Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Caos
A música é de Vangelis e chama-se Heaven and Hell. Para mim, é uma representação do caos. Agradeço ao autor: gedeon.
Também tu vens com a força da música e com a poesia, também tu és flor que percorre os caminhos da serpente! Bem-hajas e sempre fiques...sopres na manifesta força dos ventos bons.
Madalena, Vangelis é quase sempre (atrevo-me ao eventual exagero) inspirador do que de melhor há e haja em nós. Este vídeo não foi um das excepções.
Vejo ali, sim, a imprevisibilidade caótica, mas vejo também o jogo pulsional ad intra da chamada Vesica Piscis, arquétipo geométrico sagrado que representa a dualidade (ainda) harmoniosa e involuída, estruturante de tudo quanto "depois" se faz tessitura estruturada e evolutiva do cosmos do(s) universo(s).
Espaço e tempo estão aqui como que indivisos, unidos numa relação que será paradigma de toda a tensão "posterior" entre correlatos.
Quanto a isto têm ainda muito a dizer-nos Empédocles e Anaxágoras: naquele, com o "Amor" e o "Ódio" em tensão por toda a parte, bem como a mistura e dissociação que mutuamente os activa, reacciona e sinergiza; neste, com a noção algo precursora da visão "holónica" das coisas, actualissíma, a de que em tudo há uma parcela de tudo, e que o todo é "mais" que a mera "soma" das partes.
Foi, pois, todo este jogo primordial de coisas, entre outras porventura mais dificilmente partilháveis, que me assomou ao espírito, cara Madalena.
Gratíssimo, pois, por esta convocação do quiçá também serpentino Vangelis. Abraço! (Claro que é serpentina, se não aqui não estaria, agora e deste modo!)
Não toques nunca a minha pele Volteia em meu redor como asas de pura energia, Partículas de uma dança cósmica Que me envolve de luz Evolada pomba a mim sobrevoando.
Esta a música que aqui oiço Vai alta e se apaga no frio do espaço No imo do dia,Ñão toques, expande Em meu sorriso a luz que me visita Estrela será, pois brilho nela vejo Vejo-me estrela e acabei de brilhar.
Mas o Caos é isso mesmo, dualidade e tensão e só quando essa dualidade e tensão encontram o equilíbrio é que o Caos se organiza e gera vida. Já leram o Caos, de James Gleick? Imperdível. E sim, até lá, até ao equilíbrio, "não toques a minha pele".
Também tu vens com a força da música e com a poesia, também tu és flor que percorre os caminhos da serpente! Bem-hajas e sempre fiques...sopres na manifesta força dos ventos bons.
ResponderEliminarVentos do Bem,
ResponderEliminarObrigada pelo carinho.
Madalena, Vangelis é quase sempre (atrevo-me ao eventual exagero) inspirador do que de melhor há e haja em nós. Este vídeo não foi um das excepções.
ResponderEliminarVejo ali, sim, a imprevisibilidade caótica, mas vejo também o jogo pulsional ad intra da chamada Vesica Piscis, arquétipo geométrico sagrado que representa a dualidade (ainda) harmoniosa e involuída, estruturante de tudo quanto "depois" se faz tessitura estruturada e evolutiva do cosmos do(s) universo(s).
Espaço e tempo estão aqui como que indivisos, unidos numa relação que será paradigma de toda a tensão "posterior" entre correlatos.
Quanto a isto têm ainda muito a dizer-nos Empédocles e Anaxágoras: naquele, com o "Amor" e o "Ódio" em tensão por toda a parte, bem como a mistura e dissociação que mutuamente os activa, reacciona e sinergiza; neste, com a noção algo precursora da visão "holónica" das coisas, actualissíma, a de que em tudo há uma parcela de tudo, e que o todo é "mais" que a mera "soma" das partes.
Foi, pois, todo este jogo primordial de coisas, entre outras porventura mais dificilmente partilháveis, que me assomou ao espírito, cara Madalena.
Gratíssimo, pois, por esta convocação do quiçá também serpentino Vangelis.
Abraço!
(Claro que é serpentina, se não aqui não estaria, agora e deste modo!)
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ResponderEliminarO que eu vi, quando li, ou o que li, quando vi:
ResponderEliminarNão toques nunca a minha pele
Volteia em meu redor
como asas de pura energia,
Partículas de uma dança cósmica
Que me envolve de luz
Evolada pomba a mim sobrevoando.
Esta a música que aqui oiço
Vai alta e se apaga no frio do espaço
No imo do dia,Ñão toques, expande
Em meu sorriso a luz que me visita
Estrela será, pois brilho nela vejo
Vejo-me estrela e acabei de brilhar.
Um abraço, Madalena
Mas o Caos é isso mesmo, dualidade e tensão e só quando essa dualidade e tensão encontram o equilíbrio é que o Caos se organiza e gera vida. Já leram o Caos, de James Gleick? Imperdível. E sim, até lá, até ao equilíbrio, "não toques a minha pele".
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