Falarei sobre "Atman e anatman: a controvérsia entre brâmanes e budistas em torno do si-mesmo", numa sessão da Semana Multicultural da Faculdade de Letras, no Anf. III, no dia 22, pelas 15 h, com o tema geral de "Divergências e Aproximações entre o Budismo e o Hinduismo e a sua influência no Ocidente". O outro orador será Shiv Kumar Singh, professor de Hindi na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Deixo também a notícia do meu próximo curso na Associação Agostinho da Silva (Rua do Jasmim, 11, 2º, ao Príncipe Real).
Curso de Introdução à Filosofia e Poesia da Saudade:
5, 12, 19 e 26 de Junho (sempre às sextas) das 18h às 19h30.
Custo: 40 euros
Inscrições até à primeira sessão: agostinhodasilva@mail.pt; 967044286
1. A Saudade e o Amor nos Cancioneiros medievais, em D. Duarte, Luís de Camões e D. Francisco Manuel de Melo.
2. A Saudade no mito de Pedro e Inês e no teatro de António Patrício.
3. Saudade e saudosismo em Teixeira de Pascoaes.
4. A Saudade e a “pátria anterior” em Fernando Pessoa.
Por uma Cultura orientada para o Despertar
Ouça esta música se puder. Refiro-me só à música, não ao vídeo:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=91JAN88NpSw&feature=PlayList&p=AEB4BD323E1A71A1&playnext=1&playnext_from=PL&index=61
A realidade última é um mistério.
ResponderEliminarEstranheza constante para os que a vêem pela primeira vez.
Como quem vê tudo como se nunca o tivesse visto.
Como quem olha para uma chama e descobre a sua própria ignorância.
Fica espantado e maravilhado com aquela misteriosa aparição.
Retiro tudo o que disse, desde sempre e para sempre, e digo apenas: que Deus esteja consigo.
ResponderEliminarNão o deus dos livros, ou fechado em algum sítio ou mente, mas o Deus dentro e fora de nós.
Obscuro ou luminoso, ou de ambas as formas se assim o conseguirmos ver. Ou inexistente até, se assim o virmos.
O respirar do mundo e de cada um de nós.
Por isso digo apenas: que Deus esteja consigo e com todos, com cada um de nós. Que Deus esteja em tudo e todos. Esta é a paz que desejo. Que Deus esteja connosco. Que Deus esteja com os que sofrem. Que Deus esteja com os que não sofrem. Que Deus seja tudo e todos. Que tudo seja Deus. Que Deus seja tudo. Permitamo-nos que tudo assim seja.
Que Deus esteja com tudo e todos, em tudo e todos. Deus está em tudo e todos. Que esteja ainda mais.
Por isso retiro tudo o que disse desde sempre e para sempre e digo apenas: Deus.
Om.
ResponderEliminarNuno,
ResponderEliminarpareces um pregador da Palavra. Também és assim na rua? Onde costumas pregar? Gostava muito de te ouvir ao vivo!
Tua fã.
hehehe :) na rua sou mais contido.
ResponderEliminarNuno, tens de encontrar forma de pregar a palavra para além dos blogues... Há um mundo lá fora que precisa de te ouvir, de sentir o teu calor, de respirar as tuas ideias.
ResponderEliminarTu descobriste Deus - mostra-nos o caminho para Ele.
lolololololololololololololololololol
ResponderEliminarA coisa mais cómica que já vi:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=p-40EGOm6ms&feature=PlayList&p=AEB4BD323E1A71A1&index=63
Que Deus esteja contigo, que te faça sonhar aquilo que Ele quer para poderes guiar-nos para a Terra Prometida.
ResponderEliminarSó em ti sinto loucura, daquela que faz o homem despir-se das peles que cobrem Aquilo que tu um dia nos mostrarás. Nesse dia chamar-te-ão Nuno, o Messias.
ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah
ResponderEliminarQuando digo aquelas coisa é imbuido do espírito do mistério.
não tenho qualquer pretensão. a sério.
Apenas quero trabalhar bem e ter tempo para fazer o que gosto.
por baixo destes risos, brincadeiras e epifanias sou um mártir de mim mesmo, como sabes. Mas por baixo do mártir sou a criança.
Ser criança... deve ser o que mais gostas de fazer. Ser criança e viver aqui e agora, sem medo do passado, sem esperança no futuro.
ResponderEliminarNós, mártires, ensinamos as crianças a deixarem de ser crianças, enchendo o seu tempo com disciplina(s), testes, exames, provas globais, médias competitivas, avaliações trimestrais, actividades extra-curriculares, ... Véus que encobrem a fonte da espontaneadade, aquilo que nos faz crianças. Nós, mártires, ensinamos as crianças a serem mártires para o mundo continuar a pertencer a mártires como se não houvesse outra alternativa. A vida é um sacrifício, dizem eles... tens de estudar muito, tens de te sacrificar para um dia seres gente grande... para trabalhares, comprares coisas, avaliares os colegas, seres avaliado por eles, teres coisas, ter, comprar, sacrificar, para teres dinheiro para fazeres o que mais gostas, sendo o que mais gosto aquilo que outras «peças» como eu também mais gostam.
Chega de ser mártir! É preciso dar um pontapé neste sistema obsoleto em que nos encontramos! Quero ser criança desde o nascimento até à morte. Alíás, quero ser criança da morte até ao nascimento também! Para isso, é preciso crianças como tu, Nuno, loucas e de-mentes, insanas e puras com quem nós podemos brincar neste grande jardim infantil que é o mundo, o tudo i-lusório que é o nada real.
Era bom que o mundo fosse um jardim de delícias... mas não é. A criança tem de se esconder e mostrar a sua face adulta, tais os papéis que representamos na sociedade.
ResponderEliminarPara além de que há tanta gente a sofrer que nós, com as nossas teorias sofisticadas, com os nossos blogues, com as nossas tretas, nem sabemos quão fúteis somos.
Penso que ser criança é também livrar-mo-nos destas futilidades que nos obnubilam a vista, de palavras como "obnubilam", e brincar com as outras crianças.
E como é sério o brincar.
Se cairmos na realidade, vemos como há neste momento pessoas em grande aflição: a serem violentadas das piores formas físicas e psicológicas, a sofrerem dores mentais, e assim por diante.
Mesmo que o mundo não seja cruel para nós, penso que deveremos admitir que é cruel para muitas pessoas. E que há muito sofrimento por aí.
Ao mesmo tempo, há muito bem, se algum bem houver no mundo. Devíamos viver em paz uns com os outros, coisa que não acontece.
E não há uma razão para isso, há inúmeras. Tal como reduzir o mundo a uma única entidade parece impossível. Aparecem sempre duas:
a matéria, a consciência
o bem, o mal,
o permanente, o impermanente,
e isto se não houverem mais.
Tanto texto para dizer que só sei que infelizmente o mundo não é um jardim de delícias.
Mas há pessoas que lutam e o mudam para melhor: há dias assisti a uma conferência de um arquitecto sevilhano, Cirugeda - vejam a obra dele e o tipo de trabalho que faz. É impressionante!
Penso que precisamos de pessoas como ele em todas as áreas e, para não me armar em totalitarista, digo se não em todas, em algumas.
De resto, eu pouco tenho a dizer ao mundo e por isso escrevo estes textos e me fico pelos blogues.
Sou uma pessoa mais interessada no mínimo e no máximo, o que é pouco adaptativo, e pouco competitivo.
O mínimo que é o não ser Deus, o máximo que é o extâse. O extâse da música, o extâse da imagem, há muitas formas de chegar ao extâse.
Escrever é uma delas.
Comunicar é outra.
E depois de tanta escrita não concluo nada. As ideias estão ali no meio do texto.
Quanto ao trabalho de ser professor, já tive essa experiência e é realmente tramado. É difícil ser confrontado constantemente pelos alunos, chegar a casa e ter de preparar o dia seguinte, estar em constante actualização, instabilidade de horários, reuniões chatas, avaliações, recuperações......... e sim, não se aproveita o potencial de muitos alunos.
Agora faço algo de que gosto mais e para o qual tenho eventualmente mais vocação.
Concordo em parte com essa perspectiva de criança, mas concordo com algo que me disse um amigo há uns tempos: que é importante que cada elemento seja útil à comunidade em que se insere.
O texto vai longo como a noite que corre e por isso por aqui me fico.
Abraços e beijinhos. Já sei que amanhã vêm as críticas, mas "tá-se".
Boa, Nuno! Assim todos abrissem a alma como tu!
ResponderEliminar(Mandou-me o Obscuro que viesse com esta, diz que Saudosa sem razão, como soi ser a Saudade)
ResponderEliminarVejo o meu ser a passar
Vai com Saudades de mim
Leva numa mão a Rosa
Na outra, a taça do Fim
De tanta luz que perdi
Me achei sem nunca me ver
Caminhos que percorri
Outros de puro não Ser
Cansei-me de tanta volta
Fiquei parado no meio
Dei comigo em outra rota
Perdido em todo esse enleio
Ao fim de tanto zarpar
De mim mesmo separado
Cansei-me de te esperar
Da Saudade ando apartado.
Obscuramente,
Ob-skureze Amen-Te y DeZZZesperTTa!
ResponderEliminaralma do Obscuro.
ResponderEliminaré um poema bastante luminoso, porque verdadeiro.
Luminosamente,
Nuno.
Aquele que é Saudade é apartado de tudo e unido a tudo. Ama tudo na sua Outridão. É essa a natureza do Amor, dirigir-Se ao que é outro. Por isso tudo existe.
ResponderEliminarE o verdadeiro ódio não existe, no fundo está sempre o Amor, por mais estranho que possa parecer.
ResponderEliminarPenso que há uma letra dos Pink Floyd que diz "one inch of love is one inch of shadow", do Set the contros for the heart of the Sun.
O Amor é luminoso, mas a mente, na sua liberdade, perde-se nas trevas deambuláticas.
Haverá cura?
Quanto ao si-mesmo, que é o tema subjacente a este post: se falamos num si-mesmo eterno, ponho a crença em suspenso. Se falamos num si-mesmo corporal aqui e agora, aceito a crença e aceito-o como algo que está fluindo no corpo ou que acede a tudo isto. Se falamos num si-mesmo igual ao longo da vida, ou o aceito como objecto da imaginação ou aceito a imaginação como capacidade de conhecimento, abrindo o leque dos sentidos e do raciocícinio. A aceitar este último caso, aceito alguns objectos da imaginação como tão reais como os dos sentidos ou os do raciocínio. Para além disso, para raciocinar é necessário imaginar. Como recordo alguém um dia ter dito - "a imaginação abre-nos as portas para o infinito". Não sei se é verdade, mas se é necessária para raciocinar e se o raciocínio é nec. p conhecer, é necessária para conhecer. Se tudo o que basta para conhecer são os sentidos, então ela não tem papel, para além do lúdico. Gostaria que assim não fosse e que fosse aceite como uma capacidade para conhecer objectos que lhe são próprios. Tê-la como codição necessária e suficiente para conhecer alguns objectos, o que é impossível, dado que tem de haver consciência, nem que ao nível mais profundo de receptáculo das imaginações. O que é uma pena.
ResponderEliminarQue se lixem as críticas! Tá-se.
ResponderEliminar0 (zero?),
ResponderEliminarPUr ESsá HA VIIia Sé dESPeRTaÁ BUUdá. ZÉ00Ró!
sim, fui seu aluno durante dois ou três anos, obrigado pelo convite.
ResponderEliminarNão sei se posso dizer isto... acho que posso: baal, que prazer vê-lo em letra azul... baal...
ResponderEliminarSeja muito bem vindo
Um sorriso de Saudades.
Isto com letra azul é diferente... é como andar de fato e gravata.
ResponderEliminar"É como andar de fato e gravata." Isso mesmo! laab.
ResponderEliminarÉ tudo ao contrário! como andar de gravata e fato!
São "controvérsias budistas-brâmanes" Filosofias da Saudade...
Outro...
obrigado, saudades
ResponderEliminarlaab , o meu bairro é azul, é a cor das casas,dos jardins,do céu e dos fatos de macaco dos operários. ao fim-de-semana vestem-se de fa to e gravata e colocam um lenço branco na algibeira do casaco azul e caminham para o baile onde pensam impressionar a futura mulher, camarada e mãe dos filhos.