" - Mas é viver, é viver este morrer contínuo, nos teus braços e na luz, ou assim, fechados como múmias, já sepultos, com medo do deserto que se ergue em granizo de sangue, e nos lapida... (os deuses todos servos da Morte).
- Quanto mais o império durar (o império de que a morte é a invisível cariátide suprema), mais raiz teve o nosso desejo, mais fundo foi, mais possível a nossa imortalidade. O desejo esculpe-nos in eternum.
Vemos só o reverso da tapeçaria, que é o império: a tapeçaria, ela, é a eternidade. [...]"
- António Patrício, Teatro Egípcio, p.1025.
O desejo esculpe a perenidade da impermanência...
ResponderEliminarBelo texto. Não conhecia esta obra de Patrício, o maior dramaturgo português.
ResponderEliminarOestrímnia... o que significa?
ad
ResponderEliminarO desejo desfaz isso mesmo que cria...
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