Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
domingo, 26 de julho de 2009
Se te pudesse dar um conselho para a vida diria apenas: ama
A perfeição "camoneana" não é uma questão de tempo, mas de talento. Se achas que não dás para o cavaquinho, fica-te pela pandeireta ou pelos ferrinhos! São mais o teu estilo. Sem ofensa, evidentemente.
Agora vejo que não és "defunto", mas "defunta". Como haveria de sabê-lo... sem fio condutor?!... Dada a circunstância, recomendo-te as castanholas. Sempre fazem mais ruído, se é isso o que tens em mira. Complexos!
“Reflectir infatigavelmente durante horas, com a mente concentrada em alguma frívola ilustração à margem da página de um livro ou na tipologia desse livro; entregar-me absorto à contemplação de uma curiosa sombra a cair oblíqua sobre o tapete, ou sobre o chão; perder uma noite inteira a observar a chama invariável de uma lâmpada, ou as brasas de uma lareira; devanear durante dias sobre o perfume de uma flor; repetir monotonamente alguma palavra banal (como “amo-te”), até que o som, devido à frequente repetição, impedisse a transmissão de qualquer ideia ao espírito; perder completamente a sensação de movimento ou de existência física, perseverando obstinadamente e por longo tempo num estado absoluto de imobilidade corporal; tais eram algumas das mais comuns e perniciosas extravagâncias induzidas por uma condição das faculdades mentais que, na verdade, não eram de todo sem paralelo, mas por certo ofereciam um desafio para algo como análise ou interpretação.”
Edgar Allan Poe, História escolhidas por um psicopata
Fantástico. Dissecar as emoções ao sol, extrair-lhes todo o sangue até à inutilidade, analisá-las até deixarem de ser, é extraordinário lá isso é verdade. Substitui-las pelo sarcasmo ou pela arte, oh, isso então é revelador de uma inteligência ímpar. Que bom para quem consegue tanta proeza. A minha vida por sabedoria. Boa troca! De qualquer forma, morre-se das duas, não é? E um bom sábio quer morrer sempre primeiro. Desvanecida!
palavras minhas, mas bem usadas. obrigado.
ResponderEliminarFoi o que eu fiz em toda a minha longa vida! JCN
ResponderEliminarNão te oiço, maltez. A tua voz é oca quando diz "ama". É um letreiro, sempre pintado de fresco, que nada rotula.
ResponderEliminarAmaste a cruzeta, foi JNC? E foi bom? Aposto que te divertiste à farta no Óstia Club! Raves bíblicas ao som do carrilhão... Cavaquinho malandro.
AMAR ATÉ MAIS NÃO
ResponderEliminar(Camoneando)
Amar, amar, amar até mais não,
amar fervendo, como tu dizias,
amar, amar todos os dias
até se nos parar o coração;
Amar ano após ano, a todo o instante,
sem hora para nada, além de amar,
amar, amar, nunca de amar deixar
em natural renovação constante;
amar como se nada mais houvesse
para fazer na vida a não ser dar-se
até final sem peso nem medida;
amar, quando o amor nos acontece,
é, por assim dizer, perpetuar-se
no ser amado para além da vida!
JOÃO DE CASTRO NUNES
JNC!!!! Que mar bravo, rapaz! Grande dupla, tu e o maltez! A mesma voz a deuses diferentes ou são os mesmos?
ResponderEliminarEspera aqui mesmo que eu já venho!
AMOR SACRAMENTADO
ResponderEliminar(Camoneando)
Amar assim como eu te amei a ti,
não há na história antiga ou actual,
não houve, não existe, nunca vi
em toda a minha vida um caso igual.
A maioria ou são imaginários,
produto de exaltadas fantasias,
ou não passam de mitos literários
que já não têm lugar nos nossos dias.
O meu amor por ti, sacramentado,
feliz, constante, firme como a hera,
foi tudo menos obra de quimera.
Por Deus seguramente abençoado,
nos filhos que nos deu vai perdurar
mesmo depois de extinto o nosso lar!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Mesmo depois de extinto o nosso lar
ResponderEliminarVais prometer-me que deixas de beber!
Não gosto de te ver a emborcar
Como se fosses um homem qualquer!
Segura-te e mantém-te assim aceso
No sacramento de Cristo, nosso sinhori
Lê-me a Bíblia enquanto eu te rezo
Um terço inteiro em nome deste amori.
Porque te vais, homem? Posso saber?
O que é que eu fiz para merecer
Ser desta sorte abandonada?
Por favor, invoca a lapiseira
E dá uma explicação à maneira
Perante toda esta bicharada!
Não está mau de todo!... JCN
ResponderEliminarA minha poesia é linda. Impecábel!
ResponderEliminarPara "camonear", ainda tens de comer muita broa!... Ainda tens o cavaquinho... muito desafinado. JCN
ResponderEliminarFilho, ainda não percebeste que tu és o cavaquinho? O que querias em cinco minutos, ahñ?
ResponderEliminarJC? Não vais responder à pergunta em verso, pois não?
ResponderEliminarA perfeição "camoneana" não é uma questão de tempo, mas de talento.
ResponderEliminarSe achas que não dás para o cavaquinho, fica-te pela pandeireta ou pelos ferrinhos! São mais o teu estilo. Sem ofensa, evidentemente.
Obrigada.
ResponderEliminarNão te respondo em verso, porque não gasto cera com tão ruim defunto! JCN
ResponderEliminarRabeca.
ResponderEliminarAgora vejo que não és "defunto", mas "defunta". Como haveria de sabê-lo... sem fio condutor?!... Dada a circunstância, recomendo-te as castanholas. Sempre fazem mais ruído, se é isso o que tens em mira. Complexos!
ResponderEliminarAgora percebo que és uma pessoa importante. Parabéns! Pensei que fosses maior...
ResponderEliminarBoa noite.
Por que é que a minha Poesia cria tantos "invejosos"?!... Marram contra ela como os touros contra o pano vermelho. Desvanecido! JCN
ResponderEliminarcontratenor, de facto nada tento rotular, porque todos os rótulos são ilusões, meros adereços funcionais. bem hajas.
ResponderEliminarsó uma nota: a minha voz não é nem nunca será oca, mas rouca devido ao tabaco. amo-te.
ResponderEliminar“Reflectir infatigavelmente durante horas, com a mente concentrada em alguma frívola ilustração à margem da página de um livro ou na tipologia desse livro; entregar-me absorto à contemplação de uma curiosa sombra a cair oblíqua sobre o tapete, ou sobre o chão; perder uma noite inteira a observar a chama invariável de uma lâmpada, ou as brasas de uma lareira; devanear durante dias sobre o perfume de uma flor; repetir monotonamente alguma palavra banal (como “amo-te”), até que o som, devido à frequente repetição, impedisse a transmissão de qualquer ideia ao espírito; perder completamente a sensação de movimento ou de existência física, perseverando obstinadamente e por longo tempo num estado absoluto de imobilidade corporal; tais eram algumas das mais comuns e perniciosas extravagâncias induzidas por uma condição das faculdades mentais que, na verdade, não eram de todo sem paralelo, mas por certo ofereciam um desafio para algo como análise ou interpretação.”
ResponderEliminarEdgar Allan Poe, História escolhidas por um psicopata
Fantástico. Dissecar as emoções ao sol, extrair-lhes todo o sangue até à inutilidade, analisá-las até deixarem de ser, é extraordinário lá isso é verdade. Substitui-las pelo sarcasmo ou pela arte, oh, isso então é revelador de uma inteligência ímpar. Que bom para quem consegue tanta proeza. A minha vida por sabedoria. Boa troca! De qualquer forma, morre-se das duas, não é? E um bom sábio quer morrer sempre primeiro. Desvanecida!
Com pouco te desvaneces!...
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