segunda-feira, 13 de julho de 2009

Os Mortos

Na ambígua intimidade
que nos concedem
podemos andar nus
diante de seus retratos.
Não reprovam nem sorriem
como se neles a nudez fosse maior.

Carlos Drummond de Andrade
(De Lição de Coisas)

16 comentários:

  1. Bela lição.

    Grato Liliana, um abraço.

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  2. Magnífico. Quão mortos andamos por não sermos assim tão nus...

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  3. É bem verdade! "Quão mortos andamos..." por andarmos vestidos e não sabermos da nudez que os mortos em si mesmos guardam... e por nos cobrirmos da "armadura" do ego que pesa sobre nós!

    Obrigada pela reflexão.
    Abraço aos três.

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  4. Bonito:)
    Que grande experiência, a morte...
    Grato.

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  5. desconfiada e insegura14 de julho de 2009 às 11:06

    Eu gostava de saber por que razão nunca elogiam os poemas que faço, se elogiam tudo e mais alguma coisa... Eu acho que são maravilhosos, magníficos, dão belas lições e possibilitam reflexões extraordinárias. E são grandes experiências para vós.
    Não percebo o silêncio. Será que é porque "dizê-lo é perdê-lo"?

    Gratómetro - 0,0%

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  6. hoje, só hoje, prometo, posso dormir vestida?

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  7. ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!

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  8. única, cintilante e maravilhosa...

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  9. Não lhe liguem. Ela tem problemas vários.

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  10. Pede elogios e depois não acredita neles. É doida. Para além da idiotia e da esquizofrenia, tem uma neurose obsessiva e é compulsiva na conduta (não sei se já repararam...) que se traduz de forma hostil, temível e perigosa e diz frases grosseiras. E dorme vestida (de todos os comportamentos, este é o pior).

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  11. estão a falar de quem? O que é uma frase grosseira? Tem letras GORDAS?

    Sim, dormir vestida é um comportamento reprovável, vou chamar a ASAE.

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  12. Zomba o zombie da vida
    Suspenso no susto de ser
    Nem a morte dá guarida
    Ao que se obriga a viver.

    ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!ELOGIO!

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  13. Perfeito. Espero que entendam o que é um elogio.

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  14. Quão mortos andamos...

    às vezes encontro corpos vestidos, que nos olhos trazem o vazio - dir-se-iam corpos entregues ao não-viver.

    A armadura que nos reveste é o metal, o aço que não deixa o corpo respirar. Quando nus, lado a lado com a liberdade, de passos no soalho abrindo espaço para a sensação.

    Sensação, tudo é sensação - diria talvez o Pessoa.

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  15. Uma sugestão visual à lição de Drummond Aqui

    Um abraço Liliana.

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  16. Obrigada Rui,

    foi um agradável 'acompanhamento visual' ainda que, um pouco inquietante.

    :)

    Boa tarde e gracias pela partilha*

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