amar as pessoas.
ResponderEliminaras pessoas são o maoior bem a ser amado.
e os animais também sim
e digo-o egoisticamente porque amo o meu cão.
se houver céu espero que ele esteja lá comigo
quer dizer se eu não for para o inferno.
amo odemira e alvalade e sãao luis e cercal ......... amo todo o baixo alentejo.......
ResponderEliminarcomo penso que diria Paulo Borges, é um amor apegado e dualista...... mas não é todo o amor apegado ao amado....???????
ResponderEliminarNo que deu a "conversa" alentejana!... "Porra, senhor abade!", como gostava de dizer o carismático Bispo do Porto, quando escandalizado. E com isto me vou, que já os pássaros se estão torguianamente recolhendo aos ninhos. JCN
ResponderEliminaramo a terra do baixo alentejo.-... deitar e rebolar-me nela, esgravatar, sujar-me, cansar-me e trabalhá-la (o que só fiz uma vez - luto do meu avô).... Deus o tenha, um grande m+istico e músico desconhecido e pessoa adorada por todos..... alfaite, músico, diria mesmo filóso, quase vegetariano, não há palavras....
ResponderEliminarconfesso-me as minhas duas pátrias terrenas: baixo alentejo e sagres.
ResponderEliminarJCN: mais umas horitas e ouvimo-los cantar....
ResponderEliminarsabes o que se diz de um bebedo na "minha terra" (se os de facto da terra ouvissem dizer isto linchavam-me)
ResponderEliminarque est+a carregado que nem um burro
faz todo o sentido e ´+e um acena hist+orica
e oo nome para alccol, bebida alcoolcia,
ResponderEliminaralcaria.
curiosament ehá uma terra chamada
alcaria ruiva.
mas há uma com um nome mais lindo
são pedro das cabeças.
de caminho para odemira há um senhor que pegando no teu pulso sabe que doença tens. numa terra chamada boa esperança.
ResponderEliminarperdão, a terra chama-se Bemposta.
ResponderEliminarsabias que a heráldica de algumas terras tem o quarto crescente islãmico?
ResponderEliminarpois eu considero-me mais mouro que viriato.
ao contrário de lisboa, que tem corvos, esses bichos suicid+arios.......... pássaros....
ResponderEliminara planície é bela mas desoladora, por isso de vez em quando é bom dar uma saltada a odemira para passar pela floresta...
ResponderEliminarJCN: respeito muito o teu comentário ao texto que escrevi. obrigado e bem hajas. um boa noit epar ati.
ResponderEliminarvou ler o torga quando tiver tempo e dinheiro p comprar o livro.
mas nºao nos esqueçamos dos poetas populares e desconhecidos alentejanos que andam de terra em terra a vender a ssuas ediçºões de autor. infelizmente como dei os meus livros já não os tenho, senºao agora citava aqui.
ResponderEliminarquanto ao post, penso que se pode colocar outra quesstão:
ResponderEliminarÉ possível uma religião materialista? viarada para a matéria, pondo oesp+írito, o coraçºao na mat+eria? penmso que ´+e uma pergunta interessante
exalto o parasensorial ou alguém a postar sobr eisso um destes dias.
amor para todos. boa noite. bom acordar. bom dia. boa tarde. bom entardecer. boa noite. boa vida. vida boa. vi da boa :)
ResponderEliminaresqueci-me do bom adormecer. ser+a porque não chegamos a acordar? o Paulo Borges até se passa com estas intromissººoes egocêntricas e impulsivas.
ResponderEliminarmas confesso que nao são egocêntricas, ma sevidentemente impulsivas.
eestou a escrever com erros porque à pressa. sorry.
não é que tenha que ir a lado algum mas para n cortar o pensamento.
ResponderEliminarperguntaria baal
mas que pensamento?
a verdade é que eu amo esta merda. desculpem a linguagem, mas é assim.
ResponderEliminarardo nesta fogueira, mnas não ardemos todos numa?
ResponderEliminarresumiria a minha religião numa palavra, extremamente influenciada pelas palavra d Crsito e pelo que aprendi com professores mas também, e princpalmente a falar com pessoas de igrejas:
ResponderEliminarama.
penso que esta palavra substitui toda a Bíblia.
mesmo em tempo de alfição, quando precisamos de um Salmo, se nos concentrarmos na palavra "ama", no seu significado, e mais ainda nas suas implicações, na alegria que traz, em tudo
ResponderEliminarela funciona.
assim se ser religioso é amar, a religião é amor.
ResponderEliminaros beatles têm razão. tudo o que precisamos é de amor para resolver os problemas do mundo.
ResponderEliminarHás-de-me dizer onde é essa tal tua "terra" para, "carregado que nem um burro", ir lá cumprimentar a sua hospitaleira gente, correndo embora o risco de ser linchado. E dizes tu que "amas" tudo o que é alentejano! "Porra, senhor bispo!", digo eu agora!
ResponderEliminarE com esta me deito, que já os pássaros estão prestes a cantar. JCN
JCN: porque não sou um filho da terra. não fui l+á criado. é diferente. é assim em todo o lado. territorialismo.
ResponderEliminarum reparo: se l+a fores serás muito bem recebibo. mas não és da terra. recebo-te em minha casa.
ResponderEliminarde bom grado e com honra.
ResponderEliminareu mostro-te a terra e as terras e os campos e tu mostras-me o torga.
ResponderEliminardar e receber a candeia que queremos acender. (sem conotações)
ResponderEliminarJNC dou-te um exemplo:
ResponderEliminarcerto dia um patrão estrnageiro afirmiu que os trabsalhadores da terra eram maus e preguiçosos, que nºao valiam nada. um deles esperou-o à porta do restaurante a agrediu-o correndo o risco de ser despedido, mas para defender a sua honra e a da terra que ama. considero-o um acto her+oico, apesar de violento.
Fica combinado! E levo uma mão cheia de poemas... ao meu jeito. JCN
ResponderEliminarFez o trabalhador muito bem! Pela minha terra... eu teria feito o mesmo, mesmo correndo o risco de ser preso... por desordeiro, como sucedeu a Camões, que foi malhar com os ossos nas paragens hindustânicas, de onde, para se vingar, trouxe os "Lusíadas". "Atirai pedras, medíocres!"
ResponderEliminarJCN
fica com o meu mail: nunomaltez@hotmail.com
ResponderEliminarvou dormir
abraço.
Ó maltenz, há uma erva daninha no interior de ti que te devora a carne! Já notaste ou não? Nesse excesso que te minimiza... Nessa falta que te aumenta a pequenez... Nesse amor tão absolutamente ab-so-luto que te obriga mentirosamente a distribuir contactos pela estrada fora à espera de uma boleia desconhecida que te salve da fera. Porque te amas assim?:Q)
ResponderEliminarporque sou português :) mas é verdade meu caro, é verdade.
ResponderEliminarClarividência e sinceridade... acima de tudo! JCH
ResponderEliminarmaltez, caro é a tua avozinha, chavalo!
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