domingo, 28 de junho de 2009

sem título

Morreu quando os dias eram ainda novos.
Saiu voado,
Peixe de luz na água da noite.

8 comentários:

  1. Cada um apanha o que pode.

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  2. Morrer "quando os dias são novos", Francisco, é uma imagem extremamente feliz, (de uma eventualmente infeliz realidade...) completa-a o jogo entre o reflexo na água e o movimento e simultânea suspensão do dizer... e o diálogo entre os elementos? Estão lá todos, reunidos numa imagem que é um pensamento e um pensamento iluminado que é uma visão... tal como hoje li...

    Que belo dizer!
    Boa noite

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  3. Grato a todos. São fios que se vão enrolando, mesmo de rede, para apanharmos o que podemos numa traineira sem horas marcadas. Acho que percebeste, Maria, que me refiro à morte precoce de um jovem amigo que pisou uma mina.

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  4. A poesia converte em beleza o que é doloroso e triste. Assim pudesse efectivamente redimir e libertar quem partiu estilhaçado... Para tal é limitada e impotente. Para tal tem de ceder lugar à oração e a outros actos do espírito.

    Abraço, Francisco

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  5. "A beleza nunca produz tanto sofrimento quanto a incapacidade de a ver ou de a ouvir."

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  6. Belo! Esta imagem é de uma grande força, de umaforça libertadora extrema. Desfeita em luz e desejando ser peixe, agradeço a sua partilha. Agradeço antes do voo.

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