Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Convocação à dança de ser
Da voz que, de lés a lés de todos os universos, a todos convoca à dança do Um com um, do Todo com o todos, do ninguém de todos com o tudo de ninguém.
Seres magoadamente solitários seremos tanto mais quanto menos queiramos ser dádiva, dom, entrega, comunhão do que se não divide, do que não tem partilha, do que é tudo para nós em todos, em ninguém.
Nenhum de ninguém – eis o lugar em que somos quando, num "instantâneo" clarão, que em nós "rasgue" o que em nós é túnica sempre inconsútil de ser, e então tudo em nós for beijo que não escolhe a quem, abraço que já abraçado está, alegria que não tem como não ser, amor que, contradição e paradoxo de si, será uroboros de nós no que de nós jamais partira.
De Yulunga, dança que sagra cosmos na não-diferença entre micro e macro aspectos, atravessando todos os universos sem dimensão, nos encontramos sempre, sempre que a pulsão imóvel do ser em nós seja o Saltarello extático em que nos dançamos uns nos outros, na sagaz folia de estarmos vivos e de sermos infantes coroados, por tudo, em todos: divinos e sumamente belos.
A todos vós indistintamente, e a cada um muito em particular, o meu abraço, no abraço a Paulo Borges, convocador desta nossa dança.
Bem hajam! E...“hajam-se”!
Danço!
ResponderEliminarE voo num sorriso para além de mim.
Amigo Lapdrey,
ResponderEliminarÉ profumdo, alto, sublime, nobre, humide, belo, verdadeiro e elevado esse canto. Nobre louvor à vida e à dança de ser. Amei.
Um bom ano para si.
Confesso que foi a dança que me trouxe algumas das experiências mais fundas do sem fundo, para sempre inscritas na memória do indizível... Nela, a verdadeira convocadora, te e a todos abraço, Lapdrey.
ResponderEliminarIsabel,
ResponderEliminarTalvez ser seja mesmo esse sorriso que dança: no além de si...
Beijo que sorri...
Saudades,
Ser dançante, vivendo em louvor: talvez assim seja o amar ser...
Abraço que dança.
Paulo,
Do mais fundo do que de mais profundo em nós haja, creio que entre a vastidão do convocar e a intimidade do comungar, se nos abre o que em nós, dançando, é eterno ser extáctico...
Abraço "extremi-dado"...
Saúde!
Dançar é então danser?
ResponderEliminarConcordo consigo, caro Anónimo.
ResponderEliminarDan-ser, sim: desde que o chão que tal extática movência de ser pise seja o não-ser, que" aí" é dançado pelo nada de tudo.
Abraço.