"É como se Patrício deixasse a mensagem cifrada de que esse Portugal-Inês, de vocação aberta ao exterior de si mesmo, perece às mãos dos que dirigem o destino do país, e quando os Pedros que a amam têm a faculdade decisória é já demasiado tarde, e encontram um cadáver que tentam em vão, demencialmente, reanimar. [...] É também, por outro lado - tanto em Patrício como em Pessoa - , a intuição de um Portugal cultural atávico, internalizado, expresso na poesia das artes e na permuta dos afectos, que não se revê na menoridade do Portugal político de rosto exterior e na miséria social que o estigmatiza; daí a alegoria do feminino: um Portugal como anima vilipendiada - alvo de assassinato como em Inês - por um animus ignaro, patriarcalmente tirânico, que não apreende a profundidade e o valor potencial do que castra"
Armando Nascimento Rosa, As máscaras nigromantes. Uma leitura do teatro escrito de António Patrício, Lisboa, Assírio & Alvim, 2003, pp.217-218.
Mestre, ainda não conseguiste responder-me à única pergunta que te fiz quando, pela primeira vez,entrei nesta terra.
ResponderEliminarO que é ter glória?
a pergunta está mal formulada.
ResponderEliminarO que é ter?
ResponderEliminarA nossa Inês-anima é morta todos os dias pelo nosso animus-D. Afonso IV. A nossa sensibilidade amorosa é morta todos os dias pela razão de estado do nosso ego. Mas o que este não vê é que está a castrar a fonte da sua própria vida.
ResponderEliminarMestre:
ResponderEliminaro que é ser glória?
Porque me chamas o que és?
ResponderEliminarsó se for o mestre dos loucos lol.
ResponderEliminare mesmo aí não chego aos calcanhares de muitos veros loucos que conheci.
ResponderEliminarchegas aos teus calcanhares?
ResponderEliminarlol que é isto? luzes apontadas directamente ao olhar? llololololol lindo. assim posso chamar-te mestre, pandeiro.
ResponderEliminarjá assassinaram o post, com o egocentrismo do costume
ResponderEliminarverdade. da minha parte as minhas desculpas.
ResponderEliminarNão sei se aguento tanta agitação!
ResponderEliminarDemoraste um ano a dizer-me que a pergunta estava mal formulada.
DEFINE GLÓRIA!
(E por favor, sei que é difícil, mas os pandeiros que se calem!)
Quero meditar na resposta.
medeitar é a resposta
ResponderEliminaralentejana:
ResponderEliminara glória é indefinível.
A filosofia é um comprovativo de ignorância.
ResponderEliminarCarlos Couto dixit: a filosofia é uma lição de impoder.
ResponderEliminarDeitou-se: deito-me plenamente de acordo.
A vaidade e o querer ir além movem-nos para além do simples "não sei".
pião, sabes enrolar a guita, não te esqueças do nó na zona do bico, pareça uma conversa parva, mas para quem sabe lançar o pião não é.
ResponderEliminarLançar o pião para além do simples "não sei" percorrendo toda a universalidade da conversa parva até se quedar no nó na zona do bico... Assim acontece a quem procura saber mais do "não sei".
ResponderEliminarE o assassínio de Portugal-Inês? Falam de tudo menos do que importa.
ResponderEliminarO que é que tem? Está tão morta como Portugal.
ResponderEliminarNunca leste António Patrício? Não sabes que a saudade ressuscita os mortos e os vivos!?
ResponderEliminarAcredito na ressurreição dos mortos. Dos vivos, não.
ResponderEliminarA glória é o amor e o amor é a glória.
ResponderEliminarnão há alienação.
ResponderEliminarnão há futilidade.
só actos de amor.
perde o medo da morte aquele que ama a vida e que ama em vida.
ResponderEliminarcomo deves viver? amando. amando o que verdadeiramente amas.
ResponderEliminaro homem é livre de escolher o seu fim, pelo meio que é a sua vida.
ResponderEliminaro homem é liberdade.
a liberdade é amor.
a vida nasce do amor, a vida vive em amor, a vida parte em amor.
ResponderEliminaro amor nunca é uno, mas sempre duplo.
ResponderEliminaro amor é a infinita conjugação dos amantes. os dois são amor e os dois juntos formam o amor. amor gera amor.
ResponderEliminaro amor é movimento, o movimento vem do amor, o tempo vem do amor, o amor é espaço e respiração.
ResponderEliminaro conhecimento é amor, a ignorância é amor, o sábio é amor, o ignorante é amor. o pobre é amor, o rico é amor, o esfomeado é amor, o farto é amor, o são é amor, o insano é amor, o esperto é amor, o burro é amor,
ResponderEliminarque existe? amor.
o não nascido é amor.
ResponderEliminaro nascimento é amor.
a vida é amor.
a morte é amor.
o passado é amor.
o presente é amor.
o futuro é amor.
o infinito é amor.
o finito é amor.
yin é amor.
yáng é amor.
o bem é amor.
o mal é amor.
o amor é a realidade última.
ResponderEliminara realidade aparente é amor.
só há realidade última.
só há amor.
a mente é amor.
a consciência é amor.
o pensamento é amor.
o ódio é amor.
tudo se reduz ao amor e o amor reduz-se a tudo.
ResponderEliminartudo é uno e tudo é duplo.
ResponderEliminartudo é sujeito e tudo é objecto.
tudo é o mesmo e tudo é outro.
porque tudo é amor.
o amor movimenta.
o amor cria.
o amor direcciona.
o amor sustenta.
não há destruição.
a destruição é amor.
perguntas: como devo viver? (a pergunta perene que confere sentido a tudo)
ResponderEliminarrespondo: amando o que verdadeiramente amas.
Ok, percebi: tudo é amor, logo nada é amor, o amor não existe. Obrigado.
ResponderEliminarerrado
ResponderEliminarsó o amor existe
e tu podes escolherb
Quem verdadeiramente ama não fala de amor - Agostinho da Silva
ResponderEliminarpõe as coisas de outra forbma
ResponderEliminarse só tu existisses, não existias?
do mesmo modo
se só o amor existe o amor existe.
a menos que me expliques melhor essa tua ideia de algo que como é tudo não é coisa alguma
"se te amo não tenho vergonha de o dizer" Quinta do Bill
ResponderEliminarExistir é ser diferente de outra coisa. Se só há uma coisa, nada tem de que se diferencie e logo não existe.
ResponderEliminarSe apenas eu existisse, nunca seria eu.
topo e discordo.
ResponderEliminarterias consciência de ti. a cisão existiria em ti.
sabes explicar-me por que existiria a cisão em ti e por que existirias ainda que só tu existisses?
ResponderEliminarnão és obmnisciente, ignoras-te e daí nasce a cisão, a que tu chamarias dualidade.
ResponderEliminarque se segue?
ResponderEliminarque o que encontras no imo é a escuridão, treva, também chamada ignorância.
diz-me, em que se desvela a ignorância?
em amor, a que chamarias êxtase.
ResponderEliminarpor isso é aquilo a que chamarias impermanente
ResponderEliminaro amor é êxtase é acto contínuo para fora de si.
ResponderEliminaraí tens o motor imóvel, como sabes
ResponderEliminaraquilo a que chamarias a fonte
ou o fundo sem fundo
embora fundo sem fundo implique já a total mobilidade
e mais fundo não se vbai por palavras
ResponderEliminarou vai?
http://www.youtube.com/watch?v=QTxUwDGRHqw
ResponderEliminarofeço-te uma oração
respeita-a