segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Provocacoes de Slavoj Zizek

(para ver os links referidos neste texto, acessem o original em http://mysticbourgeoisie.blogspot.com/2008_02_01_archive.html)

Monday, February 4
Infested with ideology

I could never quite wrap my head around Slavoj Zizek. The first book I ever looked at by him was The Puppet and the Dwarf: The Perverse Core of Christianity. I initially picked it up because, having been raised Catholic, I could relate to the title. However, after about ten minutes I was all like "hand me those pliers!"
This state of affairs has changed with my discovery of the following clips. I think I might be in the verge of becoming a rabid fan.

The ultimate postmodern irony is today's strange exchange between the West and the East. At the very moment when, at the level of "economic infrastructure," Western technology and capitalism are triumphing worldwide, at the level of "ideological superstructure," the Judeo-Christian legacy is threatened in the West itself by the onslaught of New Age "Asiatic" thought. Such Eastern wisdom, from "Western Buddhism" to Taoism, is establishing itself as the hegemonic ideology of global capitalism. But while Western Buddhism presents itself as the remedy against the stress of capitalism's dynamics -- by allowing us to uncouple and retain some inner peace -- it actually functions as the perfect ideological supplement.

Revenge of Global Finance by Slavoj Zizek
In These Times, 21 May 21 2005

The following is from Zizek's Interrogating the Real (pp. 84-85) in a section titled "The 'Third Culture' as Ideology." Lest you wonder precisely which 'Third Culture' Zizek is referring to, scan this 1991 screed by John Brockman. Brockman's entire book is online here.

It is thus crucial to distinguish here between science itself and its inherent ideologization, its sometimes subtle transformation into a new holistic 'paradigm' (the new code name for 'world view'). A series of notions (complementarity, anthropic principle, and so on) are here doubly inscribed, functioning as scientific and ideological terms. It is difficult effectively to estimate the extent to which the third culture is infested with ideology. Among its obvious ideological appropriations (but are they merely secondary appropriations?), one should, again, note at least two obvious cases: first, the often present New Age inscription, in which the shift in paradigm is interpreted as an advance beyond the Cartesian mechanistic-materialist paradigm toward a new holistic approach that brings us back to the wisdom of ancient oriental thought (the Tao of physics, and so on).

Sometimes, this is even radicalized into the assertion that the scientific shift in the predominant paradigm is an epiphenomenon of the fact that humanity is on the verge of the biggest spiritual shift in its entire history, that we are entering a new epoch in which egoistic individualism will be replaced by a transindividual cosmic awareness. The second case is the 'naturalization' of certain specific social phenomena, clearly discernible in so-called cyber-revolutionism, which relies on the notion of cyberspace (or the Internet) as a self-evolving 'natural' organism; the 'naturalization of culture' (market. society, and so on, as living organisms) overlaps here with the 'culturalization of nature' (life itself is conceived as a set of self-reproducing information -- 'genes are memes').

This new notion of life is thus neutral with respect to the distinction between natural and cultural (or 'artificial') processes -- the Earth (as Gaia) as well as the global market both appear as gigantic self-regulated living systems whose basic structure is defined in terms of the process, of coding and decoding, of passing information, and so on. So, while cyberspace ideologists can dream about the next step of evolution in which we will no longer be mechanically interacting 'Cartesian' individuals, in which individuals will cut their substantial links to their bodies and conceive of themselves as part of the new holistic mind that lives and acts through them, what is obfuscated in such a direct 'naturalization' of the Internet or market is the set of power relations -- of political decisions, of institutional conditions -- which 'organisms' like the Internet (or the market. or capitalism) require to thrive. We are dealing here with an all too fast metaphoric transposition of certain biological-evolutionist concepts to the study of the history of human civilization, like the jump from 'genes' to 'memes', that is, the idea that not only do human beings use language to reproduce themselves, multiply their power and knowledge, and so on, but also, at perhaps a more fundamental level, language itself uses human beings to replicate and expand itself, to gain a new wealth of meanings, and so on.

Mr. Dawkins... Mr. Richard Dawkins... Mr. Pinker... Mr. Steven Pinker... please come to a white paging telephone. In fact, why don't all-a y'all get yo lily white asses on over here!

btw, Mystic B also visited the Third Culture in Positively Fourth Street. And not in the good way.

46 comentários:

  1. interessante
    no meu macarrónico inglês de praia de há 50 anos, dá para adivinhar que pode vir aí o adiado homem-novo. Outro, claro, melhor sempre do que o obcecado consumista/predador/individualista que é cada um de nós.
    grato pela oportunidade

    ResponderEliminar
  2. Ola Platero,

    "(...) melhor sempre do que o obcecado consuista/predador/induvidualista que e cada um de nos."

    Sera? Zizek avisa neste texto que toda a tentativa de fazer surgir esse "homem novo" atraves de tecnicas criadas por seres humanos resulta num grau ainda maior de predacao e opressao do que aquele que vivemos na nossa sociedade individualista/consumista.

    O blogue de onde eu retirei o texto chama a atencao para o facto de que as tentivas de aproximar "Oriente e Ocidente" ou de "reavivar o passado pagao" experimentadas esde o final do seculo XIX resultaram todas em movimentos totalitarios com resultados desastrosos.

    Veja-se o Neo-germanismo esoterico da "Thule Society" e como este animou o desastre que foi o Nazismo.

    Veja-se o neo-Hinduismo de Julius Evola e como este inspirou o Fascismo.

    Mais recentemente, o Neo-paganismo Europeu de Alain De Benoist e a "Nouvelle Droite" Francesa, com fortes ligacoes com as "causas identitarias" Europeias e uma direita ainda mais extrema que a de Jean-Marie Le Pen.

    Os mitos do Graal, a extrema-direita Anglo-Saxonica e o Integralismo Lusitano.

    O Odinismo e a extrema-direita Germanica e Escandinava (sei do que estou a falar).

    As obscuras origens do movimento "New Age" actual, especialmente na ideia de "maximizacao do potencial humano" em ideias das quais tambem derivaram o eugenismo ...

    A forma como o "New Age" justifica o narcicismo, indiferentismo e individualismo que corroem a nossa socidade.

    Desculpem-me os Budistas presentes, mas este artigo tambem mostra como muito do Budismo, na forma como e praticado no Ocidente e incorporado nas suas praticas, pode servir para justificar formas de organizacao e practicas economicas e sociais que estao muito longe de ser libertadoras.

    Lembrem-se dos comentarios que "Alguem" fez nos idos de Julho de 2008, propondo como alternativa ao estado de coisas que se vive em Portugal uma substituicao da democracia por um sistema "rigorosamente alinhado em leis fundamentais e comandado por uma elite religioso-filosofica", tal como no Tibete ...

    Este "Alguem" defendia inclusive a acalamocao de um "Dalai Lama Luso"!!!!!

    Vao ao "link" original do texto e vejam o interessante encontro entre o Dalai Lama e um conhecido pensador Nazi Chileno, que tambem foi grande amigo de Hermann Hesse e Carl Jung (sim, o psicologo, que chegou a ser admirador de Hitler!!!!!)...

    Cuidado com aquilo que sonham, pois pode ternar-se realidade ...
    As vezes tenho a impressao que, quanto mais idealista o pensador, maior o seu potencial escravizante e letal ...

    Consumismo, predacao e individualismo sempre fizeram parte da historia da humanidade. Nao sera melhor aceitarmos que conviver com estas caracteristicas menos agradaveis do ser humano e um preco a pagar pelo pluralismo (ja nao falo de democracia, pois sei que esta esta muito longe de estar plenamente realizada)? Um preco muito mais facil de pagar do que o totalitarismo necessario para a reforma massiva da especie humana necessaria para o advento do "homem novo"?

    ResponderEliminar
  3. Meteste-te mesmo na toca do lobo

    ResponderEliminar
  4. a "Alguém"

    não me meti na boca do lobo. Ainda estou a tempo de encetar a fuga.
    Claro que devia evitar meter-me nestas "cavalarias". É o mesmo que estar a comentar ÓPERA.
    Acho que se designa por voluntarismo a tendência para executar ações sem um estudo prévio que garanta minimamente "algum" sucesso. Foi o que eu fiz, convencido de ter decoberto no texto publicado pela Ana Margarida o procurado paradigma que torne a vida, a nossa, nem que minimamente, mais asséptica.

    Dupla desculpa:
    ao autor do texto e à bem intecionada "editora"

    ResponderEliminar
  5. Tens a certeza de que o comentario do "Alguem" era mesmo dirigido a ti, Platero?

    ResponderEliminar
  6. FINALMENTE HA ALGUEM A DESMASCARAR ESTE BLOGUE - APESAR DE TODAS AS MENINAS IDIOTAS QUE POR CA ANDAM A ENFEITAR, ELE ESTA AO SERVICO DUMA CAUSA SINISTRA

    ResponderEliminar
  7. ALIAS BASTA PERGUNTAR : QUEM E O MAIOR ALIADO DESSE IDIOTA DO DALAILAMA? O IDIOTA DO BUSH. ESTA MODA DO BUDISMO SERVE APENAS PARA ATACAR O UNICO REGIME COMUNISTA DO MUNDO QUE MANTEM A SUA FORCA: CHINA. E AINDA POR AQUI FALAM DE LIBERDADE, DEMOCRACIA AH!AH!AH!

    ResponderEliminar
  8. MAS NA FACULDADE JA TODOS VAO CONHECENDO O "DALAILAMALUSO" - MAIS CONHECIDO COMO O FASCISTA DA GRAÇA- EU JA TENHO ABERTO OS OLHOS A ALGUMAS PESSOAS

    ResponderEliminar
  9. E ARRANCADO TODOS OS AUTOCOLANTES DO MIL. E AI DE QUEN EU VEJA A LER A NOVA AGUIA

    ResponderEliminar
  10. Mas que anónimo tão emotivo! Um bocadinho desacertado, não, caro anónimo? Ainda não aprendeu a discutir ideias sem ofender os autores? Se anda na faculdade, deve saber que isso constitui uma falácia!!
    O artigo da Ana Margarida é interessante e creio que para participarmos deste blog não é necessário partilharmos todos dos mesmos pontos de vista, mas o que é me ensina, caro anónimo? Que me dá a pensar?Vai chamar-me nomes por o interpelar?

    Uma das tais meninas idiotas que pululam por aí...

    ResponderEliminar
  11. MARIA DE AURORA

    SABIA QUE O VOSSO GRANDE MESTRE, O PAULO BORGES, FOI O DIRECTOR DA REVISTA ULTRA? O NOME DIZ TUDO

    ResponderEliminar
  12. E QUE PERTENCEU A VARIAS ORGANIZACOES FASCISTAS, COMO A ORDEM NOVA?

    ResponderEliminar
  13. Caro anónimo, poderá exprimir a sua opinião directamente para o mail do Paulo Borges, não necessita de o fazer em praça pública. Continua a não discutir ideias, mas apenas os seus autores.E fá-lo de forma cobarde.
    Por mim, a discussão termina aqui.

    ResponderEliminar
  14. EU NAO DOU OPINIOES. ISTO SAO APENAS FACTOS. MAS SE A MARIA QUISER ENFIAR A CABECA NA AREIA, COMO A AVESTRUZ

    ResponderEliminar
  15. Nao quero estar aqui a tomar partido a favor ou contra alguem ou algum regime, mas o Sr. (ou Sra. Anonim@) acredita mesmo que a China ainda seja um regime Comunista? Nao tem seguido a imprensa dos ultimos anos?

    A informacao que partilhou conosco acerca do passado politico do Paulo Borges nao e novidade nenhuma - pelo menos para mim, que ja estava farta de saber isso.

    No entanto, nao vejo isso como impedimento para que eu escreva aqui ou na Nova Aguia - Estou segura dos meus principios e valores. Nao sou facilmente manipulavel. Alem disso, nao devo nada a nenhum dos colaboradores nem dependo ou tenho intencoes de vir a depender de nenhum deles na minha vida intelectual e profissional.

    Ja agora, do que e que @ amig@ "Anonimo" tem tanto medo, ao ponto de se esconder por detras do veu comfortavel do anonimato? De que organizacoes e @ meu/minha amig@ fez ou faz parte? Que despeitos, ressentimentos, complexos de inferioridade ou vingancazinhas pretende resolver?

    Que favores lhe ficaram devidos?

    Va la, nao tenha medo, mostre a sua cara!

    ResponderEliminar
  16. ANA

    VOCE NAO ME CONHECE E POR ISSO NAO LHE ADMITO QUE FACA JUIZOS SOBRE MIM. MUITO MENOS AMEACAS MOSTRO A MINHA CARA A QUEM QUISER, QUANDO QUISER. APENAS QUIS ABRIR OS OLHOS A GENTE DAQUI. E SOBRE A CHINA, GARANTO-LHE QUE E UM REGIME BEM MAIS DEMOCRATICO QUE O NOSSO

    ResponderEliminar
  17. PARA SUA INFORMACAO-
    NA CHINA, NINGUEM MORRE DE FOME
    NA CHINA, TODA A GENTE TEM EDUCACAO GRATUITA
    NA CHINA, NAO SE PAGAM HOSPITAIS

    ResponderEliminar
  18. Nao lhe fiz ameacas nenhumas, apenas um convite. Nao se sinta tao ameacad@, por favor.

    Porque nao partilha conosco o seu conhecimento sobre a democracia chinesa? Pode ser bastante util para todos nos ...

    ResponderEliminar
  19. Pode apresentar dados que ilustrem o que acabou de dizer sobre a China?

    ResponderEliminar
  20. JA NO TIBETE, ANTES DA LIBERTACAO, HAVIA UM CLERO OBSCURANTISTA E OPRESSOR QUE DEIXAVA O POVO NA MISERIA A MORRER DE FOME E ANALFABETO. ISSO E O QUE A VOSSA PROPAGANDA NAO DIZ

    ResponderEliminar
  21. Tambem nao e novidade nenhuma o que acaba de dizer sobre o Tibete.

    No entanto, insiste que apresente dados, fontes incluidas, que confirmem o que acabou de dizer sobre a China.

    ResponderEliminar
  22. E ALGUEM DE BOM SENSO ACREDITA QUE O DALAILAMA E REENCARNACAO DO BUDA?
    MAIS IDIOTA QUE ISSO, SÓ ACREDITAR QUE O OS DEFICIENTES SAO DEFICIENTES POR PECADOS PASSADOS, COMO O BUDISMO ACREDITA. A ANA, POR ACASO, ACREDITA NISSO?

    ResponderEliminar
  23. Por acaso nao acredito. Nao sou Budista, mas nao tenho nada contra quem o seja e respeito as suas posicoes, mesmo que nao concorde com elas.

    Porque esta a fugir a minha questao?

    ResponderEliminar
  24. E AINDA QUEREM QUE A CHINA SAIA DO TIBETE. PARA REPOR A DITATURA FASCISTA DO DALAILAMA

    ResponderEliminar
  25. Ja agora, porque se sente tao incomodad@ com a fe e a crenca dos outros? Estranha esta atitude, vindo de um@ tao ardente defensor da democracia ... Que implica pluralismo de ideias e respeito por quem nao concorda conosco, pois nenhum de nos e don@ da verdade.

    ResponderEliminar
  26. OBVIO QUE A CHINA AINDA NAO E UM ESTADO COMUNISTA PERFEITO. MAS EM COMPARACAO COM O TIBETE DE ANTIGAMENTE, SO UM IDIOTA COMPLETO NAO PREFERE A CHINA

    ResponderEliminar
  27. A ANA E QUE ESTA FUGINDO- O QUE É PARA SI PREFERIVEL, O TIBETE DE ANTIGAMENTE OU A CHINA DE HOJE?

    ResponderEliminar
  28. Eu acredito que Sua Santidade é a reencarnação de Buda. E acredito que se estou doente, é porque os véus cármicos que cobrem a minha natureza primordial precisam de ser removidos e que esta vida é uma oportunidade para a isso. E acredito que a aversão, o ódio, a cólera e a raiva, assim como o apego e o desejo ávido deturpam a percepção do mundo tal como ele é.
    Que todos os seres sensíveis tenham a felicidade e as causas da felicidade, inclusive você, caro anónimo:)

    ResponderEliminar
  29. Anonimo: Como nao conheco nenhuma das realidades, nao tomo partido nem por uma, nem pela outra.

    Apresente-me dados concretos ou fontes de informacao fidedignas. Entao sim, tomarei uma decisao fundamentada.

    ResponderEliminar
  30. CONTINUO ESPERANDO RESPOSTA DA ANA. VOCE, PAGANIANA, E UMA ALMA PERDIDA

    ResponderEliminar
  31. RESPOSTA COBARDE, ESSA. VAMOS LA ANA, QUAL PREFERE: O TIBETE DE ANTIGAMENTE OU A CHINA ACTUAL?

    ResponderEliminar
  32. Nao tomo partido sobre o que nao conheco. E uma questao de honestidade intelectual.

    Ao contrario d@ anonimo, nao teco juizos de valor sobre paises ou pessoas que nao conheco.

    ResponderEliminar
  33. MAS A ANA CONCORDOU COMIGO SOBRE O TIBETE ANTIGO. O QUE A CHINA E HOJE QUALQUER PESSOA SABE, APESAR DA PROPAGANDA NAZI-BUSHISTA. ENTAO, ANA, E ASSIM TAO DIFICIL ESCOLHER?

    ResponderEliminar
  34. Caro Anónimo, já agora completo e corrijo o meu CV que tem o gosto de deturpar: a minha primeira ideologia, que mantenho até aos dias de hoje, não já em termos sociais mas espirituais, foi o anarquismo e foi a única que exerci de forma militante e organizada, de 1974 a 1978, na Associação Anarquista de Grupos Autonómos, sediada nas instalações do jornal anarco-sindicalista "A Batalha", na Rua Angelina Vidal; depois, desiludido com a constatação de que o povo que eu queria libertar não queria ser livre, tornei-me stirneriano, depois nietzschiano e aderi ao decadentismo e niilismo punk até cerca de 1981; foi então que descobri Portugal, a filosofia portuguesa, Agostinho da Silva e a tradição espiritual da humanidade, aproximando-me do cristianismo até que me tornei budista, em 1983, ao mesmo tempo que procurava conciliar o meu anarquismo interior com o fascínio pela ideia de uma monarquia com fundamento espiritual e com o sebastianismo de inspiração pessoana; fui efectivamente co-director de uma revista chamada "Ultra", que para nós era uma palavra que indicava transcendência de tudo e não extremismo de direita ou de esquerda; nunca fui fascista nem pertenci à Ordem Nova e, se o tivesse sido ou feito, aqui o diria com a mesma sinceridade; neste momento sou cada vez mais apenas budista, embora ainda alimente o sonho de um Portugal e de uma Lusofonia universalistas ao serviço da libertação universal não só do homem, mas de todos os seres. Não me arrependo de nada do que fiz ou fui e de nenhuma das peles da Serpente que larguei e largo. Não me encubro atrás de anonimatos. Tenho mais de uma quinzena de livros publicados onde exponho o que penso, além de um site, deste blogue e das aulas que dou e estão abertas a todos. Não sou mestre de ninguém, porque não sou sequer mestre de mim mesmo nem bom discípulo dos que tenho por mestres. Acho a ideia do Dalai Lama Luso um disparate completo, pois a instituição dos Dalai Lamas só faz sentido para tibetanos.

    Quanto a esta intervenção da Ana Margarida, que vem curiosamente associada à do Anónimo, já estou habituado: já respondi a todas estas questões, mas ela ignora-o e volta sempre ao mesmo. Acho que é o fruto de uma mente que só vê a realidade sociologicamente, sempre cheia de preconceitos e ávida de denúncias e críticas bombásticas, acabando agora a fazer a apologia da sociedade de consumo, como alternativa ao totalitarismo, como se este não fosse já um regime totalitário, tanto pior quanto passa por ser outra coisa... Enfim, sem mais comentários! Divirtam-se! Eu vou continuar ao serviço da minha "causa sinistra". Beijinhos!

    ResponderEliminar
  35. Aqui está como um post que abria leque temático que poderia ter sido deveras interessante, e porventura desbravante de aclaramentos vários, descambou esterilmente em pura e simples (des)conversa de vão de escada (falo de quem todos sabem que falo).
    Para isso, bastou haver um pobre dum anonimato-de-ser querer mostrar-se o que não sabe ser, revelando-se apenas cioso guardião das suas próprias maleitas, projectando-as falaciosamente fora de si mesmo.
    Pena...

    Venha daí a farpa, anónimo(a)!

    Be my guest!
    Under just one condition: by the book!
    No rule, no fool!

    A propósito: quem estiver "isento de" que lance a primeira pedra.

    ResponderEliminar
  36. Há uma coisa, porém, que me parece dever ser dita.

    Não é nem a melhor maneira olhar para o que quer que seja, nem a mais focada de fazê-lo, avaliá-la pelo que se faça em seu nome.
    Não é nada disso, por exemplo, que está no que alguém, que por certo era tudo menos idiota, disse: "Conhecê-los-eis pelos seus frutos."

    Os frutos não são as sementes, nem as folhas, nem o tronco e muito menos a raiz.
    Os frutos podem ser verdes, maduros ou podres.
    Mas a raiz, e por maioria semente, já nada tem a ver com isso.

    Disso também se fala de algum modo na parábola dos talentos... e do seu desperdício ou não.

    ResponderEliminar
  37. E que se volte à poesia...

    Cansaço

    O que há em mim é sobretudo cansaço —
    Não disto nem daquilo,
    Nem sequer de tudo ou de nada:
    Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
    Cansaço.

    A subtileza das sensações inúteis,
    As paixões violentas por coisa nenhuma,
    Os amores intensos por o suposto em alguém,
    Essas coisas todas —
    Essas e o que falta nelas eternamente —;
    Tudo isso faz um cansaço,
    Este cansaço,
    Cansaço.

    Há sem dúvida quem ame o infinito,
    Há sem dúvida quem deseje o impossível,
    Há sem dúvida quem não queira nada —
    Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
    Porque eu amo infinitamente o finito,
    Porque eu desejo impossivelmente o possível,
    Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
    Ou até se não puder ser...

    E o resultado?
    Para eles a vida vivida ou sonhada,
    Para eles o sonho sonhado ou vivido,
    Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
    Para mim só um grande, um profundo,
    E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
    Um supremíssimo cansaço,
    Íssimno, íssimo, íssimo,
    Cansaço...

    Álvaro de Campos, in "Poemas"

    ResponderEliminar
  38. «Revista "Ultra", que para nós era uma palavra que indicava transcendência de tudo e não extremismo de direita ou de esquerda»

    ResponderEliminar
  39. Para rir do amigo "Para rir":

    Não deve ter lido nenhum dos dois números que da revista "Ultra" saíram, meu amigo.
    Mas, se porventura os leu, foi como se o não tivesse feito, saiba.
    Equivaleu isso ao que valeria alguém ler a "Burda" com os olhos de quem procura uma receita de chispalhada, e estranhar que lá se não encontre tal coisa e, ainda por cima, lançar impropérios à direcção da pobre publicação.

    "Ah , bem nascida segurança", e ...ah, tão mal empregada "juventude"...

    P.S. Quer que lhe empreste para ler? Ou prefere coisa mais suavezinha, tipo a "Flama"?

    ResponderEliminar
  40. este vai bater o recorde do "vómito"!

    ResponderEliminar
  41. Em tudo isto o que mais lamento é de facto perder-se a discussão do texto de Zizek, que é um pensador interessante e importante para pensar a ambiguidade ideológica da New Age e do neo-espiritualismo ocidental, embora a meu ver o faça sempre com a constitutiva limitação do preconceito marxista de que a religião e a espiritualidade são sempre um "ópio". Que possam ser usados, que tenham sido usados e que estejam a ser usados como tal, ou como um "drunf", é evidente, mas será que isso ainda é religião e espiritualidade? Será que as grandes tradições espirituais do mundo se reduzem aos aproveitamentos que as mentes limitadas e os sistemas político-económicos delas possam fazer, recuperando para o sistema dominante o seu imenso potencial de revolução e transformação interior e exterior?

    Mais triste é quando se usam estes preconceitos para legitimar em parte o regime político chinês, quase unanimemente reconhecido como extremamente opressivo pela esquerda e pela direita, como o vi fazer por ocasião dos Jogos Olímpicos no "Mundo Diplomático".

    Sobre a má encenação que ficou para trás agradeço ter enfim compreendido porque é que o presidente Jorge Sampaio só se encontrou com o Dalai Lama às escondidas e porque é que Cavaco nem sequer o quis ver: é que o Dalai Lama é um perigoso nazi e, se fossem vistos com ele, alguém iria decerto no futuro dizer que também o eram!... Elementar, meu caro Watson!

    ResponderEliminar
  42. Ai que rapariga malvada eu sou! E com que requintes de malvadez: faço a festa, lanço os foguetes e apanho as canas! A chatice toda é que logo, logo, veio a ressaca e, agora, quem está podre sou eu não são os outros!

    ResponderEliminar
  43. nós também somos antifascistas. e esta não é para rir

    ResponderEliminar
  44. Tantos problemas que aqui se manifestam e que adivinho também virem de um certo baile com um Obscuro que afinal se revelou uma obscura!... O que, convenha-se, não foi muito honesto da parte d@ Obscur@, tendo mesmo tido o seu quê de travesti perverso... Enfim, brincadeiras, só graves para quem leva demasiado a sério e se enreda emocionalmente nestas coisas dos blogs...

    ResponderEliminar
  45. Tu estás mesmo a pedi-las... mas isso tem cura, sabias?

    ResponderEliminar