segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ryno

«O vento e a chuva cessaram, o zénite está sereno, as nuvens dissipam-se, o Sol, retirando-se, ilumina a colina com os seus derradeiros raios, o rio corre avermelhado da montanha ao vale. Doce é o teu murmurar, ó rio!, mas mais doce é a voz de Alpin, quando ele entoa o canto fúnebre. A sua cabeça pende com a idade e os meus olhos cavos estão rubros de chorar. Alpin, excelente cantador, porque é que na colina silenciosa, tu gemes como uma rajada de vento na floresta, como uma vaga numa praia remota?»

Goethe in Werther, Editorial Verbo, p.166.

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