domingo, 26 de julho de 2009

Dedicado ao Maltez: Portugueses: materialistas ou religiosos?

18 comentários:

  1. grande e complexa questão: é possível uma religião materialista? e se é possível, estará condenada ao fracasso, dado que os bens pouco nos contentam na minha perspectiva?

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  2. essa também é uma questão complexa, mas penso que essencialmente sim, visa o contentamento, o bem estar. daí não me parecer plausível uma religião materialista, dado o prazer muito efémero dos bens materiais. compará-los--ia com a comida, precisamo sempre de mais. mas indo de encontro ao post seguinte, tamb+em precisamos sempre de mais amor. a questão é que o amor vale por si, e seria então a mais alta das formas de vida, aquela a que aristóteles chama contemplativa.

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  3. penso que não. a contemplação é um extâse, como o amor é, mas o amor é direccionado ao outro sem dele sair, ao passo que a contemplação visa, a meu entender, o extâse/saída de tudo. amar é amar. não t eparec eevidente?

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  4. Parece-me evidente que amar é ter cuidado pelo outro, tratá-lo bem, acolhê-lo, dar. Em último caso ser um bodhissatva, abdicarmos de nós para nos dedicarmos ao outro, sentirmos o outro, sermos empáticos. E vai muito para lá disso.

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  5. Não será um amor por uma coisa um amor vazio, um falso amor? (a menos que essa coisa tenha valor sentimental, represente alguém ou uma relação).

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  6. então concordamos em que não é possível um areligião materialista, mas diferimos nas razões, eu vou pela insatisfação com as coisas, tu pela vacuidade do amor pelas mesmas. será isso?

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  7. Aparentemente, sim. Mas talvez se trate mais de uma questão prática do que teórica, já pensaste nisso?

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  8. Concordamos em que a religião é amor, certo? O amor é prático, ocorre na relação com o outro. Logo é uma questão prática.

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  9. percebo e concordo. a propósito, aocnselho-te a ouvires o discurso de karen armstrong na recepção do ted awards, é lindíssimo e foca precisamente este problema.

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  10. uma religião sem misticismo, sem metafísica,sem teologia.
    uma religião universal que tenha o amor por princípio, a ordem por base, o progresso por finalidade.
    Augusto Comte
    Catecismo positivista, ou exposição sumária da religião universal em onze colóquios sistemáticos entre uma mulher e um sacerdote da humanidade.

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  11. Vossemecê ainda vai... em Augosto Conte?!... JCN

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  12. Corrijo a gralha, devida a "dedos grossos" ou pura desatenção: Augusto Comte". JCN

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  13. tudo é paz quando tudo é paz amigos e inimigos. um bem haja para todos.

    ao som do primeiro álbum de Sade, seguido de Play de Moby.

    Um Abraço.

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  14. é curioso com m etennho sentido em paz nos últimos dias. as ervas daninhas são tramadas, se a sarrancamos sem salgar a terra crescem de novo. o trabalho da terra nunca trabalha e a profissão de jardineiro é das mais duras que há. bem hajam os jardineiros que sob a sua extrema força nos oeferecem a sublime e séria leveza dos mais belos jardins.

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