Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sábado, 17 de janeiro de 2009
Dama Imóvel
Andas aí Na Margem A roubar para os teus cabelos Verdes A brisa do mar A noite peca por tocar-te Queria, fosse lua Contigo contrastar, Incrustrar no escuro Imóvel e nua
"Depois que eu descobri Que há você Nunca mais existi..." (Djavan - Doidice)
É um belo poema acompanhado de uma bela foto. Veio à minha memória um poema do grande poeta cubano Nicolás Guillén. Aqui o deixo com gratidão.
PALMA SOLA
La palma que está en el patio, nació sola; creció sin que yo la viera, creció sola; bajo la luna y el sol, vive sola.
Con su largo cuerpo fijo, palma sola, sola en el patio sellado, siempre sola, guardián del atardecer, sueña sola.
La palma sola soñando, palma sola, que va libre por el viento, libre y sola, suelta de raíz y tierra, suelta y sola, cazadora de las nubes, palma sola, palma sola, palma.
Grata a todos. A José António Lozano agradeço imenso o tocante, belíssimo poema. Se o conhecesse, tinha-o colocado como legítimo acompanhamento desta Palma Sola. Aqui fica agora, obrigada!
Ermo (amo essa palavra), Pois pode ser olhe...Francamente, pode tentar compreender-se, estudar, escrever, reflectir e sonhar sobre ek-sistências e saltos para fora e do para fora e do não ser que se é ou se não é não imagino, e isso é interessante, mas tudo o que eu vivo, experiencio, conheco, cabe nessa dimensão existencial: o que se ama, detesta, penaliza, faz, desfaz, lamenta, alegra, entedia, indiferencia, o que se anseia, o que se almeja e sonha mesmo, para mim, é neste plano terráqueo, do corpo, da mente, da razão, da emoção, do sentimento. Não quero levitar, não quero perceber-me fundida com o éter, ou com o nada, ou com o Tudo. Essas coisas são exóticas para mim, são outra linguagem para mim, até poética.Mas mesmo a poesia remete-me para a existência, mais do que para...enfim. A essas coisas não as entendo correlacionadas com o meu existir, com esta minha banalidade. Foi só um pequeno desabafo até porque está de chuva e a roupa molhou-se toda na corda e estas domesticidades também moem!
Se andar à chuva gosto da simbólica fusão momentânea, o diacho (ainda bem), é que jamais serei chuva. Há uma imensidão para além de mim mesma, mas o que posso eu Ser para além desta estafada caveira? Se há uma Grande Revelação nesse "trampolinar" de nós talvez não me seja dado perceber, mas se todos percebessem qual o sentido de ser revelação? No fim de contas, entre o "onde digo que digo digo não digo digo digo Diogo" para uns e a maravilha suprema para outros, há espaço para tudo.
Olá Anónimo:) Eu não tenho blog algum, só um sitesobre hiperidrose...Apenas participo neste blog e, muito muito espaçadamente, no blog do meu FC Porto. Diacho é expressão deliciosa, no meu caso tem história.
Que giro!
ResponderEliminargoste, está interessante e além d mais, adoro o mar, a lua e palmeiras! :)
ResponderEliminarachei piada o remate com a música, pk eu às vezes tb fço isso em alguns poemas.
bj e obrg
Adorei as palavras.
ResponderEliminarHá Damas que se transformam e ficam assim ao pé do mar. Mas não sei se é amgia do mar ou se é da lua.
Já uma vez vi uma 'dama imóvel' belíssima, mas não consegui chegar a palavras tão bonitas para a descrever.
Obrigada*
É um belo poema acompanhado de uma bela foto. Veio à minha memória um poema do grande poeta cubano Nicolás Guillén. Aqui o deixo com gratidão.
ResponderEliminarPALMA SOLA
La palma que está en el patio,
nació sola;
creció sin que yo la viera,
creció sola;
bajo la luna y el sol,
vive sola.
Con su largo cuerpo fijo,
palma sola,
sola en el patio sellado,
siempre sola,
guardián del atardecer,
sueña sola.
La palma sola soñando,
palma sola,
que va libre por el viento,
libre y sola,
suelta de raíz y tierra,
suelta y sola,
cazadora de las nubes,
palma sola,
palma sola,
palma.
NICOLÁS GUILLÉN
Existir é a grande banalidade. Toda a grande poesia é um salto para fora da existência, para fora do estar fora. É esse o sentido extático da saudade.
ResponderEliminarGrata a todos.
ResponderEliminarA José António Lozano agradeço imenso o tocante, belíssimo poema. Se o conhecesse, tinha-o colocado como legítimo acompanhamento desta Palma Sola. Aqui fica agora, obrigada!
"My limbs are like palm trees / Swaying in the breeze / My body's an oasis / To drink from as you please" - "Mirage"
ResponderEliminarErmo (amo essa palavra),
ResponderEliminarPois pode ser olhe...Francamente, pode tentar compreender-se, estudar, escrever, reflectir e sonhar sobre ek-sistências e saltos para fora e do para fora e do não ser que se é ou se não é não imagino, e isso é interessante, mas tudo o que eu vivo, experiencio, conheco, cabe nessa dimensão existencial: o que se ama, detesta, penaliza, faz, desfaz, lamenta, alegra, entedia, indiferencia, o que se anseia, o que se almeja e sonha mesmo, para mim, é neste plano terráqueo, do corpo, da mente, da razão, da emoção, do sentimento. Não quero levitar, não quero perceber-me fundida com o éter, ou com o nada, ou com o Tudo. Essas coisas são exóticas para mim, são outra linguagem para mim, até poética.Mas mesmo a poesia remete-me para a existência, mais do que para...enfim. A essas coisas não as entendo correlacionadas com o meu existir, com esta minha banalidade. Foi só um pequeno desabafo até porque está de chuva e a roupa molhou-se toda na corda e estas domesticidades também moem!
Só a intempérie é doméstica. Se formos chuva nunca nos molhamos.
ResponderEliminarO que é a ek-sistência autêntica senão salto para além de si mesma? Será/Terá chão o chão que pisamos?
Se andar à chuva gosto da simbólica fusão momentânea, o diacho (ainda bem), é que jamais serei chuva. Há uma imensidão para além de mim mesma, mas o que posso eu Ser para além desta estafada caveira? Se há uma Grande Revelação nesse "trampolinar" de nós talvez não me seja dado perceber, mas se todos percebessem qual o sentido de ser revelação? No fim de contas, entre o "onde digo que digo digo não digo digo digo Diogo" para uns e a maravilha suprema para outros, há espaço para tudo.
ResponderEliminarNunca digas "desta água nunca beberei" ou "esta chuva jamais serei"... Também pensava o mesmo e agora eis-me toda encharcada, a cair sobre mim mesma.
ResponderEliminarTamborim, acho q já sei quem és...tb aqui estás e tens blog...hummm...descobri-o por uma simples palavra q utilizaste - "diacho" :)
ResponderEliminarfragmentus
Olá Anónimo:) Eu não tenho blog algum, só um sitesobre hiperidrose...Apenas participo neste blog e, muito muito espaçadamente, no blog do meu FC Porto. Diacho é expressão deliciosa, no meu caso tem história.
ResponderEliminarlindo. adoro o djavan
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