quinta-feira, 28 de maio de 2009

O assassínio de Portugal-Inês

"É como se Patrício deixasse a mensagem cifrada de que esse Portugal-Inês, de vocação aberta ao exterior de si mesmo, perece às mãos dos que dirigem o destino do país, e quando os Pedros que a amam têm a faculdade decisória é já demasiado tarde, e encontram um cadáver que tentam em vão, demencialmente, reanimar. [...] É também, por outro lado - tanto em Patrício como em Pessoa - , a intuição de um Portugal cultural atávico, internalizado, expresso na poesia das artes e na permuta dos afectos, que não se revê na menoridade do Portugal político de rosto exterior e na miséria social que o estigmatiza; daí a alegoria do feminino: um Portugal como anima vilipendiada - alvo de assassinato como em Inês - por um animus ignaro, patriarcalmente tirânico, que não apreende a profundidade e o valor potencial do que castra"

Armando Nascimento Rosa, As máscaras nigromantes. Uma leitura do teatro escrito de António Patrício, Lisboa, Assírio & Alvim, 2003, pp.217-218.

54 comentários:

  1. Mestre, ainda não conseguiste responder-me à única pergunta que te fiz quando, pela primeira vez,entrei nesta terra.

    O que é ter glória?

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  2. a pergunta está mal formulada.

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  3. A nossa Inês-anima é morta todos os dias pelo nosso animus-D. Afonso IV. A nossa sensibilidade amorosa é morta todos os dias pela razão de estado do nosso ego. Mas o que este não vê é que está a castrar a fonte da sua própria vida.

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  4. Mestre:

    o que é ser glória?

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  5. Porque me chamas o que és?

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  6. só se for o mestre dos loucos lol.

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  7. e mesmo aí não chego aos calcanhares de muitos veros loucos que conheci.

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  8. chegas aos teus calcanhares?

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  9. lol que é isto? luzes apontadas directamente ao olhar? llololololol lindo. assim posso chamar-te mestre, pandeiro.

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  10. já assassinaram o post, com o egocentrismo do costume

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  11. verdade. da minha parte as minhas desculpas.

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  12. Não sei se aguento tanta agitação!
    Demoraste um ano a dizer-me que a pergunta estava mal formulada.

    DEFINE GLÓRIA!

    (E por favor, sei que é difícil, mas os pandeiros que se calem!)

    Quero meditar na resposta.

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  13. alentejana:

    a glória é indefinível.

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  14. A filosofia é um comprovativo de ignorância.

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  15. Carlos Couto dixit: a filosofia é uma lição de impoder.

    Deitou-se: deito-me plenamente de acordo.

    A vaidade e o querer ir além movem-nos para além do simples "não sei".

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  16. pião, sabes enrolar a guita, não te esqueças do nó na zona do bico, pareça uma conversa parva, mas para quem sabe lançar o pião não é.

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  17. Lançar o pião para além do simples "não sei" percorrendo toda a universalidade da conversa parva até se quedar no nó na zona do bico... Assim acontece a quem procura saber mais do "não sei".

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  18. E o assassínio de Portugal-Inês? Falam de tudo menos do que importa.

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  19. O que é que tem? Está tão morta como Portugal.

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  20. Nunca leste António Patrício? Não sabes que a saudade ressuscita os mortos e os vivos!?

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  21. Acredito na ressurreição dos mortos. Dos vivos, não.

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  22. A glória é o amor e o amor é a glória.

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  23. não há alienação.
    não há futilidade.
    só actos de amor.

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  24. perde o medo da morte aquele que ama a vida e que ama em vida.

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  25. como deves viver? amando. amando o que verdadeiramente amas.

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  26. o homem é livre de escolher o seu fim, pelo meio que é a sua vida.

    o homem é liberdade.
    a liberdade é amor.

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  27. a vida nasce do amor, a vida vive em amor, a vida parte em amor.

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  28. o amor nunca é uno, mas sempre duplo.

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  29. o amor é a infinita conjugação dos amantes. os dois são amor e os dois juntos formam o amor. amor gera amor.

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  30. o amor é movimento, o movimento vem do amor, o tempo vem do amor, o amor é espaço e respiração.

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  31. o conhecimento é amor, a ignorância é amor, o sábio é amor, o ignorante é amor. o pobre é amor, o rico é amor, o esfomeado é amor, o farto é amor, o são é amor, o insano é amor, o esperto é amor, o burro é amor,

    que existe? amor.

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  32. o não nascido é amor.
    o nascimento é amor.
    a vida é amor.
    a morte é amor.
    o passado é amor.
    o presente é amor.
    o futuro é amor.
    o infinito é amor.
    o finito é amor.
    yin é amor.
    yáng é amor.
    o bem é amor.
    o mal é amor.

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  33. o amor é a realidade última.
    a realidade aparente é amor.
    só há realidade última.
    só há amor.
    a mente é amor.
    a consciência é amor.
    o pensamento é amor.
    o ódio é amor.

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  34. tudo se reduz ao amor e o amor reduz-se a tudo.

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  35. tudo é uno e tudo é duplo.
    tudo é sujeito e tudo é objecto.
    tudo é o mesmo e tudo é outro.
    porque tudo é amor.
    o amor movimenta.
    o amor cria.
    o amor direcciona.
    o amor sustenta.
    não há destruição.
    a destruição é amor.

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  36. perguntas: como devo viver? (a pergunta perene que confere sentido a tudo)

    respondo: amando o que verdadeiramente amas.

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  37. Grato pela explicação31 de maio de 2009 às 00:07

    Ok, percebi: tudo é amor, logo nada é amor, o amor não existe. Obrigado.

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  38. errado

    só o amor existe
    e tu podes escolherb

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  39. Quem verdadeiramente ama não fala de amor - Agostinho da Silva

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  40. põe as coisas de outra forbma

    se só tu existisses, não existias?

    do mesmo modo

    se só o amor existe o amor existe.

    a menos que me expliques melhor essa tua ideia de algo que como é tudo não é coisa alguma

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  41. "se te amo não tenho vergonha de o dizer" Quinta do Bill

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  42. Existir é ser diferente de outra coisa. Se só há uma coisa, nada tem de que se diferencie e logo não existe.

    Se apenas eu existisse, nunca seria eu.

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  43. topo e discordo.

    terias consciência de ti. a cisão existiria em ti.

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  44. sabes explicar-me por que existiria a cisão em ti e por que existirias ainda que só tu existisses?

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  45. não és obmnisciente, ignoras-te e daí nasce a cisão, a que tu chamarias dualidade.

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  46. que se segue?

    que o que encontras no imo é a escuridão, treva, também chamada ignorância.

    diz-me, em que se desvela a ignorância?

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  47. em amor, a que chamarias êxtase.

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  48. por isso é aquilo a que chamarias impermanente

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  49. o amor é êxtase é acto contínuo para fora de si.

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  50. aí tens o motor imóvel, como sabes

    aquilo a que chamarias a fonte

    ou o fundo sem fundo

    embora fundo sem fundo implique já a total mobilidade

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  51. e mais fundo não se vbai por palavras

    ou vai?

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  52. http://www.youtube.com/watch?v=QTxUwDGRHqw

    ofeço-te uma oração

    respeita-a

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