domingo, 26 de julho de 2009

Se te pudesse dar um conselho para a vida diria apenas: ama

23 comentários:

  1. palavras minhas, mas bem usadas. obrigado.

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  2. Foi o que eu fiz em toda a minha longa vida! JCN

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  3. Não te oiço, maltez. A tua voz é oca quando diz "ama". É um letreiro, sempre pintado de fresco, que nada rotula.

    Amaste a cruzeta, foi JNC? E foi bom? Aposto que te divertiste à farta no Óstia Club! Raves bíblicas ao som do carrilhão... Cavaquinho malandro.

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  4. AMAR ATÉ MAIS NÃO

    (Camoneando)

    Amar, amar, amar até mais não,
    amar fervendo, como tu dizias,
    amar, amar todos os dias
    até se nos parar o coração;

    Amar ano após ano, a todo o instante,
    sem hora para nada, além de amar,
    amar, amar, nunca de amar deixar
    em natural renovação constante;

    amar como se nada mais houvesse
    para fazer na vida a não ser dar-se
    até final sem peso nem medida;

    amar, quando o amor nos acontece,
    é, por assim dizer, perpetuar-se
    no ser amado para além da vida!

    JOÃO DE CASTRO NUNES

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  5. JNC!!!! Que mar bravo, rapaz! Grande dupla, tu e o maltez! A mesma voz a deuses diferentes ou são os mesmos?

    Espera aqui mesmo que eu já venho!

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  6. AMOR SACRAMENTADO

    (Camoneando)

    Amar assim como eu te amei a ti,
    não há na história antiga ou actual,
    não houve, não existe, nunca vi
    em toda a minha vida um caso igual.

    A maioria ou são imaginários,
    produto de exaltadas fantasias,
    ou não passam de mitos literários
    que já não têm lugar nos nossos dias.

    O meu amor por ti, sacramentado,
    feliz, constante, firme como a hera,
    foi tudo menos obra de quimera.

    Por Deus seguramente abençoado,
    nos filhos que nos deu vai perdurar
    mesmo depois de extinto o nosso lar!

    JOÃO DE CASTRO NUNES

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  7. Mesmo depois de extinto o nosso lar
    Vais prometer-me que deixas de beber!
    Não gosto de te ver a emborcar
    Como se fosses um homem qualquer!

    Segura-te e mantém-te assim aceso
    No sacramento de Cristo, nosso sinhori
    Lê-me a Bíblia enquanto eu te rezo
    Um terço inteiro em nome deste amori.

    Porque te vais, homem? Posso saber?
    O que é que eu fiz para merecer
    Ser desta sorte abandonada?

    Por favor, invoca a lapiseira
    E dá uma explicação à maneira
    Perante toda esta bicharada!

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  8. Não está mau de todo!... JCN

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  9. A minha poesia é linda. Impecábel!

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  10. Para "camonear", ainda tens de comer muita broa!... Ainda tens o cavaquinho... muito desafinado. JCN

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  11. Filho, ainda não percebeste que tu és o cavaquinho? O que querias em cinco minutos, ahñ?

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  12. JC? Não vais responder à pergunta em verso, pois não?

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  13. A perfeição "camoneana" não é uma questão de tempo, mas de talento.
    Se achas que não dás para o cavaquinho, fica-te pela pandeireta ou pelos ferrinhos! São mais o teu estilo. Sem ofensa, evidentemente.

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  14. Não te respondo em verso, porque não gasto cera com tão ruim defunto! JCN

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  15. Agora vejo que não és "defunto", mas "defunta". Como haveria de sabê-lo... sem fio condutor?!... Dada a circunstância, recomendo-te as castanholas. Sempre fazem mais ruído, se é isso o que tens em mira. Complexos!

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  16. Agora percebo que és uma pessoa importante. Parabéns! Pensei que fosses maior...
    Boa noite.

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  17. Por que é que a minha Poesia cria tantos "invejosos"?!... Marram contra ela como os touros contra o pano vermelho. Desvanecido! JCN

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  18. contratenor, de facto nada tento rotular, porque todos os rótulos são ilusões, meros adereços funcionais. bem hajas.

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  19. só uma nota: a minha voz não é nem nunca será oca, mas rouca devido ao tabaco. amo-te.

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  20. “Reflectir infatigavelmente durante horas, com a mente concentrada em alguma frívola ilustração à margem da página de um livro ou na tipologia desse livro; entregar-me absorto à contemplação de uma curiosa sombra a cair oblíqua sobre o tapete, ou sobre o chão; perder uma noite inteira a observar a chama invariável de uma lâmpada, ou as brasas de uma lareira; devanear durante dias sobre o perfume de uma flor; repetir monotonamente alguma palavra banal (como “amo-te”), até que o som, devido à frequente repetição, impedisse a transmissão de qualquer ideia ao espírito; perder completamente a sensação de movimento ou de existência física, perseverando obstinadamente e por longo tempo num estado absoluto de imobilidade corporal; tais eram algumas das mais comuns e perniciosas extravagâncias induzidas por uma condição das faculdades mentais que, na verdade, não eram de todo sem paralelo, mas por certo ofereciam um desafio para algo como análise ou interpretação.”

    Edgar Allan Poe, História escolhidas por um psicopata

    Fantástico. Dissecar as emoções ao sol, extrair-lhes todo o sangue até à inutilidade, analisá-las até deixarem de ser, é extraordinário lá isso é verdade. Substitui-las pelo sarcasmo ou pela arte, oh, isso então é revelador de uma inteligência ímpar. Que bom para quem consegue tanta proeza. A minha vida por sabedoria. Boa troca! De qualquer forma, morre-se das duas, não é? E um bom sábio quer morrer sempre primeiro. Desvanecida!

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  21. Com pouco te desvaneces!...

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