Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
domingo, 26 de julho de 2009
Dedicado ao Maltez: Portugueses: materialistas ou religiosos?
grande e complexa questão: é possível uma religião materialista? e se é possível, estará condenada ao fracasso, dado que os bens pouco nos contentam na minha perspectiva?
essa também é uma questão complexa, mas penso que essencialmente sim, visa o contentamento, o bem estar. daí não me parecer plausível uma religião materialista, dado o prazer muito efémero dos bens materiais. compará-los--ia com a comida, precisamo sempre de mais. mas indo de encontro ao post seguinte, tamb+em precisamos sempre de mais amor. a questão é que o amor vale por si, e seria então a mais alta das formas de vida, aquela a que aristóteles chama contemplativa.
penso que não. a contemplação é um extâse, como o amor é, mas o amor é direccionado ao outro sem dele sair, ao passo que a contemplação visa, a meu entender, o extâse/saída de tudo. amar é amar. não t eparec eevidente?
Parece-me evidente que amar é ter cuidado pelo outro, tratá-lo bem, acolhê-lo, dar. Em último caso ser um bodhissatva, abdicarmos de nós para nos dedicarmos ao outro, sentirmos o outro, sermos empáticos. E vai muito para lá disso.
então concordamos em que não é possível um areligião materialista, mas diferimos nas razões, eu vou pela insatisfação com as coisas, tu pela vacuidade do amor pelas mesmas. será isso?
percebo e concordo. a propósito, aocnselho-te a ouvires o discurso de karen armstrong na recepção do ted awards, é lindíssimo e foca precisamente este problema.
uma religião sem misticismo, sem metafísica,sem teologia. uma religião universal que tenha o amor por princípio, a ordem por base, o progresso por finalidade. Augusto Comte Catecismo positivista, ou exposição sumária da religião universal em onze colóquios sistemáticos entre uma mulher e um sacerdote da humanidade.
é curioso com m etennho sentido em paz nos últimos dias. as ervas daninhas são tramadas, se a sarrancamos sem salgar a terra crescem de novo. o trabalho da terra nunca trabalha e a profissão de jardineiro é das mais duras que há. bem hajam os jardineiros que sob a sua extrema força nos oeferecem a sublime e séria leveza dos mais belos jardins.
grande e complexa questão: é possível uma religião materialista? e se é possível, estará condenada ao fracasso, dado que os bens pouco nos contentam na minha perspectiva?
ResponderEliminarA religião visa o contentamento?
ResponderEliminaressa também é uma questão complexa, mas penso que essencialmente sim, visa o contentamento, o bem estar. daí não me parecer plausível uma religião materialista, dado o prazer muito efémero dos bens materiais. compará-los--ia com a comida, precisamo sempre de mais. mas indo de encontro ao post seguinte, tamb+em precisamos sempre de mais amor. a questão é que o amor vale por si, e seria então a mais alta das formas de vida, aquela a que aristóteles chama contemplativa.
ResponderEliminarContemplar é amar?
ResponderEliminarpenso que não. a contemplação é um extâse, como o amor é, mas o amor é direccionado ao outro sem dele sair, ao passo que a contemplação visa, a meu entender, o extâse/saída de tudo. amar é amar. não t eparec eevidente?
ResponderEliminarParece-me evidente que amar é ter cuidado pelo outro, tratá-lo bem, acolhê-lo, dar. Em último caso ser um bodhissatva, abdicarmos de nós para nos dedicarmos ao outro, sentirmos o outro, sermos empáticos. E vai muito para lá disso.
ResponderEliminarNão será um amor por uma coisa um amor vazio, um falso amor? (a menos que essa coisa tenha valor sentimental, represente alguém ou uma relação).
ResponderEliminarentão concordamos em que não é possível um areligião materialista, mas diferimos nas razões, eu vou pela insatisfação com as coisas, tu pela vacuidade do amor pelas mesmas. será isso?
ResponderEliminarAparentemente, sim. Mas talvez se trate mais de uma questão prática do que teórica, já pensaste nisso?
ResponderEliminarassim como?
ResponderEliminarConcordamos em que a religião é amor, certo? O amor é prático, ocorre na relação com o outro. Logo é uma questão prática.
ResponderEliminarpercebo e concordo. a propósito, aocnselho-te a ouvires o discurso de karen armstrong na recepção do ted awards, é lindíssimo e foca precisamente este problema.
ResponderEliminarAssim farei. Boa noite Maltez.
ResponderEliminaruma religião sem misticismo, sem metafísica,sem teologia.
ResponderEliminaruma religião universal que tenha o amor por princípio, a ordem por base, o progresso por finalidade.
Augusto Comte
Catecismo positivista, ou exposição sumária da religião universal em onze colóquios sistemáticos entre uma mulher e um sacerdote da humanidade.
Vossemecê ainda vai... em Augosto Conte?!... JCN
ResponderEliminarCorrijo a gralha, devida a "dedos grossos" ou pura desatenção: Augusto Comte". JCN
ResponderEliminartudo é paz quando tudo é paz amigos e inimigos. um bem haja para todos.
ResponderEliminarao som do primeiro álbum de Sade, seguido de Play de Moby.
Um Abraço.
é curioso com m etennho sentido em paz nos últimos dias. as ervas daninhas são tramadas, se a sarrancamos sem salgar a terra crescem de novo. o trabalho da terra nunca trabalha e a profissão de jardineiro é das mais duras que há. bem hajam os jardineiros que sob a sua extrema força nos oeferecem a sublime e séria leveza dos mais belos jardins.
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