Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
Se a realidade é inútil, não escrevas, não promovas cursos inúteis sobre a inútil realidade, desiste da profissão, não te relaciones, não saias de casa, não entres, não tenhas casa, não tenhas nada, diz adeus à família, supera a tua inexistência deixando de existir na realidade que não há. Para quê insistir em vigiar a vida?
"Pedrão Calado ladrão profissional assaltante à mão armada bastante eficiente nas artes do roubo em geral
Pedrão Calado ladrão da sua profissão não era robin hood nem anjo protector dos pobres não era um amador tudo o que queria era conseguir uns cobres para viver decentemente na sua profissão de ladrão correcto e competente
Pedrão Calado ladrão profissional cuja verdadeira profissão afinal se lhe recortava rigorosa no olhar
Sempre fui pensar … um bocadinho, que a minha vida não é isto! Vou correr o risco de ser triturada filosoficamente. Aqui vai:
I O que é real? Como se justifica o que se nos aparece?
1. O mundo é ilusão, não existe, é irreal. a) Surge (ou evolui) de um princípio eterno, esse verdadeiramente real. b) Surge (ou evolui) de um princípio, ou causa que, a rigor, verdadeiramente não existe.
Mas, não há produção do que absolutamente não existe.
2. O Mundo existe, é real. a) Surge (ou evolui) de um Princípio eterno, real. b) Surge (ou evolui) duma Causa Não existente.
Mas, na relação causa e efeito, o efeito deve possuir a mesma natureza da causa.
3) O Mundo não é absolutamente real, nem absolutamente irreal. a) O Mundo tem realidade fenoménica mas não objectiva.
II
Como não colocar a questão sobre o sentido?
Não querendo instrumentalizar a realidade ou cair na tentação do antropocentrismo: 1. O que é Iluminar-se? Diz a tradição que termina o iato sujeito/objecto, realidade/ conhecedor. As fronteiras do que consideramos Mundo, dissolvem-se numa consciência cósmica (tenho de usar palavras!!). Ora, porque não considerar a hipótese de que o Mundo é um palco onde fazemos as experiências necessárias para essa Iluminação? Nesse instante, cai o pano da ilusão. Assim sendo, isso que nos aparece tem a sua utilidade.
Tanta conversa para uma única questão... Iluminação. Não acredito em experiências provocadas. Não reflectem verdades, pelo menos, as nossas. Esse é um caminho de luz artificial. Experiências laboratoriais artificializam comportamentos e consequentemente a realidade ainda se torna mais inútil do que já é.
Um verdadeiro exemplo de realidade inútil (inventadamente real):
"Quem sou eu? Não me sinto. Não me comunico. Há apenas dor e prazer mas nem isso sei transmitir porque não consegui aprender a linguagem que os explicam. Não há nada nesta carne que não seja carne. Não consegui ir para além do físico por uma disfunção física. Abortei de mim e fiquei preso a este corpo que persiste em durar." - pensamento impossível de um ser possível
E se a "alma" for unicamente o resultado do corpo? Quando o corpo avaria, o que acontece?
somente o ideal é real, o trascendental é real, a vertigem e o casamento do belo com o sublime: isto é real. a luxúria é real mas o coito real não é real. o que é real é tudo que não temos: o irreal...o homen somente é homem quando realiza o irreal - a realidade é inutil...Raul Leal é real...
Vocês não sabem nada. É uma miséria. Basta uma perguntinha simples para caírem da cadeira abaixo. Ou é mistério ou é Raul Leal. No melhor dos casos, é idiota. Considerações vãs de subalternos ignorantes. Pedregulhos, sejam lá que formas tenham.
Cara Aurora, apreciei muito a sua reflexão. Todavia falo da realidade, não do mundo. A realidade é i-munda, irrelativa a qualquer determinação fenoménica, irrelativa à mente. Embora a ideia de haver realidade já seja um fenómeno mental.
Não acredito.
ResponderEliminarEla é necessária para que nos libertemos e para a sua própria implosão.
ResponderEliminarEra o que faltava, a realidade também ser instrumentalizada por/para algo ou alguém!... Que terá ela a ver com as nossas exigências de sentido e fins?
ResponderEliminarMais radicalmente: que terá ela a ver com a nossa ideia de a haver, de haver "realidade"?
Mas como não colocar a questão do sentido?
ResponderEliminarOk, grata.Vou pensar.
Se a realidade é inútil, não escrevas, não promovas cursos inúteis sobre a inútil realidade, desiste da profissão, não te relaciones, não saias de casa, não entres, não tenhas casa, não tenhas nada, diz adeus à família, supera a tua inexistência deixando de existir na realidade que não há.
ResponderEliminarPara quê insistir em vigiar a vida?
A irrealidade é nada.
ResponderEliminarÉs um fingidor.
ResponderEliminarA realidade é um fingimento. Humano.
ResponderEliminarE é cómico ver os argumentos práticos... O que tem a ver a realidade ser inútil com o viver-se, e bem, a vida quotidiana!?...
Significa que não vives de acordo com os valores que dizes ser.
ResponderEliminarO que tem a realidade a ver com a vida? Estes comentários só mostram falta de inteligência.
ResponderEliminarA realidade, é fruto do que pensamos e agimos? Então tornemos o pensamento útil.
ResponderEliminarA realidade é o que é, antes de haver o quer que seja.
ResponderEliminar"Pedrão Calado
ResponderEliminarladrão profissional
assaltante
à mão armada
bastante eficiente
nas artes
do roubo em geral
Pedrão Calado
ladrão
da sua profissão
não era robin hood
nem anjo protector
dos pobres
não era um amador
tudo o que queria
era conseguir uns cobres
para viver decentemente
na sua profissão
de ladrão
correcto e competente
Pedrão Calado
ladrão profissional
cuja verdadeira
profissão
afinal
se lhe recortava
rigorosa no olhar
a solidão."
mário-henrique leiria
Novos Contos do Gin
Sempre fui pensar … um bocadinho, que a minha vida não é isto! Vou correr o risco de ser triturada filosoficamente. Aqui vai:
ResponderEliminarI
O que é real? Como se justifica o que se nos aparece?
1. O mundo é ilusão, não existe, é irreal.
a) Surge (ou evolui) de um princípio eterno, esse verdadeiramente real.
b) Surge (ou evolui) de um princípio, ou causa que, a rigor, verdadeiramente não existe.
Mas, não há produção do que absolutamente não existe.
2. O Mundo existe, é real.
a) Surge (ou evolui) de um Princípio eterno, real.
b) Surge (ou evolui) duma Causa Não existente.
Mas, na relação causa e efeito, o efeito deve possuir a mesma natureza da causa.
3) O Mundo não é absolutamente real, nem absolutamente irreal.
a) O Mundo tem realidade fenoménica mas não objectiva.
II
Como não colocar a questão sobre o sentido?
Não querendo instrumentalizar a realidade ou cair na tentação do antropocentrismo:
1. O que é Iluminar-se? Diz a tradição que termina o iato sujeito/objecto, realidade/ conhecedor. As fronteiras do que consideramos Mundo, dissolvem-se numa consciência cósmica (tenho de usar palavras!!). Ora, porque não considerar a hipótese de que o Mundo é um palco onde fazemos as experiências necessárias para essa Iluminação? Nesse instante, cai o pano da ilusão. Assim sendo, isso que nos aparece tem a sua utilidade.
Tanta conversa para uma única questão... Iluminação. Não acredito em experiências provocadas. Não reflectem verdades, pelo menos, as nossas. Esse é um caminho de luz artificial. Experiências laboratoriais artificializam comportamentos e consequentemente a realidade ainda se torna mais inútil do que já é.
ResponderEliminarUm verdadeiro exemplo de realidade inútil (inventadamente real):
ResponderEliminar"Quem sou eu? Não me sinto. Não me comunico. Há apenas dor e prazer mas nem isso sei transmitir porque não consegui aprender a linguagem que os explicam. Não há nada nesta carne que não seja carne. Não consegui ir para além do físico por uma disfunção física. Abortei de mim e fiquei preso a este corpo que persiste em durar." - pensamento impossível de um ser possível
E se a "alma" for unicamente o resultado do corpo? Quando o corpo avaria, o que acontece?
somente o ideal é real, o trascendental é real, a vertigem e o casamento do belo com o sublime: isto é real. a luxúria é real mas o coito real não é real. o que é real é tudo que não temos: o irreal...o homen somente é homem quando realiza o irreal - a realidade é inutil...Raul Leal é real...
ResponderEliminarAlguma coisa ser útil significa que o é no plano da relação, para alguém. Não em si.
ResponderEliminarVocês não sabem nada. É uma miséria. Basta uma perguntinha simples para caírem da cadeira abaixo. Ou é mistério ou é Raul Leal. No melhor dos casos, é idiota. Considerações vãs de subalternos ignorantes. Pedregulhos, sejam lá que formas tenham.
ResponderEliminarCara Aurora, apreciei muito a sua reflexão. Todavia falo da realidade, não do mundo. A realidade é i-munda, irrelativa a qualquer determinação fenoménica, irrelativa à mente. Embora a ideia de haver realidade já seja um fenómeno mental.
ResponderEliminarEna, ena, adjectivos!
ResponderEliminarIrreal e real são duas faces da mesma ilusão
ResponderEliminarSem contudo nessa duas faces incluir a fonte de onde tudo provém
ResponderEliminarPapeluchos...
ResponderEliminaro mundo é imanência. segue espinosa. acrescenta-lhe alegria.
ResponderEliminare a alegria deve provir da fonte...
ResponderEliminarImanência sem fonfe de onde imana não é possível