"A arte de filosofar não consiste em escrever livros, em proferir conferências, em minutar lições que, ostensivamente, efectuem transmissão de ensino público. Todas as manifestações da filosofia, que os bibliógrafos registam e os biógrafos explicam, combinando a bibliografia com a biografia, resultam de uma actividade inaudível e invisível a que se dá o nome secreto de pensamento. Maior é o número dos filósofos que cogitam, meditam e especulam, sem que os seus contemporâneos sequer suspeitem, do que o número daqueles que pretendem tornar-se célebres com exibir erudição aprendida em arquivos, bibliotecas ou museus.Cumprindo os ritos religiosos, políticos e morais que são a praxe no círculo social em que preferiu viver e conviver, o pensador sincero fica mais livre para na solidão reflectir sobre os problemas humanos, os segredos naturais e os mistérios divinos. A cada alma esclarecida no cultivo da ciência e inflamada pelo amor da verdade obsidia sempre um só problema, segredo ou mistério, a que atribui primado na ordenação de todas as interrogações que estimulam o pensamento até à hora da iluminação suprema"
- Álvaro Ribeiro, A Arte de Filosofar, Lisboa, Portugália, 1955, p.9.
Mais outro grande desconhecido dos portugueses... Grato por recordá-lo.
ResponderEliminarÁlvaro Ribeiro foi daqueles poucos que não esqueceu que o fim último de toda a actividade do espírito é a "iluminação suprema".
ResponderEliminarA epopsia, a "epopteia", o derradeiro grau da iniciação nos mistérios de Elêusis...
ResponderEliminara arte de roubar..
ResponderEliminarOu a arte de cavalgar... de bem cavalgar em toda a sela?...
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