quarta-feira, 15 de julho de 2009

“Não posso estar em parte alguma. A minha / Pátria é onde não estou [...]"

- Álvaro de Campos, Opiário.

6 comentários:

  1. e a Língua é uma pátria de exílio: a alvenaria do dito é constringente, objectualiza. No fundo a Pátria é tudo aquilo de que não precisamos, as suas fronteiras são a orla da praia do oceano do que não nos necessita, nem necessita de nós.
    A escrita, como bem sabia Platão, é a arte suprema do esquecimento. As palavras estão a boiar sobre uma película de incerteza, por baixo o abismo do que não pode ser visado pelo dito, a mutez caótica que imunda o mundo, ou que o mundo imunda, inundando-nos de tralha e fixações...
    :)

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  2. Não posso estar em parte alguma. A minha pátria é onde não estou.

    Ou seja: a pátria dele é todo o lado.

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  3. A minha pátria é onde sou, quer não esteja em lado nenhum, quer esteja em todo o lado.

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  4. ou António Variações?

    aprendi a gostar dele como poeta sério.
    abraço

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