segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Homenagem

O homem nasce quando se levanta de haver nascido.

14 comentários:

  1. Homem-nagem?

    Excelente como está, sem tirar nem pôr.

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  2. algum de nós se levantará de ter nascido? só quando escolhemos a ausência...

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  3. Levantar-se de haver nascido é reconhecer que jamais se nasce em absoluto. Não se escolhe a ausência, ela é a nossa natureza incriada e jamais entificada: abs-entia. Este um dos sentidos profundos da saudade: sentimento/sentido da ausência, não só como fruto da separação e da distância, mas como abs-entia, presença aberta, não entificada, vacuidade.

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  4. continua a conversa idiota. aqui nunca se cansam. de fato não há limite para a estupidez

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  5. De facto não há, anónimo. Tu o mostras.

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  6. «Quando for levantado da terra, atrairei todos a mim.» João 12:32 (inscrito na Cruz Alta, em Almada)

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  7. "A vida é uma simples sombra que passa (...); é uma história contada por um idiota, cheia de ruído e de furor e que nada significa."

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  8. “Que é a vida ? Um frenesim. / Que é a vida ? Uma ilusão, / Uma sombra, uma ficção, / e o maior bem é pequeno, / que toda a vida é sonho, / e os sonhos sonhos são” - "La Vida es Sueño", II, XIX)

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  9. Desmaio ao crepúsculo.

    Ampara-me, esmaga-me rosas no peito, morde-me a boca.

    Segreda-me Aquilo.

    Tudo ressuscitará de haver nascido.

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  10. existe um príncípio que não passa pela linguagem, todos o 'conhecemos',
    não queremos reconhecê-lo.

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  11. A aphorese da Luiza é desenhada com uma lâmina de dupla face interrogante, que radica no nenhures duma tal suspensão do pensar em circulação uroboros e, por isso, é abismicamente silenciante e silenciadora: aqui ouvimos apenas alguns contra-ecos (eu incluído)...
    Grato, como sempre, Luiza|

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  12. De Pé (Saudação a Antero)

    «Força é reconhecer
    Que a morte, quando escolhida
    É uma espécie de antever
    A vida dentro da vida
    É parecida
    Só parecida
    Com a vida por viver

    Num jardim quadrangular
    À vista do oceano
    Pode perder-se o olhar
    Na praia do desengano
    É humano
    Sobre-humano
    É ter um canto p'ra salvar

    De pé, meu canto, não te rendas
    Saúda o mestre das oferendas
    Canta, canta, coração
    Que o poeta só te dá o que lhe dão

    De pé, memória do futuro
    Há sempre luz ao fim do escuro
    Numa ilha só morre o que lá está
    O que conta, no que foi, é o que será

    É bem pobre condição
    Render-se ao desespero
    E ler só morte na mão
    Direita de Antero
    O que eu quero
    Porque quero
    É negar a negação

    Há uma ausência feroz
    Que veste a nossa mágoa
    E esquecemos que é por nós
    Que a fonte deita água
    Mas eu trago-a
    Mas eu trago-a
    É a razão da minha voz»
    José Mário Branco

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