quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Diálogos I

Escaping from reality”, Rui Fernandes, professor de Artes na ESEN


Penso que os lugares naturais são animais como nós. A torrente que desce ou a margem que escava são semelhantes à ave que plana à espera no ar ou no burro que trepa hesitando. As abóbadas das cavernas-sombras estão cheias das figuras que as constelações compõem.” Pascal Quignard, Terraço em Roma

É Meaume quem o diz e disse-mo a mim quando atravessava o corredor para ir ter com quem se atrasa a chegar. O livro do Quignard é também a paisagem onde poisam as tuas aves azuis. O céu onde pões a esvoaçar o que geras com movimentos desequilibrados, porque ainda não consegues a harmonia do que sobe acima de ti. As tuas visões planam por cima de ti à espera do ar. Não muito longe, um anjo de Rilke ufana as suas asas e gera em mim a mesma mancha, um rasgão e uma abertura. No corredor, a parede onde encontro quietas as tuas paisagens parecem-me cavernas-sombras de onde saem as criaturas que só existem enquanto te oiço falar. Tu dizes “peixes”, eu digo “anjos”. Tu dizes “mostro-te esta fotografia”, eu “contemplo uma gravura que partilhas e concebes com Meaume”.

É a matéria que imagina o céu. Depois, é o céu que imagina a vida. Depois, é a vida que imagina a natureza. Depois, a natureza cresce e mostra-se sob diferentes formas que concebe muito menos do que inventa revolvendo o espaço. Os nossos corpos são uma dessas imagens que a natureza tentou junto da luz.” Pascal Quignard, Terraço em Roma

Em particular esta, mas é uma gravura e não uma fotografia de onde, como na chapa originária, sobressai como da massa esmagada pelo buril do gravador, também chamada “berço”, as paisagens antes da predefinição das figuras. Esta gravura é uma tentativa da natureza absorvida pela luz e não consumida pelo tempo. É a matéria que inventa o que o nosso olhar não vê. O céu. É a distância que gera o que não morre. A vida. É a vida que discrimina o que morre e muda. A natureza. Os movimentos seguem-se naturalmente da mudança e da revolta. Ter que nascer e mudar, ter que perecer. Ter que conseguir perpassar por entre os movimentos que reproduzem as figuras: transfigurar a matéria em luz. O corpo. Pode o corpo ser o berço do que dorme em nós até ao despertar vivíssimo do sonho? Fixo o olhar na gravura e nela está uma matéria esmagada que abre passagem ao que a matéria sonha e pode vir a ser pertença do céu, da vida, da natureza, do espaço, da clarividência. Não-lugar onde tudo se co-pertence e é em uníssono vibrar. A luz. Recebes, quando olhas, os fragmentos que acordam da descensão encadeada do gerar da matéria à figura. Nas paredes do teu ver-sonhando, numa espécie de olhar sonambólico que te arrasta para o que ainda não acordou, se a matéria for a caverna, a tua visão é o útero onde as formas, antes da figuras, se desprendem de uma distância que as torna irreconhecíveis para não dizer invisíveis e são como o alvo do Amor. No útero do teu olhar as imagens que permanecem no espírito, como as imagens do Amor são, sem rosto e sem nome, indefiníveis e irresistíveis, e parece que te perseguem na consciência e na inconsciência para te lançar para fora do mundo. A tua visão é assaltada pelo que vem de antes do tempo de haver mundo. Por isso, como Meaume, o que começava por desenhar os motivos em papel azul, o que via os cardos que levantavam no ar a sua cabeça azul, o que sabia que as borboletas azuis, mesmo poisadas, envelheciam, tu conduzes-nos à caverna antes da História e nas paredes azuis do céu revelas o mais vivo, o mais natural, o mais luminoso, para não dizer o mais numinoso, o mais numenal. Há um momento em que me pergunto se não é Deus que de mãos azuis me vem devolver o céu, uma parede onde a minha sombra fosse azul, o meu movimento não deixasse vinco, onde as paisagens ficassem mais nuas e um deserto fosse a última gravura antes do apocalipse, e múltiplos grãos de areia, trazidos no bico de gaivotas envelhecidas, esmagados recuperassem o berço onde ficou suspenso o compossível (?). O possível parece-me próximo, o impossível demasiado doloroso para se repetir.

Há no mundo lugares que datam da origem. Esse espaços são instantes onde o outrora se crispou. Tudo conflui neles com a antiga raiva. É o rosto de Deus. É o rasto da força primordial mais imensa que o homem, mais vasta que a natureza, mais enérgica que a vida, tão absorvente como o sistema do céu que precede os três.” Pascal Quignard, Terraço em Roma

Demoro no corredor. Não há afinal quem me venha buscar. O meu lugar é uma fissura crispada da origem e nela entrevejo o que não chegou senão a ser um instante para que confluiu a força primeva, que recua do homem, pela natureza até à vida, até antes da vida, ao céu. Esta gravura com que me visitas no não-lugar não é um motivo consciente para ti, porque tu não comunicas directamente, como Meaume, o personagem, o que vês. A visão vem mediada pela tradução. Tu és um tradutor, não de línguas, mas de seres. As formas são uma reminiscência do informe, o movimento do que está quieto, o poder da força. Não só antes da forma, como antes da cor. O azul é uma súbita metamorfose do grão da chapa original em que Deus gravou, a negro e na sombra, um sonho que teve no corpo do mundo por haver. Tu traduzes o movimento das mãos de Deus a esmagar o grão. O que se desprende desse movimento não tem nome. É uma visita atordoada que se aloja no coração e pulsa nele como um Deus que arde em mim o seu incontido desejo de criar.

Para agradecer a todos os que me dão a ver o que a escrita nunca pressentiria sem a visão rasgada pela dedicação do olhar ao informe, ao deveniente, ao ruinoso, ao instante, ao eterno, ao eterno-instante e ao instante-eterno. Ao Rui que faz o favor de ser meu amigo e me revela o que vê de um mundo a que pertenço por não ser deste. Aos que como ele trazem até mim o que as palavras desconhecem, eu desconheço e com quem vou balbuciando, como na infância. Esse ver que desencadeia o retorno e o avanço sobre o indefinido que nos pulsa suscita em mim uma muito, muito grande gratidão. Que a colham nas minhas tentativas e errâncias para dentro e fora, entre fora e dentro do que vejo na linguagem. Ao Lapdrey que partilha as minhas visões brancas, as noites brancas também. À Saudades que me canta nessas noites longas de visões e vazios.

27 comentários:

  1. Chamo-te do principio da noite, da negrura mais densa que me abraça lentamente, num vagar guloso, tão clarividente quando o da tua luz, para agradecer esse oceano de amizade que tu és. Agradeço não só por mim, agradeço pelo calor que emanas em todas as direcções. Da generosidade da tua amizade nascem textos tão redondos e perfeitos...
    Que os teus anjos Rilkeanos esvoacem na planura da cal rasgando fontes. Que as fotografias sejam sempre aberturas por onde escorrem tuas palavras, riachos límpidos onde os peixes dos outros habitam.

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  2. Antes mesmo de me sentir aquiescido o bastante para caminhar com adequados passo e respir por este seu dia-logos, Isabel - ser para que, esperadamente, não logro encontrar adequado adjectivo -, uma coisa cumpre aqui desde logo dizer: quem suscita amigos e palavras como estas de Ana Moreira, só pode ser esse alguém mesmo que estas palavras dela dizem, abrasadoras: isso é terrivelmente belo de o ser, e seria terrível se assim o não fosse.

    (Melhor descalçar-me de todo o inútil, antes que eu mesmo me torne em tal ...)

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  3. O que aconteceu ao propósito inicial desqte blogue, que se transformou numa feira de vaidades?

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  4. Outra vez a "papa doce", Anónimo??

    Se acha isso, porque não dá contributo que se veja, no sentido em que entende que o blogue deva encaminhar-se?

    Faça isso!
    Surpreenda o blogue, e suplante-se!
    Por mim, aguardo em benigna e aberta expectativa! Como não?

    P.S.
    Mas, já agora, qual é precisamente o tal "propósito inicial deste blogue", a que se refere, e de que terá ocorrido desvio? Quer concretizar?

    Em tudo aquilo que tenha rumo predefinido, o mais natural é que haja desvios, leves ou acentuados.

    Todavia, naquilo (como, creio, seja o o caso deste blogue) que tem um "fito", mas que ruma ao que mais desconhece, não sei como se possa aferir, e muito menos concluir, que se haja feito desvio disso - "isso" de que, antecipadamente, se desconhece o rumo preciso.
    Não concorda?

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  5. Não, não concordo. E estou farto da conversa fiada e dos retóricos jogos de palavras que por aqui agora abundam, nesta confraria do elogio mútuo.
    E não sou o único...

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  6. Lapdrey e Ana agradeço as vossas palavras que terão outros desenvolvimentos e noutros locais.Também nem sequer tenho resposta para elas.

    Anónimo

    reconhecendo o que sente e pedindo desculpa pelo que causei, com humildade e sem outro propósito que não tentar perceber o que quer dizer, me retiro. O blog é de todos e seguramente tem espaço para si e para esses outros em nome dos quais expressa o que sente. Uma pessoa precisa parar e, sem falsa ironia ou outro sentido, acredito que pode dar novas peles e vidas à Serpente. Não sinto que é por sair que lh,e ou vos deixo mais espaço, esse espaço sempre existiu. Mas às vezes, saindo uns, outros espaços mais visíveis se tornam. Espero que isso aconteça. Um sorriso para si e para os que representa.

    Não desejo mais do que, por favor, deixem de se envolver nesta disputa que não tem a ver com o texto e com a fotografia e seguramente comigo. O texto fui eu que o coloquei e já pedi desculpa, mas não disputem argumentos pelo que não tem relevância. Segue-se caminho à frente. É muito vosso.

    Força e boas produções! Ler-vos-ei com atenção e dedicação.

    Cordialmente

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  7. Há duas "hipóteses" na sempre trina bifurcação (isto aqui tinha de ser especial):

    1. Be my guest! Ou seja, beneficie da hospitalidade de Paulo Borges. Esta, a todos quantos a aceitem, cumpre que o façam conforme fazem em casa de amigo.
    Amigo, porém, muito peculiar: imagine alguém que é, a um tempo, conhecido desde sempre e que acabou de conhecer. Tente, como visitante, exercer-se entre tais balizas!
    Verá que não é fácil, se recusar a si mesmo o caminho do fácil.

    2. Segunda alternativa, falando mal e depressa: Pire-se a sete pés, deste lugar que tanto e em tanta coisa lhe desagrada! Esta também é boa.
    Parece mais fácil, mas "nem pó"!
    O desejo de "sarnar", de "insistir melgantemente" (não digo que seja o seu caso, ok?), ou de enviar "telegraminhas" é mais forte que o próprio bom-senso ou senso-comum do "quem está mal, muda-se!".
    Mas tudo tem um razão.

    3. Esta terceira alternativa da bifurcação de três caminhos é um "salta-fora" - que tanto mais mergulha dentro, quanto mais respirar o seu ar puro!

    P.S. Entretanto, eu bem me esforço, mas o meu amigo contribui só aos bochechos...
    Já me cheira aqui um tanto demais a "Oratol"!
    É melhor baralhar, e dar de novo!

    P.S.2
    Com isto, ainda não me viu queixar-me de algum desvio quanto a comentar-se o espantoso texto de Isabel Santiago.
    E como eu bebo, sorvo, acaricio e afago com os sentido e o sentido interior tal texto!!

    (Logo aqui haverá, já se sabe, alminhas desalmadas que tresleiam aquilo que eu estou escrevendo.
    Mas isso é problema exclusivo da desalmice; não, de quem tem a alma no seu devido lugar...)


    - Ainda cá virei, pela Isabel, e por suas palavras, de tão etéreo cachoar de brisas brancas, em seu tão excelso excesso de ver belo ...

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  8. Como pétala que acordasse morta, lacrimeja-se-me hoje aqui algo, Isabel!
    Mas... um dia haverá em que o mesmo farei...

    Cada vez mais ganha em mim sentido de ferro em brasa essa espécie de "cognome" que, num dia e tempo que não lembro, me escutei como "peregrino de mim nos outros".

    Alguém assim, não se fixa, por certo.
    Passa... e o rasto que deixa é o mesmo passo que não arrasta.

    Por isso, a memória de um tal permanece talvez como nenhum outro, porque foi porventura perto de ser o "lugar do não lugar".
    Este, Isabel, vejo eu como o seu nome: lugar do não lugar...

    Aceno infindo, amiga que me cala os adjectivos e me dá escuta e leitura de íntimos e tão cálidos segredos, murmurando a rara doçura dos mais ajardinados clamores ...

    Até já...
    no sempre... nunca!

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  9. Isabel,

    ...Claro que a Saudade e a Saudades lhe cantam e se encantam da sua pura voz que no diálogo se diz. E quando traz Quinhard no vento, ainda mais a minha canção enche o ar, e mais aponta a norte essa ave que nasce dentro da mesma chapa a azular o céu; a arder entre corredores da conversa como quem se dá a mão e um rasgão, um corte no anjo de Rilke é quanto precisamos para haver "poetas" "peixes" e "anjos".
    E cada gesto, cada olhar no corredor que atravessamos, uma ponte se constrói para a ilha que sabemos sempre há.


    Um aceno que é uma ida ao texto, "uma ida sem regresso" como me dói lembrar.

    Um beijo tardio de boa noite.

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  10. Isabel, no meio das avaliações do segundo semestre não tive sequer tempo de ler o seu post. Quando aqui agora chego, deparo-me com o seu anúncio de que se retira. Peço-lhe por favor que o não faça, porque sinto isso como uma perda pessoal e sei que não expresso apenas o meu sentir.
    Comentários destes sempre houve, neste blogue, e nem me parece que fosse dos mais ácidos ou sequer a si dirigido. Faço questão que este seja um espaço onde tudo pode ser dito, dentro dos limites da civilidade, e por isso tenho recusado introduzir a moderação ou restrição de comentários. Mas digo sinceramente que preferia fazê-lo a perder a sua colaboração, das mais elevadas que a Serpente conhece.

    Em nome do apreço e amizade que por si tenho, peço-lhe pois que reconsidere.

    Um sorriso caloroso

    Paulo

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  11. Isabel,

    Fora de questão! a Isabel não nos pode fazer isso... O que seria de mim, de nós?

    Agora não posso... voltaremos a conversar...

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  12. Que os Anjos se não melindrem e eternamente voem no espaço que são, transmutando em asas todas as labaredas vomitadas pelos demónios, Anjos em embrião. Tudo isto é uma Serpente emplumada!

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  13. Ó Isabel Santiago, não entres nessa! Escreves tão bem e tens uma atitude tão bacana! É só fumaça escura! Deixa-os viver a todos. Há aqui tanta gente que aprecia o que escreves, sendo ou não leitores com uma participação activa! Então vais deixar assim o teu Amigo, os teus outros Amigos e leitores como eu que te admiram?!… A sério!...

    Também acho, Professor Paulo Borges, só pela Isabel Santiago valia a pena essa cena meio careta do moderador de comentários!

    Não nos abandones. Estou farta de partidas! Do lenço branco a abanar com uma mão à janela de um comboio que parte para o nunca mais…das lágrimas nos olhos, do coração apertado…Ainda és da linhagem das princesas e agora queres-te retirar!

    Um abraço

    ( Desculpa esta linguagem de putos, mas hoje apetece-me escrever assim. Há dias! Apesar da forma, o espírito é sincero)

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  14. à Isabel Santiago

    Apenas e muito, posso dar-lhe este abraço, que em redor dessa visão lhe agradece as suas palavras que tão bem revestem este vazio.

    Eterna, aqui ou pelo vento, um eco da tua voz...

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  15. A ironia anónima "não dá nem para começar"!
    É tipo bota cardada! Riso buçal e bocejo de bocarra escancarada, enquanto o miolo se fecha (não pode estar tudo a funcionar ao mesmo tempo, não é?)

    Videogames a mais e jogo da vida a menos, é no que dá!

    Pobres putos!...

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  16. Lapdrey,

    É anónimo, é linguagem “rasca”, mas não é ironia! É sincero o que disse e a linguagem que utilizei foi a que espontaneamente surgiu. Pedi desculpa, por achar que a Isabel Santiago é de facto uma Senhora.

    Outra coisa:

    O tratamento por tu é o mesmo que dizer: proximidade, não no sentido de ter o mesmo alto nível que ela tem.

    Tente perceber, Isabel Santiago. O tom não tem ironia.

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  17. Outra coisa ainda Isabel Santiago:

    Para perceber a intenção que preside às minhas palavras, imagine que somos as duas amigas de longa data e não apenas conhecidas. Tratar uma conhecida por amiga e um desconhecido por amante não será isso, uma forma de respeito?

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  18. Isabel Santiago, sou eu o anónimo que publicou o comentário que pelos vistos a magoou.
    Quero-lhe dizer que lamento agora ter cedido à irritação, mas que de modo algum ela dizia respeito a si, das poucas pessoas que respeito neste blog. Nunca diria o que disse a respeito de si nem dos seus textos. O meu alvo eram outros, mas aceito ter sido injusto, mesmo para com esses.

    Peço desculpa a todos.

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  19. foi com tristeza que tomei conhecimento da sua decisão.

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  20. Isabel,

    Felicito-te a expressão de liberdade e inteligência. Para estares e não estares quando muito bem entendes e pressentes, entre os presentes. Nas condições e marés de Aqui.

    "...a natureza cresce e mostra-se sob diferentes formas que concebe muito menos do que inventa revolvendo o espaço."

    Aguardo teus próximos diálogos.

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  21. Rui (apesar de não o conhecer, não pude deixar de me sentir tocada pela fotografia), a Isabel considerou que era uma gravura, eu digo que é uma pintura. Parece-me um palimpsesto de uma pintura, de uma outra pintura. A combinação das cores é fortíssima. Uma parece revelar o que a outra parece esconder. Grande fotografia!

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  22. Obrigado, Brunhild.

    Acredito que, entre outras, a qualidade do "abstracto" se veja na possibilidade de variáveis interpretações e sensações.

    Julgo que a ideia de gravura se possa relacionar com o post original desta foto:
    http://www.flickr.com/photos/ruinog/462783705/in/set-72057594143453024/

    É um prazer estar aqui.

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  23. Rui,

    Obrigada por este link. Hoje, já não terei tempo seguramente para o ver, assim que tiver voltarei aqui lhe falar. Também gosto muito de o ver por aqui para estes "Diálogos".

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  24. Gratíssimo a Rui Fernandes pelo link ao seu deslumbrante trabalho, acessível no Flickr.

    A sua obra é um hino à atenta minúcia do olhar, detendo-se no detalhe "auto-fugente".

    O sentido holónico do "detalhe" transmuta este em nova totalidade, e patenteia infindos universos dentro de outros universos infindos.
    A realidade captada "de perfil"!

    Deixo aqui - não também mas sobretudo - a minha profunda gratidão (mais uma) a Isabel Santiago, por esta dádiva sem tamanho, a juntar ao inesgotável e precioso códex de leituras trespassadas de sublime, que aqui deixa a quem queira consentir-se ser tocado por tamanha capacidade de deslumbre, adejando a ténue pálpebra de tudo.
    O mesmo aceno, sempre!

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  25. Muito obrigado, Lapdrey.

    É um prazer ler palavras carregadas de tanta imagem!

    Um agradecimento extensivo à Isabel, naturalmente.

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  26. Vozes de burro não chegam aos céus!!!
    E além disso só lê este blog quem quer...!

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  27. cara Isabel e Rui, estes diálogos: texto e fotografia combinam na perfeição, será uma perda muito grande que se fiquem pelo primeiro!
    Gostei da ideia de um palimpsesto Brunild, confesso, que até voltei lá para ver melhor a fotografia ampliada.
    Volte, Isabel, e traga as fotografias do Rui!

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