A Vida é Via, não passagem nem miragem.
A cada instante isto dói ou sorri
no fundo de todas as dores e sorrisos,
ausências e presenças,
tristezas e alegrias,
no sossego e na revolta,
tudo é sinistro e adestra para a desaparição da memória,
e enfim recobrar o dom de contar de zero a zero
na eterna estaca aonde não se volta nem de onde se começa
somente culmina e assinala, feliz, apenasmente feliz,
a mais remota esperança perdida de um dia se deixar de ser Via.
realizei o que procurei e abandonei.
ResponderEliminardeixei de querer, voltei a querer.
esqueci-me.
é isto a vida uma condenação.
post de um deus feliz
Belo poema, cheio daquela profundidade que faz a poesia
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ResponderEliminarGostei, Luiza.
ResponderEliminarA vida é via, sim; para mim, deverá ser a do coração, soprada pela intuição ditada pelas estrelas e só assim se constituirá razão...de ser.
Concebo-a como passagem, uma espécie de limbo entre transcendente e imanente, ainda com tanto de efémero, quimérico e ilusório - acho que é por isso q tanto me seduz a linha do horizonte, local não-existente onde se beijam o céu e o mar. E, nessa contemplação, sou tb "feliz, apenasmente feliz".
Bj e dia feliz
Deixar de ser Via...partir, simplesmente partir para o não-lugar.
ResponderEliminarSorriso com pé de videira para ti, aí no Alto, de onde és.
é sempre a mesma história ´e uma história, 'for love and glory' santiago é o santo da minha terra, isabel o nome da minha irma, adeus
ResponderEliminarComo partir para o não-lugar!? Que via haverá de nenhures a nenhures, de zero a zero!?
ResponderEliminarNão seremos escravos de palavras que nada significam?
Acredito que as palavras significam o que nunca sequer saberemos abarcar. Existem mais as palavras do que nós que as usamos; escravos sim, de determinados significados que pensamos dominar, mas há mais significado nas palavras que pensamos nada dizerem. Afinal essas palavras vêm até nós, não as imploramos, não as solicitamos, não as convocamos sequer para se reunirem connosco. Escrever e pensar não implicam a existência de uma vontade que se escravize perante o que é, quando muito perante o que não se sabe. É desse lugar/não-lugar que vem o significado para além de cada um que escreve ou pensa. A única via deve ser mesmo a que vai de "zero a zero", por já não implicar sequer movimento.
ResponderEliminarObrigada pela objecção.
Sabemos o que somos? Sabemos o que é uma palavra? O que é ser? O que é uma palavra?
ResponderEliminarNão. Não. Não. Sim. Respondo assim às 4 perguntas. Mas não posso dizer-lhe mais. Posso um sorriso que não sei se existe,(...) se existe como uma palavra, como uma canção, como um movimento no corpo de uma bailarina cega, ou numa bailarina de tango. O mesmo.
ResponderEliminarSorriso
de 1 a dois, de um bilião a dois o espaço é o mesmo. lembrem-se da nomada.
ResponderEliminarleibniz
monada, é a vida todos nos enganamos
ResponderEliminarpara o Baal um sorriso. Ele que tem uma irmã com o meu nome e um santo na terra com o meu nome...mil sorrisos, aliás!
ResponderEliminarisabel,é verdade
ResponderEliminarnão disse que não era. Tentei dizer que era belo, haver entre nós um caminho com irmãos e santos. Tão só! E sorrir, porque sorrir é encontrar caminhos para as palavras que estão para além do significado...a sério!
ResponderEliminarOutro e muito sincero sorriso.
Um sorriso a todos vós.
ResponderEliminarO significado é uma impressão, e está na palavra (o)usada ainda que esta o não expresse ou clarifique.