terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Caos

A música é de Vangelis e chama-se Heaven and Hell. Para mim, é uma representação do caos. Agradeço ao autor: gedeon.

6 comentários:

  1. Também tu vens com a força da música e com a poesia, também tu és flor que percorre os caminhos da serpente! Bem-hajas e sempre fiques...sopres na manifesta força dos ventos bons.

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  2. Madalena, Vangelis é quase sempre (atrevo-me ao eventual exagero) inspirador do que de melhor há e haja em nós. Este vídeo não foi um das excepções.

    Vejo ali, sim, a imprevisibilidade caótica, mas vejo também o jogo pulsional ad intra da chamada Vesica Piscis, arquétipo geométrico sagrado que representa a dualidade (ainda) harmoniosa e involuída, estruturante de tudo quanto "depois" se faz tessitura estruturada e evolutiva do cosmos do(s) universo(s).

    Espaço e tempo estão aqui como que indivisos, unidos numa relação que será paradigma de toda a tensão "posterior" entre correlatos.

    Quanto a isto têm ainda muito a dizer-nos Empédocles e Anaxágoras: naquele, com o "Amor" e o "Ódio" em tensão por toda a parte, bem como a mistura e dissociação que mutuamente os activa, reacciona e sinergiza; neste, com a noção algo precursora da visão "holónica" das coisas, actualissíma, a de que em tudo há uma parcela de tudo, e que o todo é "mais" que a mera "soma" das partes.

    Foi, pois, todo este jogo primordial de coisas, entre outras porventura mais dificilmente partilháveis, que me assomou ao espírito, cara Madalena.

    Gratíssimo, pois, por esta convocação do quiçá também serpentino Vangelis.
    Abraço!
    (Claro que é serpentina, se não aqui não estaria, agora e deste modo!)

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  4. O que eu vi, quando li, ou o que li, quando vi:

    Não toques nunca a minha pele
    Volteia em meu redor
    como asas de pura energia,
    Partículas de uma dança cósmica
    Que me envolve de luz
    Evolada pomba a mim sobrevoando.

    Esta a música que aqui oiço
    Vai alta e se apaga no frio do espaço
    No imo do dia,Ñão toques, expande
    Em meu sorriso a luz que me visita
    Estrela será, pois brilho nela vejo
    Vejo-me estrela e acabei de brilhar.


    Um abraço, Madalena

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  5. Mas o Caos é isso mesmo, dualidade e tensão e só quando essa dualidade e tensão encontram o equilíbrio é que o Caos se organiza e gera vida. Já leram o Caos, de James Gleick? Imperdível. E sim, até lá, até ao equilíbrio, "não toques a minha pele".

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