sábado, 4 de julho de 2009

notícia de funeral de indigente

.....conduzido à sua última

(e primeira, acrescentamos nós)

morada

12 comentários:

  1. “Muito jovem, estava eu na ponte,
    Em plena noite sombria.
    Veio de longe o canto:
    Na trémula superfície,
    Gotas de ouro deslizavam.
    Gôndolas, luzes, música –
    Ebriamente para o crepúsculo vogavam…

    Qual lira, a minha alma
    Canta para si, por mão invisível tangida,
    Uma secreta canção de gondoleiro, e vibra de guarrida ventura.
    Alguém a ouviria?...”

    Nietzsche Ecce Homo

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  2. pontuação a mais
    falta-lhe a palavra pura

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  3. ainda criança estava eu na ponte
    em plena tarde morrendo
    veio de dentro o canto
    da eterna superfície
    gotas de ouro vertiam
    loucura
    logo se desvanecendo no nada

    qual rubro rubor o meu coração
    canta para ti
    por ti
    a eterna louca canção
    de perdição vibrando

    ouvi-la-ás?

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  4. Sombria a ponte
    Desliza na gôndola de ouro
    Do gondoleiro invisível
    Trémulo de música e ventura

    Tanjo para ti
    O veio secreto da alma
    Lira do crepúsculo
    Plena de noite
    Ébria de luz
    Soando gota a gota
    A eterna voz do tempo
    No canto em que me perco
    E ninguém ouve.

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  5. muito bonito, roubando palavras.

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  6. Roubei e foi bom!

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  7. e Ela viu que era bom..........

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  8. Subia o monte
    De Liza de pêndulo d'oiro
    Do penduleiro risível
    Tremo a unha de musas, aventuras

    Anjo para mim
    Veio secreta da alma
    Liza do crepúsculo
    Pleno desnorte
    Coberto de luz
    Suando gota a bota
    Oh!, ternos avós do tempo
    Nu canto em que me perco
    Alguém, ovo.

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  9. Subia o pêndulo
    Pelo monte da Liza
    Coberto de tremuras
    O porco gondoleiro
    Que queria aventuras

    Anjo sem asas
    Veio secreto
    desnorteado e suado
    deslizando incorrecto
    a mão tangida de gotas garridas
    e nu movimento invisível
    pôs um ovo risível
    vê bem tu
    pelo olho du...

    Ouviu toda a malta
    No alto da ribalta!

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  10. na minha terra chamava-se "indez" ao ovo que se punha no galinheiro, entre a palha, para induzir as galinhas a porem. Mesmo que houvesse 4-5 ovos a retirar ao fim do dia, deixava-se sempre o tal index(z)
    Vejo, entre satisfeito e desiludido, que é para que servem as palavras que "ponho" neste Bloger. Abraço aos comentadores

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