"[...] se fosse necessário dividir os homens, formariam três raças: os sonâmbulos, que são legião; os racionais e sensíveis, que vivem sobre dois planos e que, sabendo o que lhes falta, se esforçam por procurar o que de modo algum encontram; os espirituais nascidos duas vezes, que caminham para a morte com um passo igual para morrer sós e inteiros, quando acaso não escolhem o momento, o lugar e o modo, a fim de assinalar o seu desprezo pelas contingências. Os sonâmbulos são os idólatras; os racionais e sensíveis, os crentes; os espirituais duas vezes nascidos adoram em espírito o que os primeiros não imaginam e que os segundos não concebem, pois são homens plenamente e, como tais, não irão de modo algum procurar o que obtiveram, nem adorá-lo, pois que eles próprios o são"
- Albert Caraco, Bréviaire du chaos, Lausanne, L'Âge d'Homme, 1999, p.8
Isto faz quase lembrar a classificação de terrenos, psíquicos e pneumáticos dos gnósticos... Mas não gosto de classificações. Acredito que cada ser é único. E importante.
ResponderEliminarÉ verdade e creio que há mesmo uma influência gnóstica, para além das três gunas indianas... Acho que isto é válido, se considerarmos que estamos perante três possibilidades presentes em todos os homens, entre muitas outras, que obviamente rompem todos os esquemas.
ResponderEliminarOs seres são únicos e importantes, sim, mas raramente por aquelas razões pelas quais se sentem únicos e importantes...
Sem dúvida, Paulo.
ResponderEliminarblog racista
ResponderEliminar«os espirituais duas vezes nascidos adoram em espírito o que os primeiros não imaginam e que os segundos não concebem» - Como Caraco designa isto que é inimaginável e inconcebível? Deus? Shunyata? Aquilo que é? Ou simplesmente não o designa?
ResponderEliminarQuando o Paulo fala em iguais possibilidades presentes em TODOS os homens, explica bem.
ResponderEliminarLeiam o Albert Caraco! Se resistirem...
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